Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

TEMPOS DIFÍCEIS

HEITOR DE PAOLA


TEMPOS DIFÍCEIS

Ubiratan Iorio

05/05/2010

Vivemos hoje uma época em que os parâmetros tradicionais de julgamento, tais como os mandamentos morais religiosos, os princípios éticos de comportamento derivados de leis naturais imutáveis e as máximas de ordem prática aprovadas nos testes universais da razão e da ação humana parecem não mais corresponder ao mundo real, ou, para usarmos a expressão de Eric Voegelin, à Primeira Realidade.

A impressão que temos é que a maioria das pessoas, mesmo sem negar a correção daqueles mandamentos, valores e princípios, tende a considerá-los como meros padrões tradicionais – simples coisas de nossos antepassados e inteiramente demodées-, como se não tivessem sido consagrados durante séculos pelos usos e costumes e, consequentemente, a enxergá-los como meras prescrições inúteis no que se refere ao que fazer nas circunstâncias e ações práticas de suas vidas. E, assim, tendem a esquecê-los em um empoeirado baú guardado em algum lugar de suas atônitas consciências.

Quando as coisas estão desse jeito, as pessoas de bem não podem se omitir: devem agir, mesmo que sua ação pareça algo temerário, como tentar navegar contra a forte procela do relativismo moral que vem varrendo os mares da sociedade humana.

Para Hannah Arendt, filosofia é pensar e política é agir, ao que acrescento que a economia, assim como todos os atos de nossas vidas, a exemplo da política, também correspondem a um agir. Precisamos lutar pela recuperação moral da ação humana nos campos da política, da economia e da vida integral de cada ser humano, neste ambiente desalentador em que praticamente todos os valores acatados tradicionalmente pela sociedade são, na melhor das hipóteses, questionados como “polêmicos” e na pior, simplesmente, desprezados.

Ora, um ato ou ação, seja no campo econômico, no político ou no da vida pessoal, só pode revestir-se de dignidade se sua prática estiver em conformidade com os valores morais da tradição. É dever de cada um lutar pela re-incorporação desses princípios em todos os campos da ação humana, cada um de nós do jeito e da forma que estiver ao seu alcance.

Precisamos voltar a enaltecer bons exemplos e não desvios comportamentais como faz ininterruptamente a maioria da mídia temos que recuperar o respeito pelo próximo e não o desrespeito como vemos por aí a torto e a direito é necessário voltarmos a olhar para a consciência individual como a verdadeira fonte da riqueza moral e do patrimônio ético, se não quisermos que a fuga deliberada do homem à sua transcendência acabe de vez com o que chamamos de civilização, embora, no estado de perplexidade hoje predominante, “civilização” ou “modernidade” possam significar não mais do que o rompimento com o passado e com a tradição, ou seja, exatamente o oposto do que vem a ser.

Todo e qualquer ato, seja político, econômico ou pessoal, reveste-se de algum significado moral: pode ser moralmente certo, neutro ou errado. Por isso, quando um político desviar recursos públicos em benefício próprio quando homens ou mulheres, para aparecerem em manchetes e capas de revistas, praticarem atos moralmente condenáveis quando alguém defender a cultura da morte sob o pretexto de que “a mulher tem direito a fazer o que bem entender com o próprio corpo” quando juízes colocarem criminosos condenados na rua quando tentarem relacionar o celibato dos sacerdotes com o crime da pedofilia (quando apenas 0,5% do clero respondem por acusações desse desvio e quando praticamente a totalidade dos acusados são membros de outras religiões que não a católica ou, predominantemente, leigos e, portanto, não sujeitos ao celibato) quando empresas privadas participarem de concorrências fraudulentas quando empresas públicas financiarem atos políticos dos governos que detêm seu controle quando, enfim, você perceber qualquer ato que fira a tradição moral que herdou de seus pais e avós, não fique quieto! Escreva artigos, ou mande cartas para os jornais, ou critique esses e outros descalabros nas conversas com amigos no trabalho, na universidade, no metrô ou em qualquer outro lugar. Enfim, em uma palavra: aja!

Os tempos são mesmo difíceis, mas, se não mostrarmos coragem para fazer as pazes com o insubstituível legado moral do passado, não teremos futuro!

Um comentário:

José de Araújo Madeiro disse...

Estimado Cavaleiro do Templo,

Matéria muito boa.

Estamos na luta. Precisamos de integração, do trabalho de informações. Das matérias do Olavo de Carvalho e demais da ceifa, geralmente divulgados por este blog.

Estamos sempre aprendendo e agregando forças, para podermos vencer ess terrível mal que aflora, cada vez mais forte e mais intransigente.


Sobretudo estamos aprendendo e vamos reagindo. Vamos aprendemos que sómente um povo desenvolvido, através da escolaridade, pode desenvolver um país.

Não existe segredos. È o fator número 1 e único: A Escola e não bolsas-diversas, doadas pelo governo com a desculpa de promoção humana.

Então, um povo subdesenvolvido é o meio mais fácil de dominação, de ser mantido sob crivo do estado, sob um títere transformado num mito, endeusado como um ser de uma inteligência sobre-humana e ímpar.Tal como o Lula, que nunca precisou de estudar, de ler e que poderá desenvolver seu povo, comprando votos através das ditas bolsas, sendo ele transformado um ser supremo e eterno, como um semi-deus,capaz de até de num passe de mágica transformar água em fogo.

Nessa conjuntura nacional sob comando petralha, nós pessoas comuns, de cidadãos eleitores e pagadores impostos, estamos numa espécie de guerra psicológica. Somos nós ou eles, os filiados do Foro de São Paulo.

Precisamos ter habilidades e conhecimentos para vencê-la. É uma luta desigual, eles que tem poder e dinheiro. Nós apenas um meio de comunicação pela internet.

Por isto, precisamos saber enfrentar os adversários e as adversidades que nos são impostas.

O Foro de São Paulo é hoje como um tipo de Parlamento Latino-americano, a serviço da ditadura castrista, tendo o Lula e seus petralhas fazendo seu dever de desmontar e inviabilizar um projeto de desenvolvimento brasileiro, de uma nação livre, próspera e fraterna. Ser transformada em mero satélite a serviço da Revolução Bolivariana da América, sob comando militar de Hugo Chaves e por determinação do Governo de Cuba.

Por tudo isto fica claro, que devemos trabalhar para que a Dilma Terrorista não seja eleita presidente. Caso contrário será, como um forma de continuidade do governo Lula da Silva e seu desatrado projeto anti-nacional.

Precisamos estar unidos e defender o nosso Brasil. Sua forma republicana de gestão. Seremos nós ou eles.

Att. Madeiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".