Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 4 de maio de 2010

RISCOS NA ELEIÇÃO COLOMBIANA

HEITOR DE PAOLA



O perigo de uma agressão chavista continua latente

*Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido 


Nenhum dos candidatos presidenciais tem sido claro acerca do foro militar e da situação da Força Pública



Enquanto aumenta a popularidade de Mockus, cresce a incerteza de votar em branco ou optar pelo “menos ruim”. Assim, Vargas Lleras, Noemí, Pardo e Petro converteram-se em espectadores do duelo Santos-Mockus.

Muito oportunismo midiático, politicagem insossa e muito pouca substância programática. Ou não têm programas concretos, ou são muito precavidos para que os concorrentes não lhes copiem. Porém, a segunda opção é improvável.

Dou um exemplo: continuidade da Segurança Democrática, Foro Militar e Defesa Nacional. Nem Santos, nem Mockus, nem Noemí, nem Vargas Lleras, nem muito menos Petro, inimigo destes assuntos e amigo de Chávez, têm sido coerentes, claros ou precisos a esse respeito.

Todos fazem politicagem com a Segurança Democrática. Até empurram goela abaixo do povo serem os gestores dessa idéia. Nenhum propõe estratégias articuladas em ações táticas definidas, entrelaçadas com programas de ação social complementares. Tampouco se pronunciaram em torno ao Foro Militar. Noemí utilizou este argumento com fins eleitoreiros, porém esse gesto não deixou de ser outro ato propagandístico.

Mockus confessou ignorar esta figura jurídica universal, necessária para a disciplina militar. Em contraste, está convencido de que com palhaçadas intimidará as FARC e, inclusive, exteriorizou seu desprezo pelas instituições armadas, até ao extremo de propor o desaparecimento do Exército.

De uma forma ou de outra, os candidatos argumentam moralismo ao redor da legalidade, baseando-se em que os erros de agentes do Estado devem ser levados inclusive à Justiça internacional. Do mesmo modo que seus antecessores no alto governo e na alta política, vêem as Forças Militares como um mal necessário. Não como a instituição que criou a República e que a salvou, quando a inaptidão de outros dirigentes similares a eles desembocou em guerras civis, enormes alterações da ordem pública e violência generalizada.

Parece que desconhecem que se se desmoraliza o Exército, nem eles nem o sistema que lhes permite liberdades vão continuar. Teriam se perguntado isto? Ou pensam que outros colombianos continuarão se matando para que eles usufruam do poder?

Frente à Defesa Nacional, Santos e Vargas exteriorizam leve preocupação, com o coro oportunista. Chávez prepara uma agressão armada contra a Colômbia. Correa e Ortega anseiam para que isto ocorra para ajudá-lo. Lula é o mais interessado em estimular a agressão chavista, para depois aparecer como o salvador pacifista.

Entretanto, os atuais candidatos navegam em palavrórios. Não têm assessores de peso em temas de Segurança e Defesa Nacional em suas campanhas. Noemí procura ser nomeada embaixadora para se garantir com um alto salário pago pelos colombianos. Os demais buscam cargos que os potencializem para as eleições de 2014 junto com as nomeações de seus sequazes em altas posições.

O momento é oportuno para fazer um chamado de atenção aberto aos candidatos presidenciais, para pedir-lhes que aterrissem e concretizem o que vão fazer para acabar com a guerra contra o terrorismo, vitoriosos, somados ao inadiável fortalecimento da Defesa Nacional, pois há uma realidade no panorama circundante.

A agressão chavista cedo ou tarde vai-se concretizar em reconhecimento de status de beligerância às FARC e ataques armados contra centros geoestratégicos colombianos.

Se Uribe não processou os que aparecem nos computadores de Raúl Reyes mancomunados com as FARC para destruir a Colômbia, quem ocupar seu cargo tem a obrigação de fazer com que Correa, Chávez, Lula, a ditadura cubana, Evo Morales, os dirigentes comunistas latino-americanos e os envolvidos na farcpolítica, sejam julgados como terroristas.

Isto não se consegue com girassóis [1], nem com cartões vermelhos ou verdes. Muito menos fazendo politicagem com a majestade do Exército ou desconhecendo o foro militar, e que sejam julgados como comunistas, como juízes ineptos, ou como funcionários judiciais corruptos ou venais.

Nem Chávez, nem os que fazem complô com as FARC deixarão de agredir a Colômbia. Eles estão imersos em um projeto totalitário comunista em todo o continente para implantar ditaduras degradantes e paquidérmicas como a de Castro em Cuba. A circunstância agravante: nenhum dos candidatos presidenciais foi claro acerca do Foro Militar, da Defesa Nacional e da situação da Força Pública.

*Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com

Nota da tradutora:

[1] A referência aos girassóis deve-se a que Antana Mockus, por pertencer ao Partido Verde, faz sua campanha toda enfeitada com essas flores, inclusive usa um colar com girassóis. E ele acredita, piamente, que pode fazer acordos de paz com as FARC oferecendo-lhes flores.

Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".