Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 5 de junho de 2010

Bilderberg 2010: Alex Jones comenta

OS NOVOS ALOPRADOS - DELEGADO CONTA QUE TRAMÓIA DO PT CONTRA SERRA INCLUÍA ESCUTA TELEFÔNICA. VALOR DO “TRABALHO”: R$ 1.6 MILHÃO

REINALDO AZEVEDO
sábado, 5 de junho de 2010 | 4:05|


Quanto mais negam, mais se enrolam. O candidato tucano à Presidência, José Serra, acusou sua rival do PT, Dilma Rousseff, de ser uma das responsáveis por mais um dossiê que o partido preparava contra ele. A petista ficou indignada, claro! E nega tudo. O partido até ameaça processar a… vítima!!!

Uma das pessoas mobilizadas pelos “neo-aloprados”, no entanto, concedeu uma entrevista à VEJA em que conta tudo - ou quase tudo. Trata-se do delegado Onézimo Souza, que foi contratado pelo grupo pela módica quantia de R$ 1,6 milhão - ou R$ 160 mil por mês.

1 - Quem combinou a operação com ele?

Luiz Lanzetta.

2 - Em nome de quem Lanzetta conduziu a conversa?

De Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.

3 - Quem é Pimentel na campanha?

O braço direito de Dilma Rousseff.

Seguem, abaixo, trechos da entrevista de Onézimo a Policarpo Junior e Daniel Pereira, da VEJA. A íntegra da entrevista está 
aqui

O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para espionar adversários e petistas rivais?


Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou. Havia problemas de metodologia e direcionamento do trabalho que eles queriam.

Como assim?


Primeiro, queriam que a gente identificasse a origem de vazamentos que estavam acontecendo dentro do comitê. Havia a suspeita de que um dos coordenadores da campanha estaria sabotando o trabalho da equipe. Depois, queriam investigações sobre o governador José Serra e o deputado Marcelo Itagiba.

Que tipo de investigação?


Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos…

Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra?


Explicitamente, não. Mas, quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador.

Disseram exatamente que tipo de informação interessava?


Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. Esse é o problema do direcionamento que eu te disse. O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha. Na hora, adverti que aquilo ia acabar virando um novo escândalo dos aloprados.

Quem fez essa proposta?


Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito.
(…)

Campanha de Dilma trouxe Araponga da Satiagraha para montar dossiês

ESTADÃO

05 de junho de 2010 | 0h 00

Sucessão. Conhecido por suas apurações sigilosas, o sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo aceitou a missão proposta por petistas e indicou o delegado aposentado Onésimo de Souza para ajudá-lo; o trabalho custaria R$ 200 mil mensais




Rodrigo Rangel - O Estado de S.Paulo
    
Apoio. Idalberto, com Protógenes à sua frente: após ter sido procurado por emissários da campanha, sargento pediu reforços
A articulação para montar uma central de dossiês a serviço da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República contou com a participação de arapongas ligados aos serviços secretos oficiais. Um deles é o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, recém-saído do Cisa, o serviço secreto da Aeronáutica.

Conhecido personagem de apurações sigilosas em Brasília, o sargento esteve, por exemplo, ao lado do delegado Protógenes Queiroz nas investigações que deram origem à Operação Satiagraha, que levou o banqueiro Daniel Dantas à prisão.
A participação de Idalberto de Araújo remonta às origens do plano de inteligência petista. Em abril, após ter sido procurado por emissários da campanha, o sargento disse que aceitaria o serviço, mas necessitaria de apoio. Deixou claro que, para executar a missão proposta pela campanha, seria preciso chamar mais gente.
O sargento, então, indicou um amigo de longa data, o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza, dono de uma pequena empresa de segurança instalada num conhecido centro comercial de Brasília. As conversas avançaram.
Outros agentes, dentre eles um araponga aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) e um militar que já serviu à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chegaram a ser contatados para integrar a equipe. O passo seguinte foi chegar a um valor para o serviço.
É onde começa o contato direto entre o agente e um dos principais profissionais da área de comunicação da campanha de Dilma, o jornalista e consultor Luiz Lanzetta. Dono da Lanza Comunicação, empresa contratada pelo PT para fazer a assessoria de imprensa da campanha, Lanzetta marcou um encontro com o sargento e o ex-delegado.
A reunião ocorreu no restaurante Fritz, na Asa Sul de Brasília. A dupla disse a Lanzetta que, pelo serviço, cobraria R$ 200 mil por mês. O delegado justificou o preço com o argumento de que seria preciso montar uma equipe de 12 pessoas para a missão.
Bunker. Lanzetta se encarregou de detalhar o serviço de que precisava. A primeira tarefa seria interna, no bunker que ele próprio montara no Lago Sul. Desconfiado de que seu trabalho estaria sendo sabotado por gente do próprio PT, o consultor queria que os arapongas descobrissem a origem do fogo amigo.
O pacote incluiria ainda investigações que pudessem dar à campanha de Dilma munição para ser usada, em caso de necessidade, contra adversários. O alvo preferencial era o candidato tucano José Serra.
A proposta para contratação dos serviços do araponga e do delegado foi levada, então, para o núcleo central do comitê de Dilma. O assunto chegou a ser discutido com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, coordenador da campanha. Num primeiro momento, Pimentel avaliou que o preço estava alto demais. Disse que topava pagar, no máximo, R$ 60 mil.
O grupo já estava discutindo estratégias de trabalho - um dos planos era infiltrar um agente no núcleo de inteligência da campanha de José Serra - quando começaram a vazar para a imprensa informações acerca de supostos dossiês produzidos pelo bureau montado por Lanzetta na fortaleza petista do Lago Sul.
Era o que faltava para os ânimos se acirrarem ainda mais no comitê. O imbróglio realçou, no interior da campanha de Dilma, o conflito entre dois grupos: o do mineiro Fernando Pimentel, responsável por levar Lanzetta para o staff de Dilma, e o do ex-ministro Antonio Palocci.
Conspiração. Nos bastidores, Pimentel, alçado ao comando da campanha por conta de sua velha amizade com Dilma, acusa Palocci e o deputado paulista Rui Falcão, coordenador de comunicação do comitê, de tramarem para derrubá-lo. Aliados de Pimentel afirmam que foi Falcão quem deixou vazar informações sobre o dossiê, para enfraquecer o ex-prefeito na cúpula da campanha.
Ao Estado, Pimentel negou que tenha sido procurado pelo grupo de Lanzetta para tratar de contrato o araponga. "Se houve isso, é iniciativa da empresa do Lanzetta, para resolver algum problema relacionado à empresa dele", disse. "Nunca tratamos disso na coordenação da campanha." Pimentel também negou desentendimento com Falcão. "Mnão sei se tem esse negócio de grupos, o que sei é que sou amigo fraterno do Rui há 40 anos."
Procurado pela reportagem, Idalberto não quis falar sobre o assunto. "Não estou entendendo por que você está me ligando", disse ele, antes de desligar o telefone. Lanzetta se negou a dar declarações, embora tenha admitido o contato com o araponga e o ex-delegado. Onésimo de Souza não foi localizado até o fechamento desta edição. A assessoria de Dilma limitou-se a reproduzir declaração da pré-candidata petista, segundo a qual não havia ninguém autorizado a negociar dossiês para a campanha.

PARA ENTENDER
Um especialista em seguir alvos sem ser notado
No universo dos arapongas de Brasília, o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, é um personagem graduado. Integrante do enredo de vários escândalos políticos, o militar foi retirado das sombras na Operação Satiagraha.
Espécie de braço direito do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Satiagraha, Dadá fez parte do consórcio de arapongas e policiais federais que investigaram o banqueiro Daniel Dantas, em um episódio marcado pela suspeita de uso de escutas clandestinas e perseguições não autorizadas.
Apontado no meio como um especialista em seguir alvos sem ser notado e na produção de grampos, o sargento, hoje com 49 anos, teria sido o principal responsável pela investigação que relacionou o ex-ministro da Defesa Élcio Alvares, primeiro ocupante civil da pasta, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, ao crime organizado no Espírito Santo.
Com trânsito entre agentes dos diversos serviços de inteligência - das Forças Armadas, da Polícia Civil do Distrito Federal, da PF e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) -, o sargento tem seu "passe" valorizado em épocas eleitorais. 

SEM TEMPLO E SEM ALTAR

VIVERDENOVO

SEXTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2010


Por Nadir Cabral

Ouvi a pouco que é iminente restaurar intelectualmente a religião, e isso lembra a visita do Papa João Paulo Segundo ao Brasil, o qual observou que a fé dos brasileiros é emocional, lúdica, estética.
É fácil perceber isto. O brasileiro vai à igreja ou a outro templo religioso para se sentir bem. É uma espécie de religião de autoajuda, onde fala-se e ouve-se o que se quer ouvir e falar. Em algum lugar do passado houve um desvio do caminho da retidão e o povo brasileiro perdeu-se num labirinto de mentira e de auto-engano. Ninguém quer ouvir do pregador a proposta da conversão, da entrega, do sacrifício e do rompimento com o mundo.

Atualmente, os erros de uma denominação servem de fiança para que outras se firmem em face dos seguidores. Concordo com Padre Paulo Ricardo quando diz que “qualquer pedaço de pau serve pra bater na Igreja Católica”.

O povo que se diz religioso está cego para o fato de que a “besta” descrita na bíblia, cujo significado é “Poder”, ainda está a crer que seja o papado essa tal “besta”. Acordem. Atentem para o poder político. Quem defende o aborto, a liberação de drogas, o desmantelamento da família, o fim da propriedade privada e da fé? A “prostituta” do Apocalipse traja-se de vermelho púrpura, mas não se engane. Não é o tom de vermelho do paramento de Sua Santidade. Subentende-se que o Papa Bento XVI, defende a vida, a família e a fé cristã em toda a sua essência, por isso é criticado, caluniado e até execrado não só no Brasil, mas mundo afora.

Ser cristão é politicamente incorreto. Escarnecem de Cristo a ponto de culpá-lo até pela Inquisição e os “cristãos” parecem vencidos diante desse flagrante desatino.

No livro “Introdução ao Cristianismo”, o Cardeal Ratzinger, atual Papa, expõe de maneira muito lúcida, elegante e inteligente o verdadeiro significado histórico da presença de Cristo na Terra. O livro é uma preciosidade. A pessoa que deseja descobrir verdadeiramente o motivo de sua crença deve torná-lo “livro de cabeceira”.

Só para se ter uma ideia da importância desse livro e de como ele se presta a fortalecer e a confirmar a fé cristã, no final do capítulo dois, onde o autor discorre longamente sobre os “desdobramentos da profissão de fé e a natureza do culto cristão”, há um relato sobre o livro “A República”, de Platão.

No relato ele comenta “a imagem do justo crucificado”, delineada por Platão, 400 a.C. Quais seriam as características “de um homem totalmente justo neste mundo”? Platão conclui que “a justiça de um homem só é perfeita e comprovada quando aceita as aparências da injustiça, porque só assim ficaria provado que ele não se importa com a opinião dos outros, mas apenas com a justiça pela justiça”. Assim, segundo Platão, “o verdadeiro justo deve ser um incompreendido e perseguido”. E continua: “Eles dirão que o justo, tal como o representei, será açoitado, torturado, acorrentado, terá os olhos queimados, e que, finalmente, tendo sofrido todos os males, será crucificado...” Ecce homo”. Eis o homem! Jesus Cristo! A verdade do ser humano é a mentira. “Todos os homens são mentirosos”, Salmos, 116, 11. O Maligno não suporta o justo.

A verdade do homem está na sua insistência em querer derrubar a verdade”. A cruz revela exatamente o que é o homem: dura cerviz (cabeça dura, imbecil, tolo), incircunciso de coração e de ouvido, traidor, homicida e resistente ao Espírito Santo. Esses “mimos” são de Santo Estevão, o primeiro mártir cristão. Mas também revela o que é Deus: amor infinito e incompreensível à criatura humana.

E, por falar em mártir, a impressão que se tem é a de que eles não mais existem. Engano. O século XX foi o século que mais martirizou cristãos, seja na Espanha, no México, na pessoa de Hitler, Stálin e associados.

Cristãos estão sendo martirizados agora em quantidade maior do que o foram os primeiros cristãos. Mas Deus parece impassível diante de tantos martírios. Martírios físicos, sim. Porém, muito mais abundantes em caráter moral. É proibido ser cristão. É proibido orar em nome de Jesus. Ofende as minorias. Não se pode ser cristão, professar a fé cristã. O que é isso afinal? Cristo morreu por todos ou por muitos?

Assim como Elias ironizou e ridicularizou os sacerdotes de Baal: “Gritai mais forte, é um deus, tem preocupações, necessitou ausentar-se, teve de sair; talvez esteja dormindo e é preciso despertá-lo!” (IRs, 18:27). Isso acontece hoje! Estão fazendo a mesma coisa com o Cristianismo!

Não é de arrepiar que essa mesma situação recaia sobre os cristãos nesse momento? Deus parece não ouvir os gritos. Qual a raiz desse ataque sistemático à Igreja Católica no mundo todo? Qual a razão de a Grande Mídia se empenhar tanto em destruir a fé cristã? Quem está financiando esse projeto? Você é capaz de se sentir seguro nesse mundo? Onde está o motivo de tantos insultos e escárnio à Pessoa que “julga o ser humano, salvando-o?”

O Cristianismo é a única fonte da qual emana as formas de responsabilidade comum dentro do mundo. Nunca foi ensinado ao cristão os caminhos de superação do mundo, porque isso é impossível. O mundo não é apenas maia, aparência. O mundo é real. O que está a acontecer nesse exato momento é que desviaram o eixo de entendimento do que seja real. O mundo existe! Lamento informar. Só Cristo venceu o Mundo. Ele é a verdade. E isso significa que para se viver de verdade, usufruir de uma vida abundante e plena, é necessário que se enxergue o mundo na perspectiva que Cristo enxergou. Isso é a verdade. “Jesus é a meta para a qual fomos criados”.

Pilatos não obteve resposta quando perguntou a Jesus “o que é a verdade?” justamente porque não estava em condições de receber a resposta. “Uma lei constitutiva da mente humana concede ao erro o privilégio de ser mais breve do que a sua retificação”. Nunca se vence o diabo com os métodos do diabo.

Não se esqueça de que, “nos dias que correm, a simples adesão a um novo preconceito faz um sujeito se sentir livre de preconceitos”. Igrejas vazias, paredes vazias, mentes vazias. Tudo esvaziado de verdade e conteúdo.

Naquela trágica sexta-feira, o túmulo emudeceu Jesus. Seus seguidores se sentiram desamparados e amedrontados. O sábado que se seguiu à crucificação foi o mais longo de toda a eternidade! Deus estava em silencio! A sensação era a de profundo abandono. Muitos seguidores de Cristo devem ter pensado: fui seguidor de um executado, de um derrotado que não se defendeu das acusações a ele impostas.

O pensamento que segue é bastante complexo e teológico demais para quem nada entende de teologia, porém, quando Jesus padecendo na cruz em seus instantes finais exclama: “Deus, Deus, porque me abandonastes?”, e esse é o momento em que o texto bíblico diz: “Desceu aos infernos”, sente-se muito mais que um arrepio, mas um verdadeiro pavor ao imaginar que o amor de Deus é tão insensato que Ele é capaz de passar pela experiência de descer até aos mais profundos abismos infernais para resgatar a alma humana de seu pecado. E que se tal fato não tivesse ocorrido, todos estariam condenados à morte eterna. Jesus desceu ao sheol, morreu de verdade. Acredite. Não saiu da cruz vivo, como diz alguns ateus metidos a escritores, ou alguns demônios na pele de Deus.

O ser humano é tão vil que foi capaz de matar Deus, não uma vez, mas duas. Nietzsche, também não o fez?

Mas chegou o domingo da ressurreição. E só é capaz de aceitar isto quem tem juízo, quem não está contaminado pelo cientificismo idiota que manda na mente humana atualmente.
Deus não nos abandonou. Deus nos fala através de seu silêncio. Não apenas fala, mas grita também. Os sofrimentos impostos aos cristãos de hoje não são diferentes daqueles impostos aos cristãos dos primeiros tempos. O que muda é a perspectiva de entendimento.

O aparente silêncio de Deus em face aos dias de tempestade e escuridão pelos quais vêm sofrendo os cristãos pode ser um sinal de iminente transformação.

Deus não é somente a Palavra inteligível que vai ao nosso encontro, ele é também aquele fundo sigiloso e inacessível, incompreendido e incompreensível que foge à nossa percepção”.

É mais fácil morrer do que pensar”, diz o filósofo. Esforcemo-nos pelo pensar.

Nadir Cabral é Professora Universitária

DA GUERRA POLÍTICA À ESCRAVIDÃO

VIVERDENOVO

SÁBADO, 5 DE JUNHO DE 2010

Por Arlindo Montenegro

Todos os humanos temos sido afetados, em todos os tempos, pela maneira de pensar e conceber o mundo em versões intelectuais diferenciadas, que viram opiniões desencontradas. De Sun Tzu, passando por Clausewitz e na atualidade os políticos e generais que controlam os grandes exércitos, todos os guerreiros perseguem a perfeição de suas filosofias, estratégicas e táticas para "forçar o adversário a executar o nosso desejo".

O que nos interessa de fato é que a guerra é decidida por um grupo minoritário, um grupo de poder. Os recursos envolvidos são produto do estudo e do trabalho das pessoas. E estas pessoas jamais são ouvidas ou escolhem em sã consciência enviar seus filhos para matar e morrer em qualquer tipo de batalha sangrenta.

As guerras são escolhas têm sido escolhas irracionais de pequenos grupos, que objetivam ampliar seu poder econômico e controlar territórios  que guardam riquezas ainda inexploradas. O homem simples tem sido, em todas as batalhas, menos o defensor da paz desejada.


O soldado enviado para lutar pela democracia (humanismo que prioriza o indivíduo) ou pelo socialismo (que reduz o indivíduo a servo do Estado) serve de fato aos grupos minoritários de poder político e econômico, que fazem as leis e controlam a informação.

Estes por sua vez, escolhem as atividades econômicas, as associações mais rentáveis, as obras e investimentos. As leis mais restritivas a cada dia, são geradas em parlamentos que priorizam a vontade destes poderosos, legitimando decisões que anulam a iniciativa individual, familiar e finalmente nacional. Garantem a concentração da economia resultante do trabalho individual.

O que era ficção na obra de Julio Verne, tornou-se realidade. O telefone na modalidade de transmissão de voz e o texto de fax, em poucos anos foram superados pela internet. Agora encaramos a materialização de outra obra de ficção: "1984" de George Orwell. Os magnatas anglo americanos sócios do Club Bilderberg, finalizaram sua reunião anual, desta vez na Espanha. O que era mantido em sigilo absoluto, foi exposto por Daniel Estulin, um jornalista independente.

Controlando a economia através de megaempresas, influem nas decisões dos governos, decidem os rumos da guerra continuada e terrorismo em todos os continentes, controlam os investimentos através dos bancos e agências de fomento, todos interligados em rede mundial eletrônica, veloz e voraz. O lucro através das fraudes, da corrupção e leis de submissão das soberanias nacionais, já uma tática ultrapassada. Agora é a vez disseminar o terror em todas as frentes, para a capitulação das nacionalidades, sonhos de democracia e liberdade.

Estamos vivendo as batalhas decisivas da nova era nuclear. E o desejo maior das gentes á a paz, o trabalho e a sobrevivência em movimentos naturais, somente isto. Mas a realidade para os Bilderberg e sua corte é outra. Criaram uma crise artificial e estão provocando um terceiro conflito guerreiro mundial para finalmente dobrar as nações e traçar um novo mapa, novos limites e um só poder imperial.

Uns poucos focos de resistência se organizam. Nos próximos anos vamos encarar, cada um no seu posto de trabalho, a agressividade das batalhas irracionais pela junção dos poderes locais no poder total globalitário. Se eles, os Bilderberg e seus governantes cortesãos puderem, vão eliminar todas as liberdades democráticas em nome da "segurança" e da nova ordem mundial.

Invasão vertical dos bárbaros

SHRUGGED

12 de outubro de 2009

"A História nos relata que houve muitas invasões HORIZONTAIS de bárbaros; ou seja, invasões que se processaram com maior lentidão ou não, maior rapidez ou não, e que consistiram na penetração pacífica ou violenta dos povos, que se deslocavam para as regiões habitadas por outros, impondo-lhes o seu poder ou pelo menos os seus costumes. Mas só se pode falar em invasão de bárbaros, quando essa se processa no território que corresponde à civilização. Não foram essas invasões tão cruentas como muitas vezes são descritas, pois as que se processaram no antigo Império Romano, sobretudo no período final, processaram-se gradualmente, e muitas vezes com o apoio interno dos próprios civilizados, já barbarizados em muitos dos seus costumes.

Na verdade, a invasão que é a penetração gradual e ampla dos bárbaros não só se processa HORIZONTALMENTE pela penetração no território civilizado, mas também VERTICALMENTE, que é a que penetra pela cultura, solapando os seus fundamentos, e preparando o caminho à corrupção mais fácil do ciclo cultural, como aconteceu no fim do império romano, e como começa a acontecer agora entre nós."

Livro A Invasão Vertical dos Bárbaros
Pelo filósofo Mário Ferrreira dos Santos1967




Um texto ruim. No entanto, uma boa luz que revela, no palco, um cenário verdadeiramente incrível. Mas, de fato, o texto é ruim. Poder-se-ia tomar refúgio nos clássicos. “Mas os clássicos são ininteligíveis”, expressaria descontente um ser mais obtuso, que tampouco entenderia se os lesse. E por não entender, acreditaria que a sua imbecilidade se propaga no infinito. Entretanto, nos referimos a um imbecil consciente que, por isso, de forma bem natural, passa a julgar saber as coisas através da própria ignorância, e isto, pitorescamente, lhe traz a certeza de um delirante complexo de superioridade. Esta é a razão pela qual se subestima o público, dando-lhe sempre o que há de pior.
Não se têm o que dizer. Muito menos o que ensinar. Mas se tem o espaço, a verba pública, um teatro restaurado através da obra super-faturada e… ah, uma boa luz que revela, no palco, um cenário verdadeiramente incrível. Já que o texto é ruim, a intenção é chocar com vulgaridades que já não chocam mais ninguém. Pois ainda há quem fique chocado com palavras infames e pessoas nuas? O texto é ruim, mas não faria diferença se fosse bom. Já que nada entendem, resolvem se expressar tirando as roupas. Às vezes, menos ousados, contentam-se em pintar o nariz e fazer malabarismos.
Talvez fosse isso que Rousseau considerava quando proclamou que o efeito do desenvolvimento das ciências e das artes não seria positivo à humanidade. Ao contrário, transformar-se-ia num processo de degeneração do homem. Abstraindo toda aquela maluquice do bom selvagem, podemos considerar que o diagnóstico do suíço parece ter algum sentido se invertemos o significado do que seja a arte. Atualmente, o que se convém chamar de arte, não é arte de forma alguma. A idéia mesma de fazer o homem elevar-se procriando o belo, para tornar-se melhor desejando perpetuamente o bem e a verdade, foi substituída pela massificação do homem vulgar que degenera a si mesmo, e junto a inteligência humana. É um engenhoso empenho para nos tornar animais, onde o instinto mais selvagem subrepuja a razão e a felicidade resume-se no pleno gozo do prazer. Mas em algum momento o filho do relojoeiro suíço tenta esclarecer as coisas:
“Todo artista quer ser aplaudido. Os elogios dos seus contemporâneos constituem a parte mais preciosa de suas recompensas. Que fará, pois, para os obter, se tem a desgraça de ter nascido no seio de um povo e nos tempos em que os sábios em moda puseram uma juventude frívola em estado de dar o tom; em que os homens sacrificaram seu gosto aos tiranos de sua liberdade.” *

Liberdade. Mas alguém ousaria vociferar a favor da tirania? No entanto, tornou-se comum o aprisionamento na vulgaridade que sempre exige uma baixeza em servir de forma miserável a uma tirania coletiva. Aí a liberdade pertencente ao indivíduo já está extinta, e já não se pode mais decidir o próprio destino. De qualquer forma ele prefere se entregar, curvar-se por algo que sequer sabe o que é — e deseja ardentemente este desconhecido. Expõe-se ao ridículo, age de forma repugnante, aceita crueldades, torturas psicológicas; jura estar buscando a liberdade plena.
__________
Rousseau, Jean-Jacques. Discurso sobre as Ciências e as Artes, 1749.

Como não criar um estado palestino

MÍDIA SEM MÁSCARA
Todo terrorismo usa como justificativa a suposta "ocupação". Ora, houve dezenas de atentados contra Israel entre 48 e 67, quando Israel não tinha controle sobre Gaza, Judéia, Samária e a cidade velha de Jerusalém. Logo, isso não serve de argumento.
No último domingo, houve uma gigantesca manifestação em Jerusalém, em prol de se fazer um plebiscito no país, a favor ou contra a saída dos judeus dos vilarejos de Gaza, Judéia e Samária. Havia aproximadamente 150 mil pessoas na manifestação. Vou fazer alguns comentários do que se diz na mídia e comparar a criação do Estado Judaico com a eventual criação do Estado Palestino.

Sobre a Mídia

a) Ocupação: se os territórios de Gaza, Judéia e Samária pertencem aos árabes palestinos de fato, por queNUNCA, durante 20 anos, se falou em "ocupação" quando o Egito e Jordânia controlavam estes territórios ? Outra pergunta, por que o Estado Palestino não foi criado nesta época ? Afinal, com certeza entre eles (árabes) poderiam se entender melhor.

b) "O muro é como o apartheid da Africa do Sul": mais uma ignorância que lemos e escutamos na mídia. O apartheid na África do Sul tratou de separar, preste bem atenção, cidadãos sul-africanos negros dos cidadãos sul-africanos brancos. O muro (5%) e a cerca (95%) vão fazer nada mais nada menos do que dividir Israel e um futuro Estado Palestino. Para um governo (Likud) que jamais cogitou sobre um Estado Palestino, aceitar a viabilidade dele determinando as fronteiras com uma barreira física, é uma excelente oportunidade para que os árabes palestinos criem o seu Estado.

Se os países árabes tivessem feito isso, determinado as fronteiras do Estado Judeu, colocando limites físicos e reconhecido o Estado, em 48, os judeus iriam dar pulos de alegria, fora que teria nos poupado muitas vidas nas guerras de 48, 67 e 73. Guerras estas iniciadas pelos países árabes por não reconhecer o Estado Judeu.

Criação de um Estado Palestino ?

a) Israel aceitou a partilha da ONU da maneira como foi definida , pois tudo que os judeus queriam na época era ter uma nação. Apesar de a partilha estar muito longe dos desejos deles, e da ONU decretar que a cidade mais importante para o povo judeu seria uma cidade internacional - apesar de obviamente não fazer isso com o Vaticano, nem com Meca - os judeus aceitaram mesmo assim que Israel fosse criado conforme estabelecido. O resultado todos sabem, graças à vitória de Israel na guerra de 48, o Estado se expandiu. Não fosse os árabes terem começado a guerra de 67 também, ainda estaríamos hoje vivendo no país Israel sem o que de mais importante para o povo judeu e para o judaísmo existe aqui: o Muro das Lamentações(Kotel). Aliás, os árabes palestinos são livres para rezarem na mesquita de Omar, ao passo que aos judeus nem lhes era permitido entrar na cidade velha de Jerusalém, quanto mais no Kotel.

b) Vamos examinar a exigência dos árabes palestinos: querem Jerusalém como capital e disso não abrem mão. Ora, por que não construir um estado com colégios, hospitais, universidades, áreas industriais, e deixar para decidir a capital depois como fez Israel ? Acaso isso é primordial para a construção do país? É obvio que não. Se Jerusalém é tão importante assim para os muçulmanos, por que o Estado Muçulmano da Jordânia não fez de Jerusalém sua capital em 48?

Interessante, a mídia insiste em mencionar Jerusalém como a terceira cidade mais importante do islamismo, mas por que também não menciona Hebron como a segunda mais importante do judaísmo?

c) Israel, ao declarar sua independência, automaticamente deu cidadania aos árabes que aqui moravam. Estes hoje concorrem no mercado de trabalho com israelenses, competem por vagas nas universidades israelenses e participam da vida cotidiana como qualquer judeu israelense. Agora, vamos ver o que os judeus que moram em Gaza, Judéia e Samária fazem para alterar a vida dos árabes palestinos que moram lá:

- Eles estudam lá ? Não.
- Eles trabalham lá ? Não.
- Eles impedem que os árabes palestinos possam viajar de um lugar a outro ? Não.


Ou seja, os judeus que moram lá não afetam a vida dos árabes palestinos de modo algum, seja do ponto de vista social, econômico, religioso, etc.

Em outras palavras, Israel, o único país judaico do mundo, pode sem problema nenhum ter 1/6 da sua população de árabes com os mesmos direitos dos judeus, mas porque os judeus não podem ser 1/15 da população de Gaza, Judéia e Samária onde não havia ninguém e nem sequer teriam cidadania palestina no surgimento de um Estado ???

d) Todo terrorismo usa como justificativa a suposta "ocupação". Ora, houve dezenas de atentados contra Israel entre 48 e 67, quando Israel não tinha controle sobre Gaza, Judéia, Samária e a cidade velha de Jerusalém. Logo, não serve de argumento.

e) O mundo é pródigo em condenar o Estado de Israel, cujo tamanho é menor que Sergipe. Porém, imaginem só se fosse ao contrário, 22 países judaicos ao redor de um único pais árabe! Como diria um grande amigo meu, "sem comentários".

Resumindo, pela liderança palestina, o secundário é mais importante que o principal ou o bolo não pode ser feito sem a cereja, e qualquer coisa serve de justificativa para que a criação do Estado Palestino seja postergado e para que o terror continue. Quando Barak ofereceu tudo e mais um pouco a Arafat (I"S), mais do que deixar os israelenses em estado de choque, deixou Arafat(I"S) perplexo, que não tinha mais o que reinvindicar, tendo o mesmo que sacar da manga a ridícula exigência do retorno dos refugiados, árabes palestinos que fugiram de Israel em 48 na esperança de que após a vitória árabe pudessem voltar às suas casas.

Prova? Os milhares de árabes que obtiveram cidadania israelense após a criação do Estado. Se Israel não os quisesse, teria os expulsado antes ou depois da guerra, o que nunca fez.

Israel aceitou começar a construção do seu Estado:

Sem países para delimitar suas fronteiras, ao contrário, com sete querendo a sua destruição;

Sem ajuda de bilhões de dólares do exterior (ou milhões para a época);

Sem ter acesso ao lugar mais sagrado do povo judeu, o Muro das Lamentações - com uma área estipulada pelaONU muito aquém da almejada pelos judeus;

Com a capital eterna do povo judeu recebendo status de internacional;

Com divisões no território tendo árabes de todos os lados;

Todavia, os árabes palestinos parecem que estão mais preocupados em continuar com seu status de refugiados, do que propriamente "pôr a mão na massa" e criar um Estado por eles mesmos, como fizeram os judeus em Israel.

O culpado é o capitalismo?

MÍDIA SEM MÁSCARA

A globalização, se algo fez, foi oferecer trabalho aos operários chineses.
Como qualquer viajante profissional sabe, material de leitura é indispensável em voos longos. De Luanda ao Rio, são oito horas de voo diurno. Trevas, como se diz hoje. Cochila-se às vezes, mas não se consegue dormir. Ler, como na maioria das ocasiões, é a melhor opção. Havia separado para a viagem o fascinante livro As mulheres de meu pai, do não menos fascinante autor angolano José Eduardo Agualusa. Mas o homem põe e o destino, ou simplesmente o próprio homem, dispõe. Coloquei o livro no bolso externo de uma mala que iria despachar e despachei a mala, esquecendo de retirar o livro.
Nada havia a fazer, exceto ler o que havia no avião. Revistas de bordo são boas para folhear, não para ler. Busquei refúgio nos jornais. Sou daqueles que chegam ao aeroporto três horas antes do voo e já havia lido o Jornal de Angola enquanto aguardava a partida.
Havia no avião um exemplar do inesperado China Daily, (o Diário da China, da quinta-feira passada. Não é um jornal qualquer - é o principal jornal chinês em língua inglesa. Gosto, até por dever de ofício,  de ver com que destaque saem as notícias nos diversos jornais que folheio. Uma matéria na primeira página reflete, por razões óbvias, a importância que os editores supõem que a matéria terá para os leitores.
No China Daily, a grande notícia do dia era o pedido de desculpas público do presidente da Foxconn pela onda de suicídios de trabalhadores ocorridos na empresa. Até a última quinta-feira já totalizavam treze tentativas, dez delas, infelizmente, bem sucedidas.
O próprio número de suicídios diz tudo. Mas os suicídios também dizem muito quanto às relações de trabalho e sobre o tipo de empresa que é a Foxconn.
Localizada na província de Shenzen e com 800 mil empregados na República da China, a empresa, com sede em Taiwan, exportou mais de US$ 55 bilhões em 2008 (3,9% do total das exportações chinesas naquele ano).
A empresa fabrica computadores, consoles de jogos eletrônicos e telefones celulares para as maiores marcas ocidentais.Trata-se, como em muitos outros casos, da combinação de investimento, design e tecnologia do dono da marca, com componentes importados de um terceiro fornecedor e mão de obra barata chinesa para a montagem do produto final.
Junto com outras empresas da mesma natureza, os bens montados e vendidos ao exterior dão conta de metade do total do volume exportado pela China e respondem pela parcela maior do saldo comercial do país.
É claro que há algo de errado com essa história de suicídios na empresa. De pouco vale que a Foxconn afirme que os suicídios decorrem de problemas pessoais de alguns poucos  trabalhadores.
Alguns atribuem os fatos aos métodos de trabalho e às condições em que vivem os trabalhadores, que, aliás, residem em dependências dentro da própria empresa. Os mais apressados atribuem os suicídios, como de resto todos os problemas do mundo, ao capitalismo e à globalização.
Para esses, é bom lembrar que o controle pelas condições de trabalho é responsabilidade das autoridades do país em que as empresas estão instaladas. Essas condições mínimas foram estabelecidas no século 19, na pátria do capitalismo nascente, a Inglaterra, ao regular o número máximo de horas de trabalho e banir o trabalho infantil.
A globalização, se responsável por alguma coisa no caso, o é por dar trabalho aos operários chineses. A comparação certa a fazer é entre trabalhar em uma fábrica, com salário baixo, mas certo, no final do mês, com o trabalho de rendimento ainda menor na agricultura de subsistência, com imenso risco de perda de colheita e fome para o trabalhador e sua família - um evento comum na China e que dispensa maiores comentários.
Não é culpando o capitalismo e a globalização que se mudará a situação - como bem sabem as autoridades chinesas, a quem compete resolver o problema. Foi o reconhecimento de que viver de uma agricultura de subsistência, com baixa tecnologia, não produziria desenvolvimento, o que levou essas mesmas autoridades a abrir o país ao investimento e à tecnologia estrangeiros.
Por igual razão, cresce o número de chineses estudando no exterior. Ao lado disso, alguns dos melhores cérebros do Ocidente estão na China, ajudando a criar a nova universidade chinesa que, segundo a respeitada Foreign Affairs, logo estará entre as melhores do mundo.
Por ora, as empresas instaladas na China produzem aos menores custos os bens consumidos no mundo inteiro. Por enquanto, a mão de obra é das mais baratas do planeta. O mesmo já ocorreu com o Japão, com a Coreia do Sul, com a Tailândia e com outros países da Ásia. Logo a China dominará também a tecnologia, tanto de produção como de marketing de seus produtos, como ocorreu com os gigantes do Japão e da Coreia.
Tudo isso será fruto dos princípios básicos do capitalismo, o que lhe dá uma permanente sobrevida e juventude, a despeito de todas as críticas dos últimos 150 anos: o lucro como motivação; a divisão do trabalho como promotor dos ganhos de escala e produtividade - e o mais profundo desejo de satisfazer os desejos do consumidor, o verdadeiro maestro de todo o processo capitalista.


Roberto Fendt é economista.

Publicado no Diário do Comércio.

Bill Gates também irá participar do encontro do Grupo Bilderberg deste ano

A NOVA ORDEM MUNDIAL

FRIDAY, 4 JUNE 2010

Bill Gates, o fundador da Microsoft irá se juntar aos seus companheiros elitistas pela primeira vez na conferência de Bilderberg de 2010 que está em curso em Sitges, Espanha, depois de, aparentemente, fingir assistir outro evento antes de ser forçado a admitir aos jornalistas que ele vai dar uma palestra na confabulação globalista.

Gates deixou escapar que ele iria fazer sua estréia no Bilderberg após ser perguntado por jornalistas do jornal 20 Minutos, um jornal gratuito espanhol que é publicado diariamente em várias cidades espanholas, bem como outros ao redor do mundo.

Segundo o jornal, Gates disse aos repórteres: "Eu sou um dos que estarão presentes", acrescentando que ele vai participar de um debate com os colegas globalistas sobre os temas de "energia e as necessidades dos mais pobres", bem como as alterações climáticas, energias renováveis e da crise econômica.

Indicando que ele também vai dar uma palestra para os elitistas da Bilderberg, Gates disse: "Eu espero não entedia-los".

Parece que Gates inicialmente tentou despistar os repórteres, alegando que ele estava em Barcelona para assistir a uma conferência do Instituto Global de Saúde que foi, então, misteriosamente "cancelado".

A presença de Gates no encontro da elite também foi confirmada pela agência de notícias alemã DPA.

O jornal espanhol confirma também que o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero irá participar da conferência, esta tarde, onde será acompanhado pela rainha Beatrix da Holanda, presidente do BCE Jean-Claude Trichet, bem como ex-secretário de Defesa americano Donald Rumsfeld.

Fontes:
Bill Gates hablará sobre energía y cómo combatir la pobreza en Club Bilderberg 
Earth Times: Secretive Bilderberg Club brings decision-makers to talks in Spain

FLOTILLA: We Con the World



LatmaTV  3 de junho de 2010 — http://www.latma.co.il
http://www.facebook.com/latma.co.il

Lyrics:

There comes a time

When we need to make a show
For the world, the Web and CNN

There's no people dying,
so the best that we can do
Is create the greatest bluff of all

We must go on pretending day by day
That in Gaza, there's crisis, hunger and plague
Coz the billion bucks in aid won't buy their basic needs
Like some cheese and missiles for the kids

We'll make the world
Abandon reason
We'll make them all believe that the Hamas
Is Momma Theresa
We are peaceful travelers
With guns and our own knives
The truth will never find its way to your TV

Ooooh, we'll stab them at heart
They are soldiers, no one cares
We are small, and we took some pictures with doves
As Allah showed us, for facts there's no demand
So we will always gain the upper hand

We'll make the world
Abandon reason
We'll make them all believe that the Hamas
Is Momma Theresa
We are peaceful travelers
we're waving our own knives
The truth will never find its way to your TV

If Islam and terror brighten up your mood
But you worry that it may not look so good
Well well well well don't you realize
You just gotta call yourself
An activist for peace and human aid

We'll make the world
Abandon reason
We'll make them all believe that the Hamas
Is Momma Theresa
We are peaceful travelers
We're waving our own knives
The truth will never find its way to your TV

We con the world
We con the people
We'll make them all believe the IDF is Jack the Ripper
We are peaceful travelers
We're waving our own knives
The truth will never find its way to your TV
We con the world
We con the people
We'll make them all believe the IDF is Jack the Ripper
We are peaceful travelers
We're waving our own knives
the truth will never find its way to your TV
The truth will never find its way to your TV

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Louvores à mancheia

MÍDIA SEM MÁSCARA

hillary_laughsO problema é que, para um país que duas décadas e meia atrás chegou a crescer 15% ao ano sem gigantismo fiscal, os 4% ou 5% anuais de hoje são, na mais triunfalista das hipóteses, sinais de recuperação vegetativa, espontânea, imune tanto à estupidez quanto à genialidade dos governos.
Foi talvez profeticamente que a Canção do Soldado denominou o patriotismo brasileiro "amor febril": febres, por definição, passam rápido ou matam o sujeito após algumas semanas. Como nossos concidadãos não têm senso de tradições históricas que possam dar substância à noção de "pátria", toda a sua devoção à entidade abstrata e inapreensível denominada "Brasil" consiste em rompantes de entusiasmo fugaz ante glórias de ocasião, em geral vitórias esportivas ou louvores interesseiros da mídia internacional às miúdas criaturas que nos governam.
Esses arrebatamentos efêmeros coexistem pacificamente com o desprezo aos valores pátrios genuínos e com o mais afetado despeito ante os heróis, santos e sábios que honraram a nacionalidade, criaturas de névoa que, quando chegam a ser conhecidas, logo se desfazem ante a presença brilhante e ruidosa dos ídolos midiáticos da semana.
O contraste com os EUA não poderia ser maior. O americano mede os políticos da atualidade pela estatura de Washington, Lincoln ou Jefferson. No Brasil, José Bonifácio ou Joaquim Nabuco são apenas sombras retroativas que as figuras monumentais de Lula, Netinho Pagodeiro e Bruna Surfistinha projetam num passado evanescente.
As últimas semanas foram pródigas em estímulos ao erotismo cívico nacional. Os mais picantes foram as declarações da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em louvor da voracidade fiscal brasileira, e a reportagem hagiográfica da revista Der Spiegel - em que o nosso presidente, como rediviva Águia de Haia, alça vôo ao "primeiro plano da diplomacia mundial" pela milésima vez, sugerindo que as anteriores ficaram na promessa.
São documentos de importância excepcional, não pela veracidade do conteúdo, mas como amostras pedagógicas de como hoje em dia os políticos e a mídia nem precisam mais tentar enganar a plateia com simulações de verossimilhança: podem mentir com franqueza, com descaramento genuíno e santo, confiantes em que os ouvintes já se afeiçoaram à mentira ao ponto de aceitá-la precisamente por ser mentira.
A sra. Clinton assegura que a relação entre alto imposto de renda e alto crescimento econômico no Brasil não é coincidência, mas uma curva de causa e efeito. Para crescer mais, portanto, os outros países da região deveriam imitar o exemplo brasileiro, taxando pesadamente os ganhos de seus empresários e trabalhadores. Com ou sem o exemplo brasileiro, a sra. Clinton sempre adorou impostos altos e governo inflado, pois ela, seu marido, seu partido e seus inúmeros protegidos à esquerda do centro vivem precisamente disso. Se o Brasil diminuísse em vez de crescer, como geralmente acontece às nações que estrangulam suas populações com impostos, isso não mudaria em nada o discurso dos Clintons, que é o de toda a esquerda mundial.
O problema é que, para um país que duas décadas e meia atrás chegou a crescer 15% ao ano sem gigantismo fiscal, os 4% ou 5% anuais de hoje são, na mais triunfalista das hipóteses, sinais de recuperação vegetativa, espontânea, imune tanto à estupidez quanto à genialidade dos governos; sinais que só se transfiguram em vitórias memoráveis mediante o assassinato da capacidade memorizante.
O Brasil, que já foi a sétima economia do mundo e depois caiu abaixo da vigésima, é hoje a oitava. Não voltou sequer ao ponto onde estava, mas, como garganteia que será a quinta por volta de 2050, já sai proclamando que está melhor do que jamais esteve. Para as novas gerações, que têm a cultura histórica de um tatu e imaginam o tempo dos militares como uma época de fome e miséria indescritíveis, essa conversa é muito persuasiva. Endossada pela sra. Clinton, torna-se tão venerável como o princípio de identidade, os Dez Mandamentos ou o Código de Hamurabi.
Spiegel vai além: "À medida que o Brasil cresce para tornar-se uma nova potência econômica, a reputação do presidente brasileiro cresce com velocidade meteórica." Que raio de meteoro é esse, que há anos se arrasta no céu com passo de lesma cósmica? Desde que me tornei leitor da grande mídia, por volta dos quinze anos, o Brasil já "cresceu para tornar-se uma nova potência econômica" pelo menos umas trinta vezes. Com a possível exceção daquilo que se observa nos esforços de ereção senil, nenhum outro ente no mundo cresce tão persistentemente em direção a um novo estado de existência sem jamais, porém, alcançá-lo
Mas estou enganado: há, sim, outro fenômeno análogo, e a própria Spiegel o aponta: é a reputação do presidente Lula. Desde a eleição de 2002 ela não cessou de "crescer em velocidade meteórica", ameaçando fazer dele o político mais importante do mundo no prazo de algumas semanas, e depois repetindo a ameaça de novo e de novo à medida em que os anos passam e as pessoas se esquecem da ameaça anterior.
Como isso acontece nas páginas da mídia internacional ao menos uma vez por semestre, começo a suspeitar que os meteoros não caem, mas giram em órbitas fixas, eternamente.
Mas, já que essa explicação arrisca chocar o s astrônomos por sua ousadia científica desmesurada, deixo aqui preventivamente anotada uma teoria alternativa: como "reputação" não significa outra coisa que sair na mídia, cada reportagem que se escreve para enaltecer o prestígio de Lula é uma prova de si mesma e um bom motivo para escrever de novo a mesma coisa à menor provocação.
O acordo com o Irã, reconheço, é uma baita provocação, mas será isso motivo para a Spiegel escrever que Lula se tornou "um herói do hemisfério sul e importante contrapeso em relação a Washington e Pequim".
Herói? Do heroísmo de Lula só quem sabe, se sabe, é o menino do MEP. Quanto a ser um contrapeso, vejamos. O esquema que Lula montou com Ahmadinejad teve como resultado, ao menos de curto prazo, livrar o Irã de possíveis sanções, o que era o objetivo da China. Contrapeso, que eu saiba, é pesar para o lado oposto, não para o mesmo lado.
Washington, por sua vez, não precisa de contrapeso: Hillary já pesa para um lado, Obama para o outro. O próprio acordo Brasil-Irã mostrou isso. Hillary personifica o esquerdismo americano tradicional, que concilia na medida do possível as ambições de poder absoluto da esquerda mundial com alguns interesses nacionais. Obama serve descaradamente a interesses dos mais radicais inimigos do seu país (leiam The Manchurian President, de Aaron Klein, e digam se exagero) e conta com Lula como um de seus instrumentos na empreitada.
As contradições óbvias entre as recomendações do Serviço Secreto e a famosa carta pessoal ao presidente brasileiro só mostram que nem tudo nos altos círculos de Washington está afinado com os propósitos de Obama, que são os mesmos da China e do Irã. Mas, na medida mesma em que colabora com esses propósitos, Lula, novamente, é o oposto de um contrapeso.
Mas o ponto sublime da reportagem da Spiegel é o trecho em que aponta, como uma das razões do sucesso de Lula, seu empenho em favor da educação nacional. Essa é uma faceta do nosso presidente que a população brasileira desconhecia. Pelo lado quantitativo, quando Lula subiu ao poder já não havia praticamente criança brasileira sem escola. Se restava melhorar a qualidade do ensino, o sucesso do governo Lula nesse empreendimento mede-se pelos exames do PISA (Programme for International Student Assessment), nos quais nossos estudantes têm obtido invariavelmente as piores notas do mundo.
Mas há sempre um jeito para tudo: pode-se olhar a tabela de notas de cabeça para baixo e proclamar que, uma vez mais, o universo se curva ante o Brasil.

Sobre o teatro. (Só sobre o teatro? Eu inseriria aí quase toda, senão 99% das "artes" ao nosso redor.Você já viu um bando de imbecis adorando um quadrado pintado em uma folha de papel em uma galeria de "arte"? Eu já...)

SHRUGGED

30 DE MAIO DE 2010


Ainda busco uma melhor ideia para definir a utilidade do teatro. Mas, definitivamente, é bastante fácil encontrar um motivo para a sua inutilidade. O ator fala, dirigindo-se às mãozinhas tensas com uma voz ressonante, movimentando-se bruscamente de forma padronizada e, pior, com uma postura pedante, ridiculamente chata. Este é atualmente o responsável pela transição do texto ao público, aquele que tem a função de materializar uma personagem cuja vida é limitada pelo papel, sem forma, particularidades ou uma integral vida psíquica.
Mas o que realmente torna o teatro chato, pedante e inútil? Simplesmente a atitude de subestimar o público. Ainda tenho por certo que as tradições e costumes expressos principalmente nas artes, têm pelo menos a função primordial de educar. Mas isto não quer dizer que o público deva ser tratado como alunos da pré-escola. Cada pessoa sentada numa daquelas cadeiras confortáveis tem uma história, tem uma vida e, principalmente, um cérebro – além de, é claro, ter pagado o ingresso. Cada uma dessas pessoas, à sua medida, é capaz de contemplar o que vê no palco e fazer alusões com tudo aquilo que ela vê na realidade. Não está alí para um confronto, quer apenas uma reflexão. No entanto, o teatro moderno quer confrontar, quer impor, doutrinar. O texto pode ser um clássico, mas no palco torna-se apenas uma visão limitada de um diretor que quer se impor como um tipo de inconsciente do autor, que busca revelar significações misteriosas e a natureza dos sentimentos de onde brotaram a obra. O complexo causado pela impossibilidade de conhecer o autor e sua obra melhor do que o próprio autor, propõe uma indigna fuga na invenção. A neurose é tamanha que passa-se a acreditar em algo que se estivesse em algum lugar, residiria apenas num espaço inóspito e esquizofrênico. Aí a transição do texto ao público já se perdeu completamente. No seu lugar, constrói-se uma ponte para levar do texto às loucuras pessoais de um diretor e seus sentimentozinhos. Neste caminho obscuro, a expressão artística do teatro nada mais difere de uma música sertaneja: o homem que sofre por uma inutilidade qualquer, mas este sofrimento é irreal, uma invenção. Pelo menos esses sertanejos hi-tech inventam inutilidades que existem em algum lugar, não abstrações ideológicas que só fazem sentido a doentes mentais.
Enfim, a inspiração poética só pode ser encontrada fora de si, percebendo a realidade  - ou um fragmento dela mesma –  que está e sempre esteve inserida no mundo, independente da existência de quem a vê. Uma obra, por consequência, deve ser pensada visando expressar uma ideia do real. Mas o que se vê nos palcos altualmente – e tem se tornado um vício entre escritores e poetas – é a expressão de um sentimento, não de uma ideia. E, convenhamos: quem, numa época tão esquisita, está interessado em conhecer os sentimentos mais íntimos, sombrios e obscuros de alguém que sequer conhece?

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".