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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Desarmamento: um livro imperdível

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Peter Hof em 22 de agosto de 2008

Resumo: A história sobre a espetacular vitória do "Não" durante o referendo do desarmamento realizado em outubro de 2005 é contada em livro recém lançado.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Livro de Chico Santa Rita: estratégias de marketing eleitoral.

Todos aqueles que se envolveram de alguma forma na Campanha do NÃO, ou que votaram pelo NÃO no Referendo de 23 de outubro de 2005, não podem deixar de ler o livro de Chico Santa Rita, Novas Batalhas Eleitorais (Ediouro Publicações, 2008, 272 páginas, R$39.90 - clique aqui para comprar).

Para os que não sabem, Chico Santa Rita foi o estrategista da vitoriosa Campanha do NÃO no referendo que perguntava aos cidadãos se eles queriam a proibição da venda de armas de fogo e munição em todo o território brasileiro [*]. Em linguagem simples, sem fazer uso do publicitês ou marquetês, o autor nos conta toda a emocionante história de como um grupo de trinta pessoas, trabalhando com recursos escassos, premidos pela escassez de tempo e enfrentando um adversário formidável, conseguiu, em pouco mais de um mês, virar o jogo de forma inédita em batalhas eleitorais em nosso país. De fato, esse ”Exército Brancaleone” ousou enfrentar a maior máquina de guerra que jamais havia sido montada no Brasil: o Executivo, Legislativo e o Judiciário, apoiados maciçamente pela chamada grande imprensa (com exceção da revista Veja e alguns jornais regionais), ONGs (Viva Rio, Sou da Paz e outras), governos estrangeiros (Reino Unido), fundações internacionais (Ford, Rockefeller, Soros, Small Arms Institute) e, pasmem, até companhia de aviação (a falecida Varig), se reuniram para, qual o rolo compressor que usaram para esmagar armas velhas e imprestáveis – devolvidas por alguns otários e viúvas assustadas – banir de forma definitiva, e para sempre, o direito sagrado do cidadão de comprar uma arma para defender a si e sua família, isto num país que conta com uma polícia destreinada e desaparelhada e onde a bandidagem (aqui me refiro a bandidos mesmo, não a um certo pessoal que circula por Brasília), hoje domina amplos setores da população, em especial os mais carentes.

Em setenta e oito páginas, mais ou menos um terço do livro, Chico Santa Rita conta em detalhes cada batalha que foram vencendo, as dificuldades que tiveram de superar, desde a falta de dinheiro até decisões da Justiça Eleitoral – no mínimo estranhas, como quando o TSE determinou que a geração dos programas de rádio e TV fosse feita a partir da TV Cultura de Brasília. O leitor não entendeu qual o problema? Deixe-me explicar:

os programas da frente do NÃO eram produzidos em São Paulo e, portanto, deveriam ser, diariamente, enviadas por avião a Brasília.

Por uma incrível “coincidência”, a turma do SIM, com dinheiro a rodo para gastar, tinha estruturas contratadas no Rio e em Brasília...

Não pretendo fazer um resumo do livro, nem tirar dos potenciais leitores o prazer de tomar conhecimento da história toda, mas para terem idéia da tarefa hercúlea que tinham pela frente, vou mostrar duas situações: segundo o Datafolha, em pesquisa realizada em 6/7 de abril de 2005 – portanto seis meses e meio antes do referendo – 83% da população era contra a venda de armas e apenas 14% a favor.

Abertas as urnas em 23 de outubro daquele ano, o resultado final foi: 63,94% a favor do comércio de armas e 36,06% contra. E não foi apenas uma vitória regional, em que uma maior densidade populacional resultou na vitória do NÃO; ou seja: daqueles que acreditavam no direito de comprar, se e quando quisessem, uma arma. O NÃO foi vitorioso em TODAS as cinco regiões geográficas do país, em TODOS os 26 estados e no Distrito Federal, em TODAS as capitais brasileiras, em nove das dez maiores cidades não capitais do país (o SIM só ganhou em Jaboatão dos Guararapes – PE, por 51.5% contra 48.5 do NÃO).

Em suma, parodiando o Grande Apedeuta que nos governa:

nunca na história das votações neste país o povo brasileiro deu uma resposta tão inequívoca, tão arrasadora a uma idéia idiota, produto de um Congresso que, hoje sabemos, minado por mensaleiros, aceitadores de propina, aloprados e outras classes de corruptos.

Nunca antes um poderoso conglomerado de imprensa envolveu-se, de forma parcial e antiética, em um tema do qual deveria ser o portador isento das informações para ajudar no esclarecimento da população. Nunca ONGs e grupos estrangeiros envolveram-se de forma escandalosa em conúbios (não confundir com Delúbios) indecorosos,

a ponto de a Justiça Eleitoral proibir duas ONGs (Viva Rio e Sou da Paz) de participar da campanha que antecedeu o referendo, sob a acusação de receberem polpudas contribuições de entidades e governos estrangeiros para servirem de boneco de ventríloquo dessas entidades.

O que dá credibilidade a Chico Santa Rita é o fato de que, ao contrário de outros marqueteiros políticos, ele não é do tipo que faz campanha para Paulo Maluf em uma eleição e Lula em outra, nem aceita pagamentos em moeda estrangeira depositados em paraísos fiscais.

Da mesma forma, só aceita trabalhar para pessoas ou idéias em que acredita. Foi o caso da Campanha do NÃO.

E como foi conseguida tão espetacular vitória em tão curto espaço de tempo? Leiam o livro. Como escrevi acima, ele é imperdível.


[*] Nota Redação MSM: para maiores informações sobre o tema recomenda-se a leitura da Editoria MSM DESARMAMENTO. O livro de Chico Santa Rita também pode ser encontrado na loja virtua da livraria É Realizações. (C.T. - não o encontrei lá mas encontrei aqui)

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".