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quinta-feira, 6 de maio de 2010

COMUNICADO DA SANTA SÉ SOBRE OS LEGIONÁRIOS DE CRISTO

ZENIT

02-05-2010


Ao final da visita apostólica

CIDADE DO VATICANO, domingo, 2 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos o comunicado que a Santa Sé emitiu nesse sábado sobre os Legionários de Cristo, após as reuniões mantidas entre 30 de abril e 1 de maio no Vaticano pelos cinco visitadores apostólicos.
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1. Nos dias 30 de abril e 1 de maio, o cardeal secretário de Estado presidiu no Vaticano uma reunião com os cinco bispos encarregados da visita apostólica à congregação dos Legionários de Cristo (Dom Ricardo Blázquez Pérez, arcebispo de Valladolid; Dom Charles Chaput, O.F.M.Cap, arcebispo de Denver; Dom Ricardo Ezzati Andrello, SDB, arcebispo de Concepción; Dom Giuseppe Versaldi, bispo de Alessandria; Dom Ricardo Watty Urquidi, M.Sp.S., bispo de Tepic). Nela participaram os prefeitos da Congregação para a Doutrina da Fé e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e o substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.
Uma das sessões desenvolveu-se na presença do Santo Padre, a quem os visitadores apresentaram uma síntese de suas relações, já enviadas anteriormente.
Durante a visita, foram entrevistados pessoalmente mais de mil Legionários e foram analisados várias centenas de testemunhos escritos. Os visitadores visitaram quase todas as casas religiosas e muitas obras de apostolado dirigidas pela congregação. Escutaram de palavra ou leram por escrito o juízo de muitos bispos diocesanos dos países nos quais a congregação trabalha. Os visitadores também falaram com numerosos membros do Movimento “Regnum Christi”, ainda que este não era o objetivo da visita, em particular homens e mulheres consagrados. Receberam também uma notável correspondência por parte de leigos comprometidos e de familiares de membros do Movimento.
Os cinco visitadores deram testemunho da acolhida sincera que lhes foi dispensada e do espírito de colaboração ativa demonstrado pela congregação e pelos diferentes religiosos. Ainda que atuaram independentemente, chegaram a uma avaliação amplamente convergente e a um juízo compartilhado. Testificaram que encontraram um grande número de religiosos exemplares, honestos, cheios de talento, muitos dos quais jovens, que buscam Cristo com zelo autêntico e que oferecem toda sua existência à difusão do Reino de Deus.
2.  A visita apostólica pôde comprovar que a conduta do padre Marcial Maciel Degollado causou sérias consequências na vida e na estrutura da Legião, até o ponto de que se requer um caminho de profunda revisão.
Os gravíssimos e objetivamente imorais comportamentos do padre Maciel, confirmados por testemunhos incontestáveis, representam, em alguns casos, autênticos delitos e manifestam uma vida sem escrúpulos nem autêntico sentimento religioso. Esta vida era desconhecida para grande parte dos Legionários, sobretudo pelo sistema de relações estabelecido pelo padre Maciel, que habilmente soube criar pretextos, ganhar a confiança, amizade e silêncio dos que o cercavam e reforçar ser próprio papel de fundador carismático.
Em ocasiões, um lamentável descrédito e afastamento de quantos duvidavam de seu comportamento reto, assim como a errada convicção de não querer danificar o bem que a Legião estava realizando, tinham criado ao ser redor um mecanismo de defesa que lhe permitiu ser inatacável durante muito tempo, fazendo que, por conseguinte, fosse muito difícil conhecer sua verdadeira vida.
3. O zelo sincero da maioria dos Legionários, que emergiu também nas visitas às casas da congregação e a muitas das suas obras, apreciadas por muitos, levou muitas pessoas, no passado, a achar que as acusações, que se tornavam cada vez mais insistentes e se multiplicavam, não passassem de calúnias.
Por outro lado, a descoberta e o conhecimento da verdade acerca do fundador provocou, nos membros da Legião, surpresa, desconcerto e profunda dor, que os visitadores evidenciaram de diferentes maneiras.
4.  Dos resultados da visita apostólica emergiram com clareza, entre outros elementos:
a) A necessidade de redefinir o carisma da congregação dos Legionários de Cristo, preservando o núcleo verdadeiro, o da "militia Christi", que caracteriza a ação apostólica e missionária da Igreja e que não se identifica com a eficiência a qualquer preço.
b) A necessidade de rever o exercício da autoridade, que deve estar unida à verdade, para respeitar a consciência e desenvolver-se à luz do Evangelho como autêntico serviço eclesial.
c) A necessidade de preservar o entusiasmo da fé dos jovens, o zelo missionário, o dinamismo apostólico, por meio de uma adequada formação. De fato, a desilusão acerca do fundador poderia colocar em questão a vocação e o núcleo do carisma que pertencem aos Legionários de Cristo e é próprio deles.
5. O Santo Padre deseja garantir a todos os Legionários de Cristo e a todos os membros do Movimento "Regnum Christi" que não serão deixados sozinhos: a Igreja tem a firme vontade de acompanhá-los e de ajudá-los no caminho de purificação que lhes espera. Isso comportará também um encontro sincero com quantos, dentro e fora da Legião, foram vítimas dos abusos sexuais e do sistema de poder aplicado pelo fundador: a eles se dirige neste momento o pensamento e a oração do Santo Padre, junto com a gratidão para quem, apesar de grandes dificuldades, teve valentia e constância de exigir a verdade.
6. O Santo Padre, ao agradecer os visitadores pelo delicado trabalho desenvolvido por eles com competência, generosidade e profunda sensibilidade pastoral, reservou para si indicar proximamente as modalidades deste acompanhamento, começando pela nomeação de um delegado seu e de uma comissão de estudo sobre as Constituições.
Aos membros consagrados do Movimento “Regnum Christi”, que o pediram com insistência, o Santo Padre enviará um visitador.
7. Finalmente, o Papa renova a todos os Legionários de Cristo, às suas famílias, aos leigos empenhados no movimento "Regnum Christi", o seu encorajamento, neste momento difícil para a congregação e para cada um deles. Exorta-os a não perder de vista que a sua vocação, nascida do chamado de Cristo e animada pelo ideal de testemunhar ao mundo o seu amor, é um autêntico dom de Deus, uma riqueza para a Igreja, o fundamento indestrutível sobre o qual construir o futuro pessoal e o da Legião.
(Traduzido por ZENIT)

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".