Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Reflexões sobre a situação atual da Igreja

BLOG DO ANGUETH

Sexta-feira, Abril 30, 2010

O mundo está revoltado com a Igreja por um motivo que não o faz revoltado com ninguém mais...porque a mídia, que é tão rápida em atacar a Igreja nos casos de pedofilia, não ataca também os líderes religiosos de outras religiões, cristãs e não cristãs, pelo mesmo motivo, não ataca os espíritas, pelo mesmo motivo, não ataca os intelectuais e professores universitários, pelo mesmo motivo?



Estamos presenciando neste momento um ataque geral contra a Igreja, na pessoa do Papa Bento XVI. O mundo está revoltado com a Igreja por um motivo que não o faz revoltado com ninguém mais. Tudo gira em torno da pedofilia. É claro que soará como uma piada diante do mundo dizer que a Igreja praticamente acabou com a pedofilia ao longo dos séculos desde a antiguidade. A pedofilia era prática comum na antiguidade. Desde que os valores da Igreja tornaram-se hegemônicos, a pedofilia tendeu a desaparecer do mundo. Isso ocorreu também com vários males que, com o desaparecimento dos valores cristãos do coração dos homens nos últimos séculos, estão voltando à superfície como, por exemplo, a escravidão. Este simples fato histórico é, como disse, piada para o mundo, tal o estado de desespero em que ele se encontra.

Muitos católicos estão atônitos e consternados com os ataques que a Igreja anda sofrendo, como se ela não tivesse sofrido ataques em toda a sua existência; como se seu Criador não nos tivesse alertado para a perseguição que o mundo nos faria depois de Sua Ascensão, e durante todos os séculos. O que é realmente impressionante é que o mundo não nos tenha atacado tanto durante os últimos 40-50 anos, período no qual a Igreja, na pessoa dos seus mais altos representantes, teve a pretensão de fazer as pazes com o mundo. A frase que selou esta paz foi a do Papa Paulo VI, em seu discurso de encerramento do Concílio Vaticano II: “a religião do Deus que Se fez homem, encontrou-se com a religião do homem que se fez Deus”. É uma frase impressionante vinda da boca de um papa. É a frase-síntese de um período em que a Igreja não foi atacada pelo mundo.

Agora que temos um papa que não subscreve esta frase, que acha que a Igreja tem muito que ensinar ao mundo, o mundo está reagindo. A Igreja está no lugar certo e o mundo no lugar errado, como sempre. O mundo não está atacando a Igreja por causa da pedofilia, pois sem a Igreja o mundo voltará à pedofilia. O mundo está atacando a Igreja porque ele é seu inimigo, porque seu príncipe é satanás. Muitos perguntam: porque a mídia, que é tão rápida em atacar a Igreja nos casos de pedofilia, não ataca também os líderes religiosos de outras religiões, cristãs e não cristãs, pelo mesmo motivo, não ataca os espíritas, pelo mesmo motivo, não ataca os intelectuais e professores universitários, pelo mesmo motivo? Ora, é fácil entender por quê. É que não se trata da pedofilia, senão do ódio que se tem da Igreja. Não é um ódio ao cristianismo, esta expressão pastosa e quase sem sentido, que hoje em dia identifica uma pletora de denominações protestantes, cujo número ultrapassa 10.000; isto mesmo, dez mil. É um ódio à Igreja Católica Apostólica Romana. Esta Igreja agora, sob o reinado de Bento XVI, está condenando o mundo, pouco a pouco, cautelosamente, como é do estilo do papa; mas está condenando. E isso é inaceitável para o mundo.

Mas existe outro aspecto deste ataque, este mais sutil, mais difícil de perceber. Chesterton, na sua época, percebeu a sutileza. Tal sutileza consiste no seguinte. O mundo paradoxalmente não admite nenhuma falha nos membros da Igreja. O mundo parece se horrorizar quando algum padre faz algo de errado. Chesterton dizia que isso é a maior homenagem que o mundo presta à Igreja, pois com isso, ele mostra que considera a Igreja santa, uma instituição que não pode ser maculada por membros corruptos e apodrecidos. É a homenagem que o doente presta ao médico, mesmo reclamando do tratamento. Neste sentido, devemos agradecer ao mundo tal louvor. Devemos renovar as garantias que o tratamento continuará, até o final dos tempos. As garantias não são nossas, é claro, mas d’Ele que fundou a Igreja e que garante sua existência, com a de todos nós.

Assim, o ataque atual, como todos os outros ataques, tem essa dupla característica; uma motivação destruidora e um louvor. Desde que a Igreja não queira se voltar para o mundo para fazer as pazes com ele, como parece ter querido nas últimas décadas, o mundo a atacará por estes dois motivos. Enquanto a Igreja estiver sendo atacada pelo mundo, temos garantias de que ela está no lugar certo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".