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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Da necessidade de novos líderes religiosos

LUCIANO AYRAN - novo NEO-ATEÍSMO, UM DELÍRIO

6 06UTC maio 06UTC 2010 às 1:14 am


Hoje destoarei um pouco do tradicional foco em refutações aos neo ateus e direcionarei-me a um outro grupo de pessoas: padres, rabinos e pastores. E estou considerando apenas a religião cristã e também a judaica, pois são aquelas com as quais eu nutro maior familiaridade.
A minha maior crítica é pelo fato de que hoje em dia a grande parte destes que citei não conseguem ser líderes de suas religiões, no máximo representantes formais. Acho belíssima a atitude de muitos deles ao pregarem a palavra de Deus, e transmitirem a palavra da Bíblia (ou Torá, no caso dos judeus), mas isso está longe de ser suficiente. A minha crítica é justamente pelo fato de que hoje em dia há FALTA DE LIDERANÇA naqueles que deveriam ser LÍDERES religiosos.
A liderança é o ato de conduzir um grupo de pessoas, melhorando os resultados deste grupo de pessoas. E isso não é feito pela força, mas sim pela inspiração e senso de decisão, além de um claro foco naquilo que se quer. Obviamente, eles querem realmente pregar e divulgar a Bíblia e o Torá, respectivamente, mas não tem sido suficiente para preparar bilhões de religiosos para o conflito intelectual que tem acontecido.
Com isso, os anti-religiosos conquistaram pouco a pouco o domínio da mídia, e hoje executam fortíssima doutrinação no ambiente acadêmico. Enfim, a liderança religiosa atual falhou. Miseravelmente.
Sei que não é agradável uma constatação dessas, mas é um momento de reflexão. E quando eu falo de líderes, não é para mim e nem para a maioria dos leitores deste blog. E sim para o cidadão comum, que é vítima constante de armações midiáticas e jogos políticos, que, mesmo sem sua compreensão, interferem decisivamente em seu dia-a-dia. Por exemplo, dentre o cidadão comum, quando ele assiste ao lançamento de um filme como “400 contra 1”, ou até “Salve Geral”, muitas vezes não tem a mínima noção do MOTIVO pelo qual tais filmes são lançados. Ou quando existe esse ataque de pânico moral contra a Igreja Católica na mídia? Muitos fiéis não conseguem sequer realizar o motivo pelo qual isso está acontecendo. E se não conseguem ter acesso à essa informação, já é um problema de liderança. Caberia aos que tem o papel de orientá-los e conscientizá-los dos problemas relativos à sua cosmovisão (referente aos inimigos dela) ajudá-los a estarem mais preparados em relação ao que está acontecendo.
Um exemplo de atitude de líder religioso é a o do Pe. Paulo Ricardo, que fez essa brilhante palestra sobre oMarxismo Cultural. É uma palestra de conscientização, de esclarecimento, além de fortemente embasada por fatos. Enfim, o Pe. Paulo Ricardo está, ao menos para o grupo daqueles que assiste suas palestras, tendo uma postura de líder, postura que inclui mostrar os perigos que podem se abater sobre os religiosos, ajudando-os.
Infelizmente, muitos poucos atuam dessa forma (ainda), em alguns casos optando mais pelas palavras bonitas e confortantes, mas que, embora algumas de muita sabedoria, estão longe de serem suficiente.
O cenário é outro. É um cenário de guerra intelectual, onde os inimigos da religião atuam com armas cada vez mais sofisticadas, principalmente as armas da mídia, da reforma do pensamento, da propaganda. O modelo antigo de padre, pastor ou rabino nem precisaria mudar muito no modelo de atuação, mas simplesmente a mudança de postura, de um perfil passivo para um líder, além de um conhecimento essencial dos assuntos relativos às ameaças contra os religiosos, já ajudaria. E muito.
Portanto, quando eu falo de “novos líderes religiosos”, falo de uma nova postura, e não de uma “revolução” nos quadros das instituições religiosas. Mas que a liderança atual não está servindo, fica difícil negar isso.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".