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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Espírito Santo saindo do apuro - A democracia agradece

SÉCULO DIÁRIO

30/4/2010

Editorial.


Não precisavam pagar esse mico, se colocassem o interesse público um pouco acima dos interesses do governador do Estado.


Alvíssaras!

A mídia corporativa do Estado despertou, finalmente, para a nova realidade política surgida com a reviravolta no quadro eleitoral do Estado e já começa a admitir que estava pagando um tremendo mico ao atribuir a Paulo Hartung (PMDB-ES) a responsabilidade pela mudança.

Antes tarde do que nunca. Se persistissem no erro, sabem os responsáveis pelas duas redes de comunicação do Estado que seus veículos cairiam no descrédito total.

Na verdade, não enxergaram o que até um cego poderia ver. Ou seja, que a troca na cabeça da chapa palaciana foi imposta de cima para baixo – mais precisamente, do Planalto para o Anchieta.

Não precisavam pagar esse mico, se colocassem o interesse público um pouco acima dos interesses do governador do Estado. Afinal, que mal poderia Hartung lhes fazer se os textos e as informações da cobertura dos fatos retratassem a verdade?

As próprias fotos diziam muito. Hartung, Ricardo e Renato não refletiam exatamente a imagem de felicidade que as matérias propagavam. Estavam emburrados, carrancudos e macambúzios, quando o primeiro anunciou que o segundo estava fora da cabeça da chapa palaciana e o terceiro passaria a ocupar seu lugar.

Depois, as primeiras reações dos agentes políticos espelhavam uma perplexidade que não se justificaria se estivéssemos diante de mais uma jogada genial do governador, como a mídia corporativa quis fazer crer.

O que acontecera é que, com suas jogadas, Hartung jogara no chão a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República, deixando-a na rabeira das pesquisas eleitorais. O que, evidentemente, não era do agrado de Lula.

Acostumado às mudanças de atitude política do governador – que o rejeitara no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, subindo no muro e assim apostando na vitória de Geraldo Alckmin –, o presidente chamou Hartung às falar e impôs Renato Casagrande na cabeça da chapa palaciana.

Coisas naturais em política, onde se trai e se cobra quando isso se torna necessário. Mas a mídia corporativa não viu, ou não quis ver, o que estava na cara.

É bom, é saudável que ela reveja e reconsidere o que fez. A democracia, que está voltando ao Espírito Santo, agradece.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".