Excelente conteudo para mostrar aos mais jovens. Publicado em uma revista, é claro, de pouca circulação. Muito bom por mostrar o outro lado da história que insistem em ocultar.
Anos de chumbo esquerdopata
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Palestra do general HELENO em São Paulo
Caros,
O nosso estimado general HELENO estará no dia 01.03.11, às 9 horas da manhã na FAAP, auditório do prédio novo, palestrando sobre o tema Segurança das Fronteiras.
Quem não pode comparecer nas outras, pode assistir agora.
É prudente chegar cedo.
FAAP - Rua Alagoas 903, Pacaembu, São Paulo, Capital
Aguardo vocês,
Abraço
J. I.
O nosso estimado general HELENO estará no dia 01.03.11, às 9 horas da manhã na FAAP, auditório do prédio novo, palestrando sobre o tema Segurança das Fronteiras.
Quem não pode comparecer nas outras, pode assistir agora.
É prudente chegar cedo.
FAAP - Rua Alagoas 903, Pacaembu, São Paulo, Capital
Aguardo vocês,
Abraço
J. I.
Sayyid Qutb: o ideólogo da "jihad"
DE OLHO NA JIHAD
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O professor que sucedeu ao fundador da Irmandade Muçulmana, Hasan al-Banna, inspirou vários terroristas, mas as suas obras doutrinais também contribuíram para dividir a organização mais poderosa do Egipto depois do Exército. E a sua Ikhwan já não é o movimento radical que ele liderou.
Em Novembro de 1948, quando o rei Farouk ordenou a sua prisão, forçando-o a uma apressada partida para os Estados Unidos, Sayyid Qutb, o ideólogo da Irmandade Muçulmana, interrogava-se: “Devo ir para a América, como qualquer outro estudante com uma bolsa de estudos, que só come e dorme, ou devo ser especial? Devo manter-me fiel aos meus princípios islâmicos, enfrentando muitas tentações pecaminosas, ou devo ser indulgente com essas tentações à minha volta?”
Nesta viagem de Alexandria para Nova Iorque, descrita por Lawrence Wright emAs Torres do Desassossego, o fervoroso nacionalista e anticomunista Qutb nem sequer se considerava muito religioso. Havia muito de “ocidental” na sua maneira de ser e agir – “o vestuário, o gosto pela música clássica e filmes de Hollywood. Lera as obras traduzidas de Darwin e Einstein, Byron e Shelley, e imergira profundamente na Literatura francesa, sobretudo Victor Hugo.”
Em todo o caso, Qutb já se mostrava preocupado com “o avanço da civilização ocidental”, que ele via como uma entidade cultural única. “As distinções entre capitalismo e marxismo, cristianismo e judaísmo, fascismo e democracia eram insignificantes, comparadas com a grande divisão presente na mente de Qutb: o islão no Oriente, de um lado; o Ocidente cristão, do outro”, sublinhou Wright.
De início, a América atraía Qutb, um país que ele considerava “assente em valores” e não nas “noções europeias de superioridade e de classes e raças privilegiadas”, uma nação de imigrantes “permeável a relações com o resto do mundo”, incluindo os árabes. Isso mudou quando o Presidente Henry Truman decidiu apoiar a “causa sionista” e um “lar nacional” para os judeus na Palestina. Quando Qutb seguia para Nova Iorque, o seu Egipto e outros países árabes estavam na fase final de uma guerra que perderam e estabeleceu o Estado de Israel, em 1948. “Odeio e desprezo todos esses ocidentais”, escreveu Qutb. “Todos eles, sem excepção, os ingleses, os holandeses e, também, os americanos, em quem tantos confiavam.”
Qutb era um solteirão casto e conservador. Tinha três irmãs mas a única mulher que realmente o influenciou foi a sua mãe, Fatima, analfabeta e devota que se sacrificou pela formação académica do filho. O pai morrera em 1933 quando Qutb tinha 27 anos. Para sustentar a família, deu aulas em várias escolas provinciais, até se mudar para Helwan, um bairro próspero do Cairo para onde todos foram viver.
Deixar o aconchego do lar acentuou o sentimento de isolamento e solidão de Qutb (expresso em várias cartas a amigos) quando ele se mudou para Nova Iorque e depois Washington (onde estudou Inglês no Wilson Teachers College) e Greeley/Colorado. A sua chegada coincidiu com a publicação do relatório “Sexual Behavior in the Human Male”, de Alfred Kinsey, um documento repleto de estatísticas que chocaram a própria sociedade norte-americana. Kinsey revelava, por exemplo, que 69 por cento dos homens confessaram ter pago sexo com prostitutas e 37 por cento admitiram ter mantido relações homossexuais.
Para Qutb, esta imagem de um “país lascivo”, combinada com a de um “país racista”, que discriminava os negros e os “homens de cor” como ele, reforçou o seu cada vez maior fundamentalismo religioso. Em Fevereiro de 1949, quando Qutb foi internado no Hospital da Universidade de George Washington para extrair as amígdalas, os noticiários davam conta da morte de Hasan al-Banna, o carismático fundador da Sociedade dos Irmãos Muçulmanos (al-Ikhwan al-Muslimun), mais conhecida como Irmandade (al-ikhwān). Foi um “choque profundo” para Qutb, ainda nunca que nunca tivesse sido membro da confraria nem conhecesse, pessoalmente, al-Banna, mas ambos frequentaram a mesma escola de formação de professores, em épocas diferentes, e admiravam-se mutuamente.
“A voz de Banna foi silenciada quando ‘Justiça Social no Islão’, da autoria de Qutb, estava a ser publicado – o livro que lhe daria a reputação de importante pensador islâmico”, realçou Wright. A morte de al-Banna representou um ponto de viragem. A 20 de Agosto de 1950, Qutb regressou ao Egipto para assumir a liderança da Irmandade e reforçar a estrutura de células clandestinas, “difíceis de detectar e impossíveis de erradicar”, envolvida numa série de ataques e homicídios. Em Julho de 1952, os Oficiais Livres, de Gamal Abdel Nasser, derrubaram a monarquia e Qutb escreveu uma carta aos novos dirigentes pedindo a instauração de uma “ditadura justa”. Nasser convidou Qutb para conselheiro do Conselho do Comando Revolucionário, mas ele recusou. Também declinou ser ministro da Educação ou director-geral da Rádio do Cairo. Nasser queria um regime militar, socialista, secular, industrializado e pan-árabe; Qutb queria “mudar a sociedade da base ao topo, impondo valores islâmicos em todos os aspectos da vida, através da aplicação rigorosa da ‘Shariah’ – menos que isto não era islão”.
A única coisa de comum entre ambos, sublinhou Wright, “era a grandeza das visões respectivas”. Qutb foi preso por ordem de Nasser, pela primeira vez, em 1954, mas foi libertado, três meses depois, e foi editar a revista da Irmandade, “al-Ikhwan al-Muslimun”. Os seus artigos críticos enfureceram Nasser e, em 1954, a revista foi encerrada. A “guerra ideológica” entre os dois atingiu o pico na noite de 26 de Outubro de 1954 quando Nasser foi ferido a tiro, por um activista da Irmandade, no momento em que discursava perante uma multidão concentrada numa praça pública em Alexandria.
Ao sobreviver, Nasser tornou-se herói e Qutb um mártir. Foi preso e torturado na prisão, mas foi também aqui, sofrendo de tuberculose, pneumonia e bronquite, que escreveu cinco das suas oito obras doutrinais. A mais importante foi “Ma’alim fia l-Tariq”, divulgada e traduzida no exterior, depois de sair, folha a folha, clandestinamente, da sua cela numa enfermaria. Aquele livro foi a única prova apresentada em tribunal para o condenar à morte, em 19 de Abril de 1966.
Ao ouvir o veredicto, Qutb exclamou: “Graças a Deus. Fiz a 'jihad' durante 15 anos e mereci este martírio.” As ruas do Cairo encheram-se de manifestantes, em protestos contra a iminente execução. Nasser enviou o seu vice-presidente, Anwar el-Sadat, ao hospital prisional onde Qutb estava internado, para o convencer a recorrer da sentença. Prometeram-lhe que seria perdoado, e até promovido a ministro da Educação. Uma irmã de Qutb pediu-lhe que cedesse. Ele recusou, e justificou: “As minhas palavras serão mais fortes se eles me matarem.”
Em 29 de Agosto de 1996, Qutb foi enforcado após a primeira oração matinal. O seu corpo não foi entregue à família, porque as autoridades temiam que o túmulo se tornasse centro de peregrinação. A "jihad" de Qutb não terminaria, porém, nessa alvorada.
(Dados extraídos do “Novo Dicionário do Islão”, de Margarida Santos Lopes, Ed. Oficina do Livro)
Nesta viagem de Alexandria para Nova Iorque, descrita por Lawrence Wright emAs Torres do Desassossego, o fervoroso nacionalista e anticomunista Qutb nem sequer se considerava muito religioso. Havia muito de “ocidental” na sua maneira de ser e agir – “o vestuário, o gosto pela música clássica e filmes de Hollywood. Lera as obras traduzidas de Darwin e Einstein, Byron e Shelley, e imergira profundamente na Literatura francesa, sobretudo Victor Hugo.”
Em todo o caso, Qutb já se mostrava preocupado com “o avanço da civilização ocidental”, que ele via como uma entidade cultural única. “As distinções entre capitalismo e marxismo, cristianismo e judaísmo, fascismo e democracia eram insignificantes, comparadas com a grande divisão presente na mente de Qutb: o islão no Oriente, de um lado; o Ocidente cristão, do outro”, sublinhou Wright.
De início, a América atraía Qutb, um país que ele considerava “assente em valores” e não nas “noções europeias de superioridade e de classes e raças privilegiadas”, uma nação de imigrantes “permeável a relações com o resto do mundo”, incluindo os árabes. Isso mudou quando o Presidente Henry Truman decidiu apoiar a “causa sionista” e um “lar nacional” para os judeus na Palestina. Quando Qutb seguia para Nova Iorque, o seu Egipto e outros países árabes estavam na fase final de uma guerra que perderam e estabeleceu o Estado de Israel, em 1948. “Odeio e desprezo todos esses ocidentais”, escreveu Qutb. “Todos eles, sem excepção, os ingleses, os holandeses e, também, os americanos, em quem tantos confiavam.”
Qutb era um solteirão casto e conservador. Tinha três irmãs mas a única mulher que realmente o influenciou foi a sua mãe, Fatima, analfabeta e devota que se sacrificou pela formação académica do filho. O pai morrera em 1933 quando Qutb tinha 27 anos. Para sustentar a família, deu aulas em várias escolas provinciais, até se mudar para Helwan, um bairro próspero do Cairo para onde todos foram viver.
Deixar o aconchego do lar acentuou o sentimento de isolamento e solidão de Qutb (expresso em várias cartas a amigos) quando ele se mudou para Nova Iorque e depois Washington (onde estudou Inglês no Wilson Teachers College) e Greeley/Colorado. A sua chegada coincidiu com a publicação do relatório “Sexual Behavior in the Human Male”, de Alfred Kinsey, um documento repleto de estatísticas que chocaram a própria sociedade norte-americana. Kinsey revelava, por exemplo, que 69 por cento dos homens confessaram ter pago sexo com prostitutas e 37 por cento admitiram ter mantido relações homossexuais.
Para Qutb, esta imagem de um “país lascivo”, combinada com a de um “país racista”, que discriminava os negros e os “homens de cor” como ele, reforçou o seu cada vez maior fundamentalismo religioso. Em Fevereiro de 1949, quando Qutb foi internado no Hospital da Universidade de George Washington para extrair as amígdalas, os noticiários davam conta da morte de Hasan al-Banna, o carismático fundador da Sociedade dos Irmãos Muçulmanos (al-Ikhwan al-Muslimun), mais conhecida como Irmandade (al-ikhwān). Foi um “choque profundo” para Qutb, ainda nunca que nunca tivesse sido membro da confraria nem conhecesse, pessoalmente, al-Banna, mas ambos frequentaram a mesma escola de formação de professores, em épocas diferentes, e admiravam-se mutuamente.
“A voz de Banna foi silenciada quando ‘Justiça Social no Islão’, da autoria de Qutb, estava a ser publicado – o livro que lhe daria a reputação de importante pensador islâmico”, realçou Wright. A morte de al-Banna representou um ponto de viragem. A 20 de Agosto de 1950, Qutb regressou ao Egipto para assumir a liderança da Irmandade e reforçar a estrutura de células clandestinas, “difíceis de detectar e impossíveis de erradicar”, envolvida numa série de ataques e homicídios. Em Julho de 1952, os Oficiais Livres, de Gamal Abdel Nasser, derrubaram a monarquia e Qutb escreveu uma carta aos novos dirigentes pedindo a instauração de uma “ditadura justa”. Nasser convidou Qutb para conselheiro do Conselho do Comando Revolucionário, mas ele recusou. Também declinou ser ministro da Educação ou director-geral da Rádio do Cairo. Nasser queria um regime militar, socialista, secular, industrializado e pan-árabe; Qutb queria “mudar a sociedade da base ao topo, impondo valores islâmicos em todos os aspectos da vida, através da aplicação rigorosa da ‘Shariah’ – menos que isto não era islão”.
A única coisa de comum entre ambos, sublinhou Wright, “era a grandeza das visões respectivas”. Qutb foi preso por ordem de Nasser, pela primeira vez, em 1954, mas foi libertado, três meses depois, e foi editar a revista da Irmandade, “al-Ikhwan al-Muslimun”. Os seus artigos críticos enfureceram Nasser e, em 1954, a revista foi encerrada. A “guerra ideológica” entre os dois atingiu o pico na noite de 26 de Outubro de 1954 quando Nasser foi ferido a tiro, por um activista da Irmandade, no momento em que discursava perante uma multidão concentrada numa praça pública em Alexandria.
Ao sobreviver, Nasser tornou-se herói e Qutb um mártir. Foi preso e torturado na prisão, mas foi também aqui, sofrendo de tuberculose, pneumonia e bronquite, que escreveu cinco das suas oito obras doutrinais. A mais importante foi “Ma’alim fia l-Tariq”, divulgada e traduzida no exterior, depois de sair, folha a folha, clandestinamente, da sua cela numa enfermaria. Aquele livro foi a única prova apresentada em tribunal para o condenar à morte, em 19 de Abril de 1966.
Ao ouvir o veredicto, Qutb exclamou: “Graças a Deus. Fiz a 'jihad' durante 15 anos e mereci este martírio.” As ruas do Cairo encheram-se de manifestantes, em protestos contra a iminente execução. Nasser enviou o seu vice-presidente, Anwar el-Sadat, ao hospital prisional onde Qutb estava internado, para o convencer a recorrer da sentença. Prometeram-lhe que seria perdoado, e até promovido a ministro da Educação. Uma irmã de Qutb pediu-lhe que cedesse. Ele recusou, e justificou: “As minhas palavras serão mais fortes se eles me matarem.”
Em 29 de Agosto de 1996, Qutb foi enforcado após a primeira oração matinal. O seu corpo não foi entregue à família, porque as autoridades temiam que o túmulo se tornasse centro de peregrinação. A "jihad" de Qutb não terminaria, porém, nessa alvorada.
(Dados extraídos do “Novo Dicionário do Islão”, de Margarida Santos Lopes, Ed. Oficina do Livro)
Depois do filme “Lula, o Filho do Brasil”, vem aí “Bruna Surfistinha, a mãe dos políticos”
SENSACIONALISTA
O cinema nacional está se preparando para mais uma estreia de grande bilheteria. Depois de “Lula, o Filho do Brasil”, vem aí “Bruna Surfistinha, a mãe dos políticos”. O filme que conta a história da prostituta que atendia homens de classe média e seria uma espécie de Eva de Brasília. Uma das cenas mostra o encontro emocionado de um deputado com sua mãe. “É surpreendente porque muita gente acha que os políticos realmente não tem mãe”, disse o diretor Antônio Nascimento.
Estrelado por Debora Secco, o filme está sendo exibido em pré-estreia e não foi aplaudido porque os homens estão com a mão ocupada.
Otileno Junior
Sobe o número de desempregados no país
EXAME
24.02.2011 - 15h44
24.02.2011 - 15h44
Pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que o desemprego teve alta em sete regiões metropolitanas do país. A taxa subiu para 10,4%, quando em dezembro o registro era de 10,1% .
Ao todo, estima-se que nos locais analisados (São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza e Distrito Federal) 2,291 milhões de pessoas estejam desempregadas em janeiro. O aumento significa que há mais 57 mil a mais pessoas sem emprego em relação a dezembro nas áreas.
No setor de serviços, foram fechadas 121 mil vagas, seguido pela indústria, com menos 32 mil postos de trabalho, quantidade superior à registrada na construção civil (28 mil) e no agregado de outros setores (19 mil).
Fonte: Dieese e jornal “Folha de S. Paulo
Famoso geofísico rejeita teoria do aquecimento global, diz que o mundo está à beira de “mini-era glacial”
JULIO SEVERO
25 de fevereiro de 2011
25 de fevereiro de 2011
CIDADE DO MÉXICO, México, 18 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um famoso geofísico mexicano diz que apesar das predições de aquecimento global baseadas em modelos produzido em computador, o mundo pode estar à beira de um período frio de oitenta anos semelhante à “pequena era glacial” que a Europa experimentou do ano 1300 a 1800 A.D..
Víctor Manuel Velasco, do Instituto de Geofísica da Universidade do México, diz que as recentes condições de inverno são semelhantes às da “pequena era glacial”, e em particular o “Mínimo de Maunder”, um período durante o qual a atividade de manchas solares caiu de forma significativa. Ele também nota que a Terra está em situação similar hoje em relação ao resto do sistema solar, um fato que ele considera como importante para o clima.
“Estamos falando sobre o período entre 1645 e 1715, que é conhecido como o Mínimo de Maunder, um período em que as manchas solares praticamente desapareceram da superfície do sol, e em que nosso planeta ocupou uma posição semelhante à que ocupa hoje, com respeito ao centro de gravidade de nosso sistema [solar]”. Velasco disse numa entrevista publicada pela universidade.
Velasco descartou modelos produzidos por computador que são usados para predizer o aquecimento global como consequência de emissões de dióxido de carbono feitas pelo homem, notando que “hoje estamos experimentando uma revolução científica em que por um lado há supercomputadores e por outro, a inteligência humana. Só os seres humanos criam conhecimento e ciência, e aqueles que colocam as esperanças em computadores estão fazendo um diagnóstico incorreto”.
“Será a natureza que demonstrará qual teoria é a correta. Contudo, a Terra está ficando mais fria”, acrescentou ele.
Embora a atividade de manchas solares tenha sido mais elevada em recentes décadas, o que está em correlação com temperaturas globais mais elevadas, recentemente tem mostrado sinais de queda. O ano de 2009 marcou um ponto particularmente baixo no ciclo de manchas solares, representando o “mínimo solar mais profundo em aproximadamente um século”, de acordo com a NASA.
Velasco diz que vem estudando a relação entre atividade solar e clima desde 2002, e “nossas observações nos levaram a predizer, em 2008, que o clima começaria a ficar mais frio por volta de 2010, e a natureza está começando a demonstrar se a predição estava certa ou não”.
O geofísico crê que uma “mini-era glacial” começou em 2010 que durará entre 60 e 80 anos, e diz que “não existe um consenso científico com relação à influência e responsabilidade do homem no aquecimento global”, de acordo com um comunicado à imprensa da Universidade do México descrevendo as opiniões dele.
Velasco é um dos muitos cientistas que questionam as conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (PIMC) da ONU, um órgão político que tem sido a principal força por trás da promoção da hipótese de aquecimento global catastrófico. A teoria é adorada por organizações que buscam justificar medidas de controle populacional, tais como aborto, contracepção e esterilização.
Artigos relacionados:
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/eminent-geophysicist-rejects-global-warming-theory-says-world-on-verge-of-m
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Artigos sobre aquecimento global:
Os 13 livros sobre o Governo Mundial sugeridos pelo professor Olavo de Carvalho
Via Facebook:
A postagem foi feita pela Celina Vieira, a dica dos livros do professor Olavo de Carvalho:
13 livros sobre o Governo Mundial com as informações mais básicas, os mais simples e mais interessantes de ler e que enfocam o assunto do ponto de vista geral.
1 - The Open Conspiracy, de H. G. Wells
2 – Tragedy and Hope: A History of The World in Our Time, de Carrol Quigley
3 - The Fearful Master: A Second Look At the United Nations, de G. Edward Griffin
4 - Brotherhood of Darkness, de Stanley Monteith
5 - False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism, and the Quest for a One-World Religion, de Lee Penn
6 - Global Bondage: The U.N. Plan to Rule the World, de Cliff Kincaid
7 - Global Taxes for World Government, de Cliff Kincaid
8 – Lidido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control, de E. Michael Jones
9 - The Devil's Final Battle, de Father Paul Kramer
10 - The True Story of the Bilderberg Group, de Daniel Estulin
11 - The Ascendancy of the Scientific Dictatorship: An Examination of Epistemic Autocracy, de Phillip Darrell Collins and Paul David Collins
12 – Les Espérances Planétaires, de Hervé Ryssen
13 – Hope of Wicked : The Master Plan to Rule the World, de Ted Flynn
True Outspeak, 21/02/2001 - a partir de 45min.
A postagem foi feita pela Celina Vieira, a dica dos livros do professor Olavo de Carvalho:
13 livros sobre o Governo Mundial com as informações mais básicas, os mais simples e mais interessantes de ler e que enfocam o assunto do ponto de vista geral.
1 - The Open Conspiracy, de H. G. Wells
2 – Tragedy and Hope: A History of The World in Our Time, de Carrol Quigley
3 - The Fearful Master: A Second Look At the United Nations, de G. Edward Griffin
4 - Brotherhood of Darkness, de Stanley Monteith
5 - False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism, and the Quest for a One-World Religion, de Lee Penn
6 - Global Bondage: The U.N. Plan to Rule the World, de Cliff Kincaid
7 - Global Taxes for World Government, de Cliff Kincaid
8 – Lidido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control, de E. Michael Jones
9 - The Devil's Final Battle, de Father Paul Kramer
10 - The True Story of the Bilderberg Group, de Daniel Estulin
11 - The Ascendancy of the Scientific Dictatorship: An Examination of Epistemic Autocracy, de Phillip Darrell Collins and Paul David Collins
12 – Les Espérances Planétaires, de Hervé Ryssen
13 – Hope of Wicked : The Master Plan to Rule the World, de Ted Flynn
True Outspeak, 21/02/2001 - a partir de 45min.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
DITADORES EM QUEDA QUAL SERÁ O PRÓXIMO?
"Esta é a espada que libertou a América há 200 anos. É uma jóia. Foi oferecida pelos povos a (Simón) Bolívar. Está viva e na América Latina (...) levas no peito uma condecoração suprema. A ordem do Libertador, porque tu és um grande soldado, um grande líder bolivariano", disse Hugo Chávez a Muammar Kadhafi.
Revealing Video: White House Does Not Want You to See This
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Sai daqui, esquerdopatia
Um bando de esquerdopatas fizeram fila no CT para komentar (de nomenklatura) artigos. Aviso: foram e serão todos excluídos. Mas não f iquem tristes, eis uma marchinha de carnaval digna de voças eçelênssias:
DEXTRA
TERÇA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2011
"Virei socialista! Vamos dividir minhas despesas! Socializar sua mulher!" -- O carnaval de Dextra já tem sua marchinha
Nossa marchinha oficial para este carnaval de 2011. (Obrigado, Rafael)
Avante Companheiros!
DEXTRA
TERÇA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2011
"Virei socialista! Vamos dividir minhas despesas! Socializar sua mulher!" -- O carnaval de Dextra já tem sua marchinha
Nossa marchinha oficial para este carnaval de 2011. (Obrigado, Rafael)
Avante Companheiros!
Entrevista de Barry Rubin sobre a farsa da cobertura midiática ocidental à crise no Egito
DEXTRA
The Rubin Report, 22 de fevereiro de 2010
Entrevista realizada dia 10 de fevereiro pela Shalom TV
As falácias do Egito
QUINTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2011
The Rubin Report, 22 de fevereiro de 2010
Entrevista realizada dia 10 de fevereiro pela Shalom TV
As falácias do Egito
A UTOPIA
ANATOLLI
21 de Fevereiro de 2011 às 12h 34m
Por Anatoli Oliynik
A utopia tem dominado a mente dos seres humanos desde a mais remota antigüidade. Seus precursores mais destacados foram Antístenes, Hipódamo de Mileto, Zenão de Cicio, Teopompo, Jambulos, Thomas More, Tommaso Campanella, Abade Labat, Padre Périer, De Gomberville, Pierre Bergeton, Du Tertre, Hannepin, dentre outros. Mais recentemente, surgem Jean-Jacques Rousseau, Saint-Simon, Robert Owen, Charles Fourier, Karl Marx e H.G. Wells e uma dezena mais.
A utopia é uma doença mental que encontra terreno fértil nas mentes doentias dos seres humanos que desejam substituir o desconforto de viver no mundo real, que é sempre tensional, pelo conforto de um mundo imaginário que só existe na mente deles. Assim, o utopista constrói a sua gaiola e se aprisiona dentro dela.
Este fato em si mesmo, não seria um grande problema, pois cada um faz da sua cabeça o que bem entender. O problema maior é que o utopista quer colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola. A partir dela, da qual não consegue se libertar quer construir um mundo novo e um novo homem, porque acha que a criação Divina foi imperfeita e ele, o utopista, é que tem a fórmula perfeita.
Dentro desse quadro psicótico, o utopista tem a pretensão de matar Deus, pois a sua mente demente alimenta a crença de que matando Deus, poderá se colocar no lugar d’Ele. E assim surge a figura do revolucionário, esquerdista, marxista, socialista, comunista e outros assemelhados, todos eles pretendendo reformar o mundo e a própria humanidade colocando sua pretensão psicótica em ação.
Na tentativa de colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola, o psicopata utópico utiliza os mais variados instrumentos de convencimento, tais como: a retórica, a mentira, a falsidade, a falácia, o cinismo, a heresia, o niilismo, a dialética hegeliana , a subversão feuerbachiana , o humanismo, o desconstrucionismo, a luta de classes, o sincretismo religioso, o ateísmo, o paganismo, o gnosticismo , dentre muitos outros. Assim, eles criam a segunda realidade, onde o reino dos céus é substituído pelo poder da lei estatal na salvação das massas.
O reino da segunda realidade é o reino dos revolucionários, dos jacobinos empenhados em moldar a sua realidade a seus preconceitos, cuja proposta é a criação de um mundo melhor mediante a concentração de poder nas mãos deles e jamais nas suas.
A segunda realidade foi descoberta por Cervantes que na sua obra “Dom Quixote” narra com requintes literários essa alucinação típica dos tempos modernos. Obra que recomendo a todos, exceto aos psicopatas utópicos.
O que os revolucionários utopistas psicóticos fazem, é condenar os seus companheiros de viagem à condição de eternos proletários e os idiotas úteis a condição de eunucos intelectuais, ou seja, aqueles que só sabem aquilo que lhes é embutido no pequeno espaço que possa existir entre as orelhas.
Para finalizar, lanço mão da assertiva de Padre Paulo Ricardo: “Todos aqueles que quiseram implantar um paraíso aqui na terra, a única coisa que conseguiram produzir foi o inferno”. E eu complemento: “Nada se pode esculpir sobre a madeira podre” AO). Portanto, você não pode morar nas suas idéias; você só pode morar na vida real e concreta.
21 de Fevereiro de 2011 às 12h 34m
Por Anatoli Oliynik
A utopia tem dominado a mente dos seres humanos desde a mais remota antigüidade. Seus precursores mais destacados foram Antístenes, Hipódamo de Mileto, Zenão de Cicio, Teopompo, Jambulos, Thomas More, Tommaso Campanella, Abade Labat, Padre Périer, De Gomberville, Pierre Bergeton, Du Tertre, Hannepin, dentre outros. Mais recentemente, surgem Jean-Jacques Rousseau, Saint-Simon, Robert Owen, Charles Fourier, Karl Marx e H.G. Wells e uma dezena mais.
A utopia é uma doença mental que encontra terreno fértil nas mentes doentias dos seres humanos que desejam substituir o desconforto de viver no mundo real, que é sempre tensional, pelo conforto de um mundo imaginário que só existe na mente deles. Assim, o utopista constrói a sua gaiola e se aprisiona dentro dela.
Este fato em si mesmo, não seria um grande problema, pois cada um faz da sua cabeça o que bem entender. O problema maior é que o utopista quer colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola. A partir dela, da qual não consegue se libertar quer construir um mundo novo e um novo homem, porque acha que a criação Divina foi imperfeita e ele, o utopista, é que tem a fórmula perfeita.
Dentro desse quadro psicótico, o utopista tem a pretensão de matar Deus, pois a sua mente demente alimenta a crença de que matando Deus, poderá se colocar no lugar d’Ele. E assim surge a figura do revolucionário, esquerdista, marxista, socialista, comunista e outros assemelhados, todos eles pretendendo reformar o mundo e a própria humanidade colocando sua pretensão psicótica em ação.
Na tentativa de colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola, o psicopata utópico utiliza os mais variados instrumentos de convencimento, tais como: a retórica, a mentira, a falsidade, a falácia, o cinismo, a heresia, o niilismo, a dialética hegeliana , a subversão feuerbachiana , o humanismo, o desconstrucionismo, a luta de classes, o sincretismo religioso, o ateísmo, o paganismo, o gnosticismo , dentre muitos outros. Assim, eles criam a segunda realidade, onde o reino dos céus é substituído pelo poder da lei estatal na salvação das massas.
O reino da segunda realidade é o reino dos revolucionários, dos jacobinos empenhados em moldar a sua realidade a seus preconceitos, cuja proposta é a criação de um mundo melhor mediante a concentração de poder nas mãos deles e jamais nas suas.
A segunda realidade foi descoberta por Cervantes que na sua obra “Dom Quixote” narra com requintes literários essa alucinação típica dos tempos modernos. Obra que recomendo a todos, exceto aos psicopatas utópicos.
O que os revolucionários utopistas psicóticos fazem, é condenar os seus companheiros de viagem à condição de eternos proletários e os idiotas úteis a condição de eunucos intelectuais, ou seja, aqueles que só sabem aquilo que lhes é embutido no pequeno espaço que possa existir entre as orelhas.
Para finalizar, lanço mão da assertiva de Padre Paulo Ricardo: “Todos aqueles que quiseram implantar um paraíso aqui na terra, a única coisa que conseguiram produzir foi o inferno”. E eu complemento: “Nada se pode esculpir sobre a madeira podre” AO). Portanto, você não pode morar nas suas idéias; você só pode morar na vida real e concreta.
A fórmula para enlouquecer o mundo
OLAVO DE CARVALHO
Adam Smith observa que em toda sociedade coexistem dois sistemas morais: um, rigidamente conservador, para os pobres; outro, flexível e permissivo, para os ricos e elegantes. A história confirma abundantemente essa generalização, mas ainda podemos extrair dela muita substância que não existia no tempo de Adam Smith. O que aconteceu foi que o advento da moderna democracia modificou bastante a convivência entre os dois códigos. Primeiro elevou até à classe dominante o moralismo dos pobres: na América do século XIX vemos surgir pela primeira vez na História uma casta de governantes que admitem ser julgados pelas mesmas regras vigentes entre o resto da população. No século seguinte, as proporções se invertem: a permissividade não só se instala de novo entre a classe chique, mas daí desce e contamina o povão. É verdade que não o faz por completo: metade da nação americana ainda se compreende e se julga segundo os preceitos da Bíblia. Mas os efeitos da “revolução sexual” foram profundos, espalhando por toda parte o permissivismo e o deboche para muito além da esfera sexual. O episódio Clinton, perdoado pelo Parlamento após ter usado o Salão Oval da Casa Branca como quarto de motel, mostra que, para uma grande parcela da opinião pública, até as aparências de moralidade se tornaram dispensáveis. Um breve exame das estatísticas de gravidez infanto-juvenil e do uso de drogas mostra que idêntica transformação ocorreu nos países da Europa ocidental, onde a dissolução dos costumes já vinha desde o fim da I Guerra Mundial (v. Modris Eksteins, Rites of Spring ).
As conseqüências dessa transformação se ampliam para muito além do domínio “moral”. Conforme vem demonstrando E. Michael Jones numa série memorável de estudos ( Degenerate Moderns: Modernity as Rationalized Sexual Misbehavior , San Francisco, Ignatius Press, 1993, e volumes subseqüentes) , é aí mesmo que se deve procurar a causa do sucesso das ideologias totalitárias no século XX. Articulando o seu diagnóstico com o de Gertrude Himmelfarb em One Nation , Two Cultures: A Searching Examination of American Society in the Aftermath of Our Cultural Revolution (New York, Vintage Books, 1999), podemos chegar a algumas conclusões bem elucidativas.
O poeta Stephen Spender, após romper com o Partido Comunista, já havia admitido que o que conduzia os intelectuais ocidentais à paixão por ideologias contrárias à própria liberdade de que desfrutavam era o sentimento de culpa e o desejo de livrar-se dele a baixo preço. A origem dessa culpa reside no fato de que amplas faixas da classe média passaram a desfrutar de lazeres e prazeres praticamente ilimitados, sem ter de arcar com as responsabilidades políticas, militares e religiosas com que a antiga aristocracia pagava o preço moral dos seus desmandos sexuais e etílicos. Num tempo em que a França era o país mais cristão da Europa, Luís XIV tinha nada menos de 28 amantes, mas sua rotina de trabalho era mais pesada que a de qualquer executivo de multinacional, sem contar o fato, tão brilhantemente enfatizado por René Girard ( Le Bouc Émissaire , Paris, Grasset, 1982), de que a função real trazia consigo a obrigação de servir de bode expiatório para os males nacionais: quando a cabeça de Luís XVI rolou em pagamento das dívidas de seu pai e de seu avô, isso não foi uma inovação revolucionária, mas o simples cumprimento de um acordo tácito vigente no cerne mesmo do sistema monárquico. Já na Idade Média, os encargos da defesa territorial incumbiam inteiramente à classe aristocrática: ninguém podia obrigar um camponês ou comerciante a ir para a guerra, mas o nobre que fugisse aos seus deveres bélicos seria instantaneamente executado pelos seus pares. Noblesse oblige : a classe aristocrática era liberada de parte dos rigores morais cristãos na mesma medida em que pagava pela sua liberdade com a permanente oferta da própria vida em sacrifício pelo bem de todos. A democratização da permissividade espalha os direitos da aristocracia por uma multidão de recém-chegados que de repente se vêem liberados da pressão religiosa sem ter de assumir por isso nenhum encargo extra, por mínimo que seja, capaz de restaurar o equilíbrio entre direitos e deveres. Ao contrário, junto com a liberdade vem o acesso a bens inumeráveis e a um padrão de vida que chega mesmo a ser superior ao da velha aristocracia – tudo isso a leite de pato. Ortega y Gasset notou, no seu clássico de 1928, La Rebelión de las Masas , que o típico representante da moderna classe média, o “homem massa”, era realmente um filhinho-de-papai, um señorito satisfecho que se julgava herdeiro legítimo de todos os benefícios da civilização moderna para os quais não havia contribuído em absolutamente nada, pelos quais não tinha de pagar coisa nenhuma e dos quais, geralmente, ignorava tudo quanto aos sacrifícios que os produziram.
Por toda parte, nas civilizações anteriores, um certo equilíbrio entre custo e benefício, entre direitos e deveres, entre prazeres e sacrifícios, era reconhecido como o princípio central da sanidade humana. A liberação de massas imensas de população para o desfrute de prazeres e requintes gratuitos é uma das situações psicológicas mais ameaçadoras já vividas pela humanidade desde o tempo das cavernas. Para cada indivíduo engolfado nesse processo, o efeito mais direto e incontornável da experiência é um sentimento de culpa tanto mais profundo e avassalador quanto menos conscientizado. Mas como poderia ele ser conscientizado, se na mesma medida em que se abrem as portas do prazer se fecham as da consciência religiosa? O señorito satisfecho é corroído por um profundo ódio a si mesmo, mas está proibido, pela cultura vigente, de perceber a verdadeira natureza de suas culpas, e mais ainda de aliviá-las mediante a confissão religiosa e o cumprimento de deveres penitenciais. A culpa mal conscientizada, conforme a psicanálise demonstrou vezes sem conta, acaba sempre se exteriorizando como fantasia persecutória e acusatória projetada sobre os outros, sobre “o mundo” sobre “o sistema”. O homem medianamente instruído do nosso tempo joga suas culpas sobre “o sistema”, fingindo para si mesmo que está revoltado pelo que ele nega aos pobres, quando na realidade o odeia por aquilo que esse sistema lhe dá sem exigir nada em troca. Não que o sistema seja isento de culpas; mas a mesma prosperidade geral que espalha os benefícios da civilização entre massas crescentes que jamais poderiam sonhar com isso nos séculos anteriores mostra que essas culpas não são de ordem econômica, mas cultural: o capitalismo não cria miséria e sim riqueza; mas junto com ela espalha o laicismo e o permissivismo, rompendo o equilíbrio entre o prazer e o sacrifício, necessidade básica da psique humana. Daí o aparente paradoxo de que o ódio ao sistema se dissemine principalmente – ou exclusivamente – entre as classes que dele mais se beneficiam materialmente (lembre-se do que eu disse sobre o movimento gay no artigo da semana passada). A tentação socialista aparece aí como o canal mais fácil por onde as culpas do filhinho-de-papai são jogadas precisamente sobre as fontes do seu bem-estar e da sua liberdade. Vejam essa meninada da USP, gente de classe média e alta, depredando uma universidade gratuita, e compreenderão do que estou falando: o que esses garotos precisam não é de mais benefícios; é de uma cobrança moral que restaure a sua sanidade. Mas, como os representantes do Estado são eles próprios señoritos satisfechos que também não compreendem a origem das suas próprias culpas, sua tendência é fazer dos jovens enragés um símbolo da sua própria consciência moral faltante; daí que lhes cedam tudo, num arremedo de penitência, corrompendo-os e corrompendo-se cada vez mais e precipitando uma acumulação de culpas que só pode culminar na suprema culpa da sangueira revolucionária. “Vivemos num mundo demente, e sabemos perfeitamente disso”, dizia Jan Huizinga na década de 30, pouco antes que o desequilíbrio da alma européia desaguasse no morticínio geral. Transcorridas quase oito décadas, a humanidade ocidental nada aprendeu com a experiência e está pronta a repeti-la. Hipnotizada pela lógica do desejo, que não enxerga cura para os males senão na busca de mais satisfações e mais liberdade, como poderia ela descobrir que seu problema não é falta de bens ou prazeres, mas falta de deveres e sacrifícios que restaurem o sentido da vida e a integridade da alma?
Não é preciso dizer que a adesão ao Ersatz revolucionário e socialista, sendo na base uma farsa neurótica, não alivia as culpas de maneira alguma, mas as recalca ainda mais fundo no inconsciente, onde se tornam tanto mais explosivas e letais quanto mais encobertas por um discurso de autobeatificação ideológica (Marilena Chauí sonhava em “viver sem culpas”; o sr. Luís Inácio Lula da Silva admite modestamente ter realizado esse ideal). O ódio ao sistema – com sua expressão mais típica hoje em dia, o anti-americanismo -- cresce na medida mesma em que a ilusão autolisonjeira da pureza de intenções induz cada um a sujar-se cada vez mais na cumplicidade com a corrupção e os crimes do partido revolucionário. Os capitalistas, os representantes do “sistema”, por sua vez, aceitam passivamente ser objeto de ódio e até se regozijam nele, na vã esperança de assim purgar suas próprias culpas; mas, como estas não residem onde as aponta o discurso revolucionário, cada nova concessão ao clamor esquerdista os torna ainda mais culpados e vulneráveis.
Antecipando as análises de Jones e de Himmelfarb, Igor Caruso ( Psychanalyse pour la Personne , Paris, Le Seuil, 1962) localizava a origem das neuroses não na repressão do desejo sexual, mas na rejeição dos apelos da consciência moral. O abandono da consciência de culpa não pode trazer outro resultado senão a proliferação de culpas inconscientes. E as culpas inconscientes necessitam de novos e novos bodes expiatórios, cujo sacrifício só as torna ainda mais angustiantes e intoleráveis.
Figuras de linguagem
Toda figura de linguagem expressa compactamente uma impressão sem indicar com clareza o fenômeno objetivo que a suscitou. Decomposta analiticamente, ela se revela portadora de muitos significados possíveis, alguns contraditórios entre si, que podem corresponder à experiência em graus variados. No Brasil de hoje, todos os “formadores de opinião” mais salientes, sem exceção visível – comentaristas de mídia, acadêmicos, políticos, figuras do show business -- pensam por figuras de linguagem, sem a mínima preocupação – ou capacidade – de distinguir entre a fórmula verbal e os dados da experiência. Impõem seus estados subjetivos ao leitor ou ouvinte de maneira direta, sem uma realidade mediadora que possa servir de critério de arbitragem entre emissor e receptor da mensagem. A discussão racional fica assim inviabilizada na base, sendo substituída pelo mero confronto entre modos de sentir, uma demonstração mútua de força psíquica bruta que dá a vitória, quase que necessariamente, ao lado mais barulhento, histriônico, fanático e intolerante. Como as pessoas pressentem de algum modo que essa situação ameaça descambar para a pura e simples troca de insultos, se não de tapas ou de tiros, o remédio que improvisam por mero automatismo é apegar-se às regras de polidez como símbolo convencional e sucedâneo da racionalidade faltante, como se um sujeito declarar calma e educadamente que os gatos são vegetais fosse mais racional do que berrar indignado que são animais. O resultado é que a linguagem dos debates públicos se torna ainda mais artificiosa e pedante, facilitando o trabalho dos demagogos e manipuladores.
É um ambiente de alucinação e farsa, no qual só o pior e mais vil pode prevalecer.
O cúmulo da devassidão mental se alcança quando as leis penais passam a ser redigidas dessa maneira. Se a definição de uma conduta delituosa é vaga e imprecisa, a tipificação do crime correspondente se torna pura matéria de preferência subjetiva do juiz ou de pressão política por parte de grupos interessados. Assim, por exemplo, o agitador que pregue abertamente a inferioridade da raça negra e o engraçadinho que faça uma piada ocasional sobre negros podem ser condenados à mesma pena por delito de “racismo”. Duas condutas qualitativamente incomparáveis são niveladas por baixo: não há mais diferença entre delito e aparência de delito. É a mulher de César às avessas: não é preciso ser criminoso, basta parecê-lo. Basta caber numa definição ilimitadamente elástica que inclui desde o uso impensado de certas palavras até a doutrinação genocida explícita e feroz. “Racismo” é uma figura de linguagem, não um conceito rigoroso correspondente a condutas determinadas. Uma lei que o criminalize é um jogo de azar no qual a justiça e a injustiça são distribuídas a esmo, por juízes que têm a consciência tranqüila de estar agindo a serviço da liberdade e da democracia. É uma comédia. Quem se der o trabalho de distinguir analiticamente os vários sentidos com que a palavra “racismo” é usada em diversos contextos verificará que eles correspondem a condutas muito diferentes entre si, das quais algumas podem ser criminosas. Estas é que têm de ser objeto de lei, não o saco de gatos denominado “racismo”. E “homofobia”, então? Seu sentido abrange desde o impulso homicida até devoções religiosas, desde a discussão científica de uma classificação nosológica até a repulsa espontânea por certo tipo de carícias – tudo isso criminalizado por igual. Quem cria e redige essas leis são obviamente pessoas sem o mínimo senso de responsabilidade por seus atos: são adolescentes embriagados de um delírio de poder; são mentes disformes e anti-sociais, são sociopatas perigosos. Só eleitores totalmente ludibriados podem ter elevado esses indivíduos à condição de legisladores, dando realidade à fantasia macabra do “Doutor Mabuse” de Fritz Lang: a revolução dos loucos, tramada no hospício para subjugar a humanidade sã e impor a demência como regra. E não pensem que ao dizer isso esteja eu mesmo apelando a uma figura de linguagem, hiperbolizando os fatos para chamar a atenção sobre eles. A incapacidade de distinguir entre sentido literal e figurado, a perda da função denominativa da linguagem, a redução da fala a um jogo de intimidação e sedução sem satisfações a prestar à realidade, são sintomas psiquiátricos característicos. Quando tomei conhecimento dos diagnósticos político-sociais elaborados pelos psiquiatras Joseph Gabel e Lyle H. Rossiter, Jr., que indo além da concepção schellinguiana da “doença espiritual” classificavam as ideologias revolucionárias como patologias mentais em sentido estrito, achei que exageravam. Hoje sei que estavam certos.
As figuras de linguagem são instrumentos indispensáveis não só na comunicação como na aquisição de conhecimento. Quando não sabemos declarar exatamente o que é uma coisa, dizemos a impressão que ela nos causa. Todo conhecimento começa assim. Benedetto Croce definia a poesia como “expressão de impressões”. Toda incursão da mente humana num domínio novo e inexplorado é, nesse sentido “poética”. Começamos dizendo o que sentimos e imaginamos. É do confronto de muitas fantasias diversas, incongruentes e opostas que a realidade da coisa, do objeto, um dia chega a se desenhar diante dos nossos olhos, clara e distinta, como que aprisionada numa malha de fios imaginários – como a tridimensionalidade do espaço que emerge das linhas traçadas numa superfície plana. Suprimir as metáforas e metonímias, as analogias e as hipérboles, impor universalmente uma linguagem inteiramente exata, definida, “científica”, como chegaram a ambicionar os filósofos da escola analítica, seria sufocar a capacidade humana de investigar e conjeturar. Seria matar a própria inventividade científica sob a desculpa de dar à ciência plenos poderes sobre as modalidades “pré-científicas” de conhecimento.
Mas, inversamente, encarcerar a mente humana numa trama indeslindável de figuras de linguagem rebeldes a toda análise, impor o jogo de impressões emotivas como substituto da discussão racional, fazer de simbolismos nebulosos a base de decisões práticas que afetarão milhões de pessoas, é um crime ainda mais grave contra a inteligência humana; é escravizar toda uma sociedade – ou várias – à confusão interior de um grupo de psicopatas megalômanos.
Diário do Comércio, 11 de junho de 2007
Adam Smith observa que em toda sociedade coexistem dois sistemas morais: um, rigidamente conservador, para os pobres; outro, flexível e permissivo, para os ricos e elegantes. A história confirma abundantemente essa generalização, mas ainda podemos extrair dela muita substância que não existia no tempo de Adam Smith. O que aconteceu foi que o advento da moderna democracia modificou bastante a convivência entre os dois códigos. Primeiro elevou até à classe dominante o moralismo dos pobres: na América do século XIX vemos surgir pela primeira vez na História uma casta de governantes que admitem ser julgados pelas mesmas regras vigentes entre o resto da população. No século seguinte, as proporções se invertem: a permissividade não só se instala de novo entre a classe chique, mas daí desce e contamina o povão. É verdade que não o faz por completo: metade da nação americana ainda se compreende e se julga segundo os preceitos da Bíblia. Mas os efeitos da “revolução sexual” foram profundos, espalhando por toda parte o permissivismo e o deboche para muito além da esfera sexual. O episódio Clinton, perdoado pelo Parlamento após ter usado o Salão Oval da Casa Branca como quarto de motel, mostra que, para uma grande parcela da opinião pública, até as aparências de moralidade se tornaram dispensáveis. Um breve exame das estatísticas de gravidez infanto-juvenil e do uso de drogas mostra que idêntica transformação ocorreu nos países da Europa ocidental, onde a dissolução dos costumes já vinha desde o fim da I Guerra Mundial (v. Modris Eksteins, Rites of Spring ).
As conseqüências dessa transformação se ampliam para muito além do domínio “moral”. Conforme vem demonstrando E. Michael Jones numa série memorável de estudos ( Degenerate Moderns: Modernity as Rationalized Sexual Misbehavior , San Francisco, Ignatius Press, 1993, e volumes subseqüentes) , é aí mesmo que se deve procurar a causa do sucesso das ideologias totalitárias no século XX. Articulando o seu diagnóstico com o de Gertrude Himmelfarb em One Nation , Two Cultures: A Searching Examination of American Society in the Aftermath of Our Cultural Revolution (New York, Vintage Books, 1999), podemos chegar a algumas conclusões bem elucidativas.
O poeta Stephen Spender, após romper com o Partido Comunista, já havia admitido que o que conduzia os intelectuais ocidentais à paixão por ideologias contrárias à própria liberdade de que desfrutavam era o sentimento de culpa e o desejo de livrar-se dele a baixo preço. A origem dessa culpa reside no fato de que amplas faixas da classe média passaram a desfrutar de lazeres e prazeres praticamente ilimitados, sem ter de arcar com as responsabilidades políticas, militares e religiosas com que a antiga aristocracia pagava o preço moral dos seus desmandos sexuais e etílicos. Num tempo em que a França era o país mais cristão da Europa, Luís XIV tinha nada menos de 28 amantes, mas sua rotina de trabalho era mais pesada que a de qualquer executivo de multinacional, sem contar o fato, tão brilhantemente enfatizado por René Girard ( Le Bouc Émissaire , Paris, Grasset, 1982), de que a função real trazia consigo a obrigação de servir de bode expiatório para os males nacionais: quando a cabeça de Luís XVI rolou em pagamento das dívidas de seu pai e de seu avô, isso não foi uma inovação revolucionária, mas o simples cumprimento de um acordo tácito vigente no cerne mesmo do sistema monárquico. Já na Idade Média, os encargos da defesa territorial incumbiam inteiramente à classe aristocrática: ninguém podia obrigar um camponês ou comerciante a ir para a guerra, mas o nobre que fugisse aos seus deveres bélicos seria instantaneamente executado pelos seus pares. Noblesse oblige : a classe aristocrática era liberada de parte dos rigores morais cristãos na mesma medida em que pagava pela sua liberdade com a permanente oferta da própria vida em sacrifício pelo bem de todos. A democratização da permissividade espalha os direitos da aristocracia por uma multidão de recém-chegados que de repente se vêem liberados da pressão religiosa sem ter de assumir por isso nenhum encargo extra, por mínimo que seja, capaz de restaurar o equilíbrio entre direitos e deveres. Ao contrário, junto com a liberdade vem o acesso a bens inumeráveis e a um padrão de vida que chega mesmo a ser superior ao da velha aristocracia – tudo isso a leite de pato. Ortega y Gasset notou, no seu clássico de 1928, La Rebelión de las Masas , que o típico representante da moderna classe média, o “homem massa”, era realmente um filhinho-de-papai, um señorito satisfecho que se julgava herdeiro legítimo de todos os benefícios da civilização moderna para os quais não havia contribuído em absolutamente nada, pelos quais não tinha de pagar coisa nenhuma e dos quais, geralmente, ignorava tudo quanto aos sacrifícios que os produziram.
Por toda parte, nas civilizações anteriores, um certo equilíbrio entre custo e benefício, entre direitos e deveres, entre prazeres e sacrifícios, era reconhecido como o princípio central da sanidade humana. A liberação de massas imensas de população para o desfrute de prazeres e requintes gratuitos é uma das situações psicológicas mais ameaçadoras já vividas pela humanidade desde o tempo das cavernas. Para cada indivíduo engolfado nesse processo, o efeito mais direto e incontornável da experiência é um sentimento de culpa tanto mais profundo e avassalador quanto menos conscientizado. Mas como poderia ele ser conscientizado, se na mesma medida em que se abrem as portas do prazer se fecham as da consciência religiosa? O señorito satisfecho é corroído por um profundo ódio a si mesmo, mas está proibido, pela cultura vigente, de perceber a verdadeira natureza de suas culpas, e mais ainda de aliviá-las mediante a confissão religiosa e o cumprimento de deveres penitenciais. A culpa mal conscientizada, conforme a psicanálise demonstrou vezes sem conta, acaba sempre se exteriorizando como fantasia persecutória e acusatória projetada sobre os outros, sobre “o mundo” sobre “o sistema”. O homem medianamente instruído do nosso tempo joga suas culpas sobre “o sistema”, fingindo para si mesmo que está revoltado pelo que ele nega aos pobres, quando na realidade o odeia por aquilo que esse sistema lhe dá sem exigir nada em troca. Não que o sistema seja isento de culpas; mas a mesma prosperidade geral que espalha os benefícios da civilização entre massas crescentes que jamais poderiam sonhar com isso nos séculos anteriores mostra que essas culpas não são de ordem econômica, mas cultural: o capitalismo não cria miséria e sim riqueza; mas junto com ela espalha o laicismo e o permissivismo, rompendo o equilíbrio entre o prazer e o sacrifício, necessidade básica da psique humana. Daí o aparente paradoxo de que o ódio ao sistema se dissemine principalmente – ou exclusivamente – entre as classes que dele mais se beneficiam materialmente (lembre-se do que eu disse sobre o movimento gay no artigo da semana passada). A tentação socialista aparece aí como o canal mais fácil por onde as culpas do filhinho-de-papai são jogadas precisamente sobre as fontes do seu bem-estar e da sua liberdade. Vejam essa meninada da USP, gente de classe média e alta, depredando uma universidade gratuita, e compreenderão do que estou falando: o que esses garotos precisam não é de mais benefícios; é de uma cobrança moral que restaure a sua sanidade. Mas, como os representantes do Estado são eles próprios señoritos satisfechos que também não compreendem a origem das suas próprias culpas, sua tendência é fazer dos jovens enragés um símbolo da sua própria consciência moral faltante; daí que lhes cedam tudo, num arremedo de penitência, corrompendo-os e corrompendo-se cada vez mais e precipitando uma acumulação de culpas que só pode culminar na suprema culpa da sangueira revolucionária. “Vivemos num mundo demente, e sabemos perfeitamente disso”, dizia Jan Huizinga na década de 30, pouco antes que o desequilíbrio da alma européia desaguasse no morticínio geral. Transcorridas quase oito décadas, a humanidade ocidental nada aprendeu com a experiência e está pronta a repeti-la. Hipnotizada pela lógica do desejo, que não enxerga cura para os males senão na busca de mais satisfações e mais liberdade, como poderia ela descobrir que seu problema não é falta de bens ou prazeres, mas falta de deveres e sacrifícios que restaurem o sentido da vida e a integridade da alma?
Não é preciso dizer que a adesão ao Ersatz revolucionário e socialista, sendo na base uma farsa neurótica, não alivia as culpas de maneira alguma, mas as recalca ainda mais fundo no inconsciente, onde se tornam tanto mais explosivas e letais quanto mais encobertas por um discurso de autobeatificação ideológica (Marilena Chauí sonhava em “viver sem culpas”; o sr. Luís Inácio Lula da Silva admite modestamente ter realizado esse ideal). O ódio ao sistema – com sua expressão mais típica hoje em dia, o anti-americanismo -- cresce na medida mesma em que a ilusão autolisonjeira da pureza de intenções induz cada um a sujar-se cada vez mais na cumplicidade com a corrupção e os crimes do partido revolucionário. Os capitalistas, os representantes do “sistema”, por sua vez, aceitam passivamente ser objeto de ódio e até se regozijam nele, na vã esperança de assim purgar suas próprias culpas; mas, como estas não residem onde as aponta o discurso revolucionário, cada nova concessão ao clamor esquerdista os torna ainda mais culpados e vulneráveis.
Antecipando as análises de Jones e de Himmelfarb, Igor Caruso ( Psychanalyse pour la Personne , Paris, Le Seuil, 1962) localizava a origem das neuroses não na repressão do desejo sexual, mas na rejeição dos apelos da consciência moral. O abandono da consciência de culpa não pode trazer outro resultado senão a proliferação de culpas inconscientes. E as culpas inconscientes necessitam de novos e novos bodes expiatórios, cujo sacrifício só as torna ainda mais angustiantes e intoleráveis.
Figuras de linguagem
Toda figura de linguagem expressa compactamente uma impressão sem indicar com clareza o fenômeno objetivo que a suscitou. Decomposta analiticamente, ela se revela portadora de muitos significados possíveis, alguns contraditórios entre si, que podem corresponder à experiência em graus variados. No Brasil de hoje, todos os “formadores de opinião” mais salientes, sem exceção visível – comentaristas de mídia, acadêmicos, políticos, figuras do show business -- pensam por figuras de linguagem, sem a mínima preocupação – ou capacidade – de distinguir entre a fórmula verbal e os dados da experiência. Impõem seus estados subjetivos ao leitor ou ouvinte de maneira direta, sem uma realidade mediadora que possa servir de critério de arbitragem entre emissor e receptor da mensagem. A discussão racional fica assim inviabilizada na base, sendo substituída pelo mero confronto entre modos de sentir, uma demonstração mútua de força psíquica bruta que dá a vitória, quase que necessariamente, ao lado mais barulhento, histriônico, fanático e intolerante. Como as pessoas pressentem de algum modo que essa situação ameaça descambar para a pura e simples troca de insultos, se não de tapas ou de tiros, o remédio que improvisam por mero automatismo é apegar-se às regras de polidez como símbolo convencional e sucedâneo da racionalidade faltante, como se um sujeito declarar calma e educadamente que os gatos são vegetais fosse mais racional do que berrar indignado que são animais. O resultado é que a linguagem dos debates públicos se torna ainda mais artificiosa e pedante, facilitando o trabalho dos demagogos e manipuladores.
É um ambiente de alucinação e farsa, no qual só o pior e mais vil pode prevalecer.
O cúmulo da devassidão mental se alcança quando as leis penais passam a ser redigidas dessa maneira. Se a definição de uma conduta delituosa é vaga e imprecisa, a tipificação do crime correspondente se torna pura matéria de preferência subjetiva do juiz ou de pressão política por parte de grupos interessados. Assim, por exemplo, o agitador que pregue abertamente a inferioridade da raça negra e o engraçadinho que faça uma piada ocasional sobre negros podem ser condenados à mesma pena por delito de “racismo”. Duas condutas qualitativamente incomparáveis são niveladas por baixo: não há mais diferença entre delito e aparência de delito. É a mulher de César às avessas: não é preciso ser criminoso, basta parecê-lo. Basta caber numa definição ilimitadamente elástica que inclui desde o uso impensado de certas palavras até a doutrinação genocida explícita e feroz. “Racismo” é uma figura de linguagem, não um conceito rigoroso correspondente a condutas determinadas. Uma lei que o criminalize é um jogo de azar no qual a justiça e a injustiça são distribuídas a esmo, por juízes que têm a consciência tranqüila de estar agindo a serviço da liberdade e da democracia. É uma comédia. Quem se der o trabalho de distinguir analiticamente os vários sentidos com que a palavra “racismo” é usada em diversos contextos verificará que eles correspondem a condutas muito diferentes entre si, das quais algumas podem ser criminosas. Estas é que têm de ser objeto de lei, não o saco de gatos denominado “racismo”. E “homofobia”, então? Seu sentido abrange desde o impulso homicida até devoções religiosas, desde a discussão científica de uma classificação nosológica até a repulsa espontânea por certo tipo de carícias – tudo isso criminalizado por igual. Quem cria e redige essas leis são obviamente pessoas sem o mínimo senso de responsabilidade por seus atos: são adolescentes embriagados de um delírio de poder; são mentes disformes e anti-sociais, são sociopatas perigosos. Só eleitores totalmente ludibriados podem ter elevado esses indivíduos à condição de legisladores, dando realidade à fantasia macabra do “Doutor Mabuse” de Fritz Lang: a revolução dos loucos, tramada no hospício para subjugar a humanidade sã e impor a demência como regra. E não pensem que ao dizer isso esteja eu mesmo apelando a uma figura de linguagem, hiperbolizando os fatos para chamar a atenção sobre eles. A incapacidade de distinguir entre sentido literal e figurado, a perda da função denominativa da linguagem, a redução da fala a um jogo de intimidação e sedução sem satisfações a prestar à realidade, são sintomas psiquiátricos característicos. Quando tomei conhecimento dos diagnósticos político-sociais elaborados pelos psiquiatras Joseph Gabel e Lyle H. Rossiter, Jr., que indo além da concepção schellinguiana da “doença espiritual” classificavam as ideologias revolucionárias como patologias mentais em sentido estrito, achei que exageravam. Hoje sei que estavam certos.
As figuras de linguagem são instrumentos indispensáveis não só na comunicação como na aquisição de conhecimento. Quando não sabemos declarar exatamente o que é uma coisa, dizemos a impressão que ela nos causa. Todo conhecimento começa assim. Benedetto Croce definia a poesia como “expressão de impressões”. Toda incursão da mente humana num domínio novo e inexplorado é, nesse sentido “poética”. Começamos dizendo o que sentimos e imaginamos. É do confronto de muitas fantasias diversas, incongruentes e opostas que a realidade da coisa, do objeto, um dia chega a se desenhar diante dos nossos olhos, clara e distinta, como que aprisionada numa malha de fios imaginários – como a tridimensionalidade do espaço que emerge das linhas traçadas numa superfície plana. Suprimir as metáforas e metonímias, as analogias e as hipérboles, impor universalmente uma linguagem inteiramente exata, definida, “científica”, como chegaram a ambicionar os filósofos da escola analítica, seria sufocar a capacidade humana de investigar e conjeturar. Seria matar a própria inventividade científica sob a desculpa de dar à ciência plenos poderes sobre as modalidades “pré-científicas” de conhecimento.
Mas, inversamente, encarcerar a mente humana numa trama indeslindável de figuras de linguagem rebeldes a toda análise, impor o jogo de impressões emotivas como substituto da discussão racional, fazer de simbolismos nebulosos a base de decisões práticas que afetarão milhões de pessoas, é um crime ainda mais grave contra a inteligência humana; é escravizar toda uma sociedade – ou várias – à confusão interior de um grupo de psicopatas megalômanos.
Governo de Obama pisa na consciência dos cidadãos
JULIO SEVERO
22 de fevereiro de 2011
Albert Mohler
22 de fevereiro de 2011
Albert Mohler
21 de fevereiro de 2011 (AlbertMohler.com/Notícias Pró-Família) — O governo de Obama revogou quase todas as proteções de consciência que haviam sido devidamente instituídas pelo governo do presidente George W. Bush. A mudança de normas ocorreu na sexta-feira, e foi anunciada como uma nova norma do Departamento de Saúde e Serviços Humanos [quase semelhante ao Ministério da Saúde do Brasil]. Conforme diz Rob Stein, em sua reportagem no jornal The Washington Post, “O governo de Obama aboliu a maior parte de um regulamento federal na sexta feira que tinha como objetivo proteger os trabalhadores de saúde que se recusam a fornecer assistência que eles considerem deploráveis por motivos pessoais ou religiosos”.
Nesse caso, “a maior parte” significa que quase toda a regulamentação anterior foi abolida. Stein descreveu a ação declarando que o governo de Obama havia “eliminado quase que a regulamentação inteira”. Tudo o que restou foram proteções instituídas antes que protegiam funcionários médicos que discordam do aborto ou da esterilização. Foram anuladas todas as proteções para os que discordam, por motivos de consciência, de drogas abortivas e contraceptivos de “emergência”, os tratamentos para homens homossexuais e lésbicas e prescrições para controle da natalidade para mulheres solteiras. Nesses casos, os funcionários médicos têm objetado que sua consciência e entendimento de ética médica não lhes permitem facilitar atos e condutas que são imorais e prejudicam a saúde.
O governo de Obama disse que a regulamentação da época de Bush era “confusa e com o potencial de ser excessivamente ampla em abrangência”. Rob Stein explicou a preocupação deste jeito:
A regulamentação de Bush, se implementada, teria cortado verbas federais para milhares de entidades, inclusive governos estaduais e locais, hospitais, planos de saúde e clínicas, se eles não se adequassem aos médicos, enfermeiras, farmacêuticos ou outros funcionários que recusassem participar de tratamentos que eles sentiam violavam suas convicções pessoais, morais ou religiosas.
A redação do texto insinua que a expectativa normal deveria ser que os programas e fornecedores de serviços de saúde não deveriam “se adequar aos médicos, enfermeiras, farmacêuticos ou outros funcionários que recusassem participar em tratamentos que eles sentiam violavam suas convicções pessoais, morais ou religiosas”.
Em outras palavras, o governo de Obama está agora pronto para usar o poder coercivo do Estado para forçar funcionários médicos a realizar atos que eles considerem moralmente errados e insalubres para seus pacientes. Uma implicação óbvia disso é que o Estado agora acha necessário forçar os profissionais médicos a fazer o que eles por consciência acham que não é certo. Se tivessem liberdade legal de agir conforme a consciência, fica claro que esses profissionais médicos não fariam o que o Estado agora exige que eles façam.
Tente apenas imaginar como os fundadores dos EUA considerariam tal atitude tirânica do Estado, que está usando seu poder para pisar na consciência dos indivíduos. De uma perspectiva cristã, isso deveria servir como um alarme claro para aqueles que sugerem que é paranoico crer que o Estado usará força semelhante para exigir outros atos contra a consciência. Essa lógica está aqui e agora para todos verem, e só os cegos por teimosia poderão negar o que esse novo plano governamental significa.
Este artigo foi reproduzido com a permissão de www.AlbertMohler.com
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/conscience-trampled-by-the-regime-the-obama-admins-unbelievable-change-in-p
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Os petralhas e os ditadores com as mãos sujas de sangue. Ou: Quem chamou Kadhafi de “amigo, irmão e líder” foi Lula. Eu sempre o chamei de “assassino e terrorista”!
REINALDO AZEVEDO
22/02/2011 às 17:18
Por Reinaldo Azevedo
22/02/2011 às 17:18
Petralha é mesmo um bicho muito safado!
Publiquei ontem a foto de Lula trocando amabilidades com Kadhafi, o carniceiro da Líbia, o terrorista que buscava reabilitação. Publico de novo, para que a gente não se esqueça daquelas imposturas. Realizava-se a Cúpula dos Países Africanos em julho de 2009: havia ditadores saindo pelo ladrão e ladrões de toda espécie: de dinheiro, de vidas, de democracia… Lula era o convidado de honra do encontro. O secretário-geral da ONU se negou a ir porque não queria posar ao lado dos brucutus.
NÃO, EU NÃO TENHO pela chamada “Revolução do Mundo Árabe” o mesmo entusiasmo de muitos colegas. Eu não acredito em alguns mitos que estão circulando por aí, como o da revolução espontânea ou revolução do Facebook, por piores que sejam as tiranias; até digo que a real “face” é a Irmandade Islâmica, e o “Book” é o Corão… Mas, é óbvio, nada disso me faz simpatizar com aqueles carniceiros. Só não estou entre os certos de que as coisas não poderão piorar no longo prazo. Eu acho que há essa possibilidade. Quero, no entanto, que os sanguinários ardam no mármore do inferno.
Quem não queria era Lula. Quando ele foi lá puxar o saco dos ditadores, inclusive do carniceiro do Sudão, Omar Bashir, responsável pelo massacre de 400 mil pessoas, eu lhe dei umas pancadas aqui. E a petralhada babava: “Ah, ele só está sendo pragmático!” Em seu discurso, Lula chamou Kadhafi de “meu amigo, meu irmão e líder”. Pragmatismo? Não, não! Lula elogiou o esforço dos governos africanos para ter uma identidade e, acreditem!, condenou o “preconceito” que haveria contra aqueles grandes humanistas. Faria o mesmo com Ahmadinejad, do Irã, o “meu querido amigo”.
Não, petralhas! O fato de eu não ter ilusões sobre a “revolução do mundo árabe” não me põe em linha com os facínoras; quem gostava deles era Lula; quem os abraçava era Lula; quem os chamava de “irmãos” era Lula; quem exaltava seus feitos heróicos era Lula. Eu sempre lhes dei um solene chute no traseiro!
Governo Federal e a Internet. Tá me zoando, né?
GUSTAVO NORONHA
This entry was posted on Wednesday, February 23rd, 2011 at 11:08
This entry was posted on Wednesday, February 23rd, 2011 at 11:08
Em uma nova tentativa de demonstrar que o apoio aos padrões abertos e ao software livre pelo Governo Federal está mais no discurso que nas ações o Blog do Planalto publica transcrições dos discursos da presidente em documentos no formato binário proprietário gerado pelo Microsoft Word (exemplo).
Ao tentar registrar minha sugestão de que não faz sentido isso já que discursos não passam de texto simples e poderiam muito bem ser publicados em um formato muito mais conveniente (como, tcharãn, HTML, que é usado no próprio blog) sempre me deparo com a seguinte mensagem:
Falha ao enviar sua mensagem. Por favor tente mais tarde ou contacte o administrador de outra forma.
Muito bem. Qual exatamente é a outra forma? Já que eu não achei uma, vai em forma de blog e mensagem no (argh) twitter, imagino.
Como se eu já não estivesse chateado o suficiente com a forma como o governo se relaciona comigo pela Internet (estou olhando pra você também IRPF), recebo hoje um email:
From: Ministério da Saúde
To: gustavo@noronha.eti.br
Subject: Dengue. Se você agir, podemos evitar.
Date: Wed, 23 Feb 2011 01:00:22 +0000 (02/22/2011 10:00:22 PM)
Nham. O email é da campanha contra a dengue, mas vários links apontam para URLs no domínio dilma.com.br, como você pode ver na cópia do email que eu coloquei aqui. Eles de fato levam pra página da campanha, mas não é estranho? Exemplo:
Caso não queira mais receber e-mails, clique aqui.
E o domínio é de fato registrado para a pessoa física Dilma Vana Rousseff:
Tendo em vista que eu não me cadastrei em lugar nenhum para receber emails do Ministério e que é muito estranho o domínio pessoal da Dilma ser usado na campanha da dengue do Ministério, eu quis contactar o Ministério da Saúde a respeito. Aí eu fui no lugar óbvio: Fale conosco do site do Ministério. Isso nos leva para uma página onde se pode registrar uma mensagem, depois de clicar uns links sobre ter entendido os termos. Acontece que essa é a página:
kov@couve:~$ whois dilma.com.br | head -n 13 | tail -n 4
domain: dilma.com.br
owner: DILMA VANA ROUSSEFF
ownerid: 133.267.246-91
country: BR
Tendo em vista que eu não me cadastrei em lugar nenhum para receber emails do Ministério e que é muito estranho o domínio pessoal da Dilma ser usado na campanha da dengue do Ministério, eu quis contactar o Ministério da Saúde a respeito. Aí eu fui no lugar óbvio: Fale conosco do site do Ministério. Isso nos leva para uma página onde se pode registrar uma mensagem, depois de clicar uns links sobre ter entendido os termos. Acontece que essa é a página:
*clap* *clap* *clap*
Observe a esquerda ignorar o Irã
O ESTADO
Sexta, 18 de Fevereiro de 2011
Quando os iranianos saíram às ruas em protesto contra a suspeita reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, a esquerda brasileira ficou assistindo pela televisão, na torcida para que a justiça prevalecesse e aquele tumulto pequeno-burguês fosse rapidamente sufocado.
Muita gente pode ter esquecido, mas foi de Lula a melhor síntese do que se passava: “Não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”.
Mas agora nossa esquerda anda super empolgada com democracia no Oriente Médio. Todos os defensores de Fidel Castro festejam o levante no Egito e vislumbram a Era de Aquário, entre eles o PT, que divulgou uma nota solidária:
“O Partido dos Trabalhadores saúda o povo egípcio e presta total solidariedade à luta dos povos árabes e de toda a região contra governos ditatoriais, corruptos e violadores dos direitos humanos. Ao cabo de dezoito dias de luta nas ruas do Cairo e outras cidades do Egito, seu povo, defendendo as bandeiras de pão, emprego, justiça social, progresso, liberdade e democracia, derrubou o regime antipopular e ditatorial de Hosni Mubarak”.
A mensagem acrescenta: “A lufada de ar renovador que teve início na Tunísia, respeitadas as características e a cultura de cada país, poderá soprar por outros países, provocando uma nova correlação de forças em favor da democracia e da soberania, que contribua para a construção de uma ampla e justa paz, objetivos com os quais o PT possui compromissos históricos”.
No momento em que o PT se pronunciou, os iranianos já haviam saído às ruas, tal como em 2009, contra o regime de Ahmadinejad, mas o Irã não é citado entre os países onde o PT espera ver soprar a lufada de ar democrático. Os iranianos, parece, também estão lutando contra um regime “antipopular e ditatorial”. A esquerda não quer saber deles e só se emociona com o Egito. Por quê?
Um editorial do site do PC do B, o partido das ditaduras mais sanguinárias e amigas do povo, explica direitinho: “A queda de Mubarak tem o sabor inegável de uma derrota histórica dos EUA e de Israel (...) A mudança começou. E ela precisa ir até o fim, com a conquista da democracia e com a derrota da presença do imperialismo norte-americano e a ignominiosa convivência com o principal fator de perturbação da paz no Oriente Médio constituído pelos governos sionistas e agressores de Tel Aviv”.
Não é todo dia que a Irmandade Muçulmana pode chegar ao poder no Egito, incrementar o bloco terrorista antiamericano, romper 31 anos de paz com Israel e juntar-se a Ahmadinejad e companhia na guerra à única democracia liberal do Oriente Médio. Dá pra entender o entusiasmo seletivo dos esquerdistas.
Sexta, 18 de Fevereiro de 2011
Quando os iranianos saíram às ruas em protesto contra a suspeita reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, a esquerda brasileira ficou assistindo pela televisão, na torcida para que a justiça prevalecesse e aquele tumulto pequeno-burguês fosse rapidamente sufocado.
Muita gente pode ter esquecido, mas foi de Lula a melhor síntese do que se passava: “Não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”.
Mas agora nossa esquerda anda super empolgada com democracia no Oriente Médio. Todos os defensores de Fidel Castro festejam o levante no Egito e vislumbram a Era de Aquário, entre eles o PT, que divulgou uma nota solidária:
“O Partido dos Trabalhadores saúda o povo egípcio e presta total solidariedade à luta dos povos árabes e de toda a região contra governos ditatoriais, corruptos e violadores dos direitos humanos. Ao cabo de dezoito dias de luta nas ruas do Cairo e outras cidades do Egito, seu povo, defendendo as bandeiras de pão, emprego, justiça social, progresso, liberdade e democracia, derrubou o regime antipopular e ditatorial de Hosni Mubarak”.
A mensagem acrescenta: “A lufada de ar renovador que teve início na Tunísia, respeitadas as características e a cultura de cada país, poderá soprar por outros países, provocando uma nova correlação de forças em favor da democracia e da soberania, que contribua para a construção de uma ampla e justa paz, objetivos com os quais o PT possui compromissos históricos”.
No momento em que o PT se pronunciou, os iranianos já haviam saído às ruas, tal como em 2009, contra o regime de Ahmadinejad, mas o Irã não é citado entre os países onde o PT espera ver soprar a lufada de ar democrático. Os iranianos, parece, também estão lutando contra um regime “antipopular e ditatorial”. A esquerda não quer saber deles e só se emociona com o Egito. Por quê?
Um editorial do site do PC do B, o partido das ditaduras mais sanguinárias e amigas do povo, explica direitinho: “A queda de Mubarak tem o sabor inegável de uma derrota histórica dos EUA e de Israel (...) A mudança começou. E ela precisa ir até o fim, com a conquista da democracia e com a derrota da presença do imperialismo norte-americano e a ignominiosa convivência com o principal fator de perturbação da paz no Oriente Médio constituído pelos governos sionistas e agressores de Tel Aviv”.
Não é todo dia que a Irmandade Muçulmana pode chegar ao poder no Egito, incrementar o bloco terrorista antiamericano, romper 31 anos de paz com Israel e juntar-se a Ahmadinejad e companhia na guerra à única democracia liberal do Oriente Médio. Dá pra entender o entusiasmo seletivo dos esquerdistas.
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".