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quinta-feira, 6 de maio de 2010

O ocidente e o isolamento de Israel

MÍDIA SEM MÁSCARA

A estratégia em relação a Israel - discutida com países europeus - é isolar este país com demandas inaceitáveis.

Desde que Obama foi ungido oficialmente como Candidato do Partido Democrata que muitos, inclusive eu, vimos advertindo para uma mudança da política americana em relação a Israel em médio prazo. De todas as mudanças (
changes) que Obama e sua equipe pretendem fazer (and yes, they can!) a diplomática é uma das principais. Esta mudança diplomática pode ser resumida na seguinte frase: dar as costas aos amigos tradicionais e estender as mãos aos inimigos. A segunda parte é baseada na idéia psicótica que os inimigos existem por culpa da suposta arrogância americana e dos demais países ocidentais e que, abandonando-a, as inimizades acabarão.
Conheço bem estas idéias dentro da minha área profissional. Na segunda metade do século passado a visão psicobiológica de Freud, baseada na existência de instintos herdados e imodificáveis pelo mundo externo, cuja influência se dá apenas nas camadas mais superficiais da mente, foi cedendo lugar paulatinamente à influência de Donald Winniccott na Inglaterra e Heinz Kohut nos EUA. Apregoavam estes autores que a agressividade não é inata, mas provocada pelas agressões do mundo externo, particularmente pelos pais.
Estas idéias caíram como uma luva para os próceres da Escola de Frankfurt, já influenciados pela assim chamada antropologia cultural de Franz Boaz. A contracultura das décadas de 60-70 comandada pelos principais teóricos desta escola, como Herbert Marcuse e Erich Fromm, utilizou-se delas para justificar a rebeldia da juventude contra uma 'ordem sócio-familiar injusta'. Muito maior que o apelo marxista, meramente economicista, foi o apelo à revolta contra pais cruéis ou 'indiferentes'. O filme Juventude Transviada, (Rebel Without a Cause) com James Dean, Natalie Wood e Sal Mineo, de 1955 é um ícone desta pseudo ideologia, cuja influência nefasta era mais facilmente absorvida. Obviamente os marxistas que queriam destruir a sociedade americana, souberam utilizar-se desta rebeldia de forma magistral. Se aqueles rebeldes não tinham uma causa, esta lhes foi dada: os pais foram identificados com a burguesia, com os patrões que desprezavam seus empregados. A filmografia, tanto quanto a literatura, tornou-se prolífica neste gênero de filmes, culminando do outro lado do Atlântico com Pai Patrão (Padre Patrone), 'um traumatizante relacionamento entre um garoto e seu pai autoritário na patriarcal sociedade de Sardenha'.
A influência destas idéias nas crianças e jovens daquela época levou-os, agora adultos, a formular idéias políticas condizentes, uma delas a de que os países desenvolvidos são atacados porque menosprezam os países pobres e subdesenvolvidos. E dentro de cada país as classes abastadas são atacadas porque desprezam os pobres e são culpadas, por isto, de suas mazelas.
Apesar da resistência do conservadorismo nos países ocidentais, a rebeldia venceu de forma esmagadora no mais importante deles. Obama, Hillary e a cúpula em Washington D.C. não sei - desconfio que não, não passam de hipócritas em busca de poder, mas a maioria dos seus eleitores acredita que os EUA é que devem mudar sua conduta arrogante, trair seus aliados tradicionais e se ajoelharem frente aos inimigos oferecendo-lhes a paz e a conciliação. No dizer de Michael BaroneObama slights our friends, kowtows to our enemies (desdenha dos amigos e se prostra frente aos inimigos).
A estratégia em relação a Israel - discutida com países europeus - é isolar este país com demandas inaceitáveis, incluindo, segundo informa Nahum Sirotsky, algumas sobre Jerusalém: abrir um escritório comercial palestino, no que seria a primeira presença formal deles na cidade que demandam como capital de seu futuro estado, suspender construções em bairros judaicos inseridos na área leste de Jerusalém e desistir de construir o novo bairro de Ramat Schlomo que provocou as mais recentes reações palestinas.
Este isolamento de Israel também teria um outro propósito: o de forçar Israel a tomar a iniciativa e atacar o Irã, empurrando-o cada vez mais para a condição que já ocupa de um dos países párias da 'comunidade internacional'.

Publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, Paraná.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
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Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".