31, dezembro, 2010
Cavaleiro: não perca no final do artigo a paklestra de Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB.
Leo Daniele
“Ele está reagindo bem”, diz o médico. “Até que enfim!”, dizem aliviados os acompanhantes do enfermo, pois nada pior para um doente do que seu organismo não reagir mais. A reatividade do doente é, pois, uma qualidade.
Isto vale também para a sociedade? Sem dúvida. Uma boa maneira de dobrá-la para o esquerdismo é agir de forma a diminuir ou extinguir sua reatividade.
Em quase todos os países dominados pelo comunismo, a conquista do poder começou pelo engessamento dessa qualidade, e esse engessamento foi mais importante do que o deslocamento dos tanques. Seja qual for o sinônimo empregado − otimismo culposo, atordoamento, atonia, bobeira, “fossa” − a falta de reatividade foi sempre o fator decisivo para o domínio vermelho.
Infelizmente, em muitos países são desvios religiosos que favorecem o amortecimento das reações. Apesar de a doutrina católica ser o oposto do esquerdismo, Fidel Castro, não nos esqueçamos, desceu a Sierra Maestra portando uma medalha religiosa no pescoço. Com isto, ele obteve o que seus fuzis não poderiam alcançar. Para não falar dos eclesiásticos que se fizeram cúmplices.
Até o momento, a reatividade da opinião pública frente ao Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) foi satisfatória. Parece ter sido até surpreendente para seus defensores. Continuará assim? Aumentará, como é de se desejar?
Não tenhamos ilusões, estamos diante de um plano mortal para nosso País. O não reativo se caracteriza por ter a cabeça nas nuvens, curteza de vistas, lentidão em tirar conclusões, apego excessivo à rotina, egoísmo e moleza. A característica do reativo é a vigilância.
Se a vigilância com relação a programas como o PNDH-3 continuar sendo expressiva, teremos um ano novo cheio das bênçãos de Nossa Senhora Aparecida.
E nossa reatividade será a confusão daqueles para os quais o chavismo socialista é um modelo.
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