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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Italianos protestam contra permanência de Battisti no Brasil

BBC
Atualizado em  4 de janeiro, 2011 - 18:17 (Brasília) 20:17 GMT

Guilherme Aquino de Milão para a BBC Brasil




As principais cidades italianas foram palco nesta terça-feira de protestos contra a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não entregar Cesare Battisti ao governo da Itália.
Protesto pela extradição de Battisti na embaixada brasileira em Roma (Foto: AP)Entre os manifestantes estavam familiares das vítimas de crimes atribuídos ao italiano, parlamentares e cidadãos comuns críticos à decisão.
Manifestantes se reuniram diante da Embaixada do Brasil em Roma (foto).
Em Milão, os protestos ocorreram em dois momentos: pela manhã, enquanto o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, recebia o filho de uma das vítimas, Alberto Torregiani, no aeroporto militar da cidade; depois, cerca de cem manifestantes da Liga Norte, partido de extrema direita aliado do governo, fizeram uma manifestação diante da sede do consulado do Brasil.
Faixas com a palavra “vergonha” foram coladas diante do prédio. Outro cartaz continha a imagem de Andrea Campagna, policial morto em 1979 em crime atribuído a Battisti, e, embaixo, uma foto de Battisti com os dizeres em inglês: “Procurado vivo ou morto”.
Manifestantes gritaram slogans como “Battisti matou os homens, Lula matou a justiça” e “Battista e Lula, o assassino e o seu cúmplice”.
‘Traição’
O ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, presente na manifestação em Milão e uma da vozes mais importantes do governo Berlusconi, disse à BBC Brasil que a decisão de Lula foi uma “traição”.
“Foi uma punhalada pelas costas, feita no último segundo, um presente aos extremistas do seu partido. Eu não creio que a grande maioria de brasileiros queira encontrar na rua um homem manchado de sangue e condenado por quatro crimes”, declarou.
Em Turim – onde fica a sede da Associação das Vitimas de Terrorismo na Itália –, militantes do Partido Liberal, de Berlusconi, acenaram com bandeiras italianas sob uma grande faixa na qual se lia “Brasil, cúmplice dos terroristas – extradição agora”.
Em Roma, na Praça Navona, em frente à embaixada do Brasil, a polícia reforçou a segurança por causa dos protestos, que reuniram parlamentares, militantes dos partidos de centro-direita e familiares de vítimas.
Ao mesmo tempo, nos arredores da embaixada havia cartazes que defendiam a permanência de Cesare Battisti longe da Itália. Eles continham a assinatura de um grupo chamado Militant e traziam slogans como “a perseguição acabou” e agradeciam a “coragem” de Lula.
O dia foi movimentado também nos corredores na sede do Ministério de Relações Exteriores da Itália, em Roma.
O chanceler Franco Frattini antecipou sua volta a Roma da pausa de fim de ano e se encontrou com o embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, que tinha sido chamado para receber novas instruções para levar de volta a Brasília.
A reunião contou ainda com a participação do representante italiano na União Europeia e serviu para avaliar melhor a repercussão do caso Battisti junto aos membros da comunidade europeia.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".