Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tráfico de drogas x tráfico de almas

MÍDIA SEM MÁSCARA

Faria parte da estratégia do narcoterror comunista subordinado ao Foro de São Paulo, que domina o tráfico de drogas no Brasil, implantar projetos da burlesca "economia solidária" nos morros cariocas?


O senso do mistério deve permanecer, mesmo depois do 
nosso esforço máximo e depois que a verdade parece sorrir-nos. Quem julga compreender tudo, prova que nada compreende. Os que se contentam com respostas provisórias a problemas que na realidade se põe, falseiam sempre a resposta não sabendo que ela é parcial. Toda questão é enigma que a natureza propõe e, através da natureza, Deus: ora o que Deus propõe só Deus pode resolver.
A.D. Seetillanges em "A Vida Intelectual".
Os recentes acontecimentos na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, com a subseqüente reação da Polícia Militar e das Forças Armadas Brasileiras levou observadores internacionais a algumas perguntas, entre elas o que o tráfico ganhou com a baderna imposta por eles antes da intervenção da polícia? Nada, só perdeu.
Então, por que toda aquela confusão com carros e ônibus queimados? Há os que digam que o Comando Vermelho não esperava tamanha reação das forças do Estado. Que eles estavam apenas protestando contra as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas em várias favelas da cidade e que, com os atos de violência essas Unidades iriam perder um pouco o fôlego. Pode ser, é um argumento plausível.

Mas alguns observadores que conhecem bem a cidade, como eu que lá vivi como correspondente, aventam outra possibilidade. É notório que as FARC comandam as drogas na América Latina. As FARC comandam o Comando Vermelho. As ordens para a baderna geral partiu dos líderes do movimento presos nas prisões de segurança máxima (sic) do Paraná. Uma organização como as FARC, filiada ao Foro de São Paulo, é prioritariamente hierárquica, as ordens vem de cima e ponto. "Manda quem pode, obedece quem tem juízo", um ditado brasileiro muito conhecido por lá. Conclui-se que a ordem para as rebeliões tenha vindo das FARC. Pode ser que as FARC estivessem protestando contra as inclusões das UPPs em "seus" territórios. Mas pode ser que o objetivo tenha sido outro. Senão vejamos.
As FARC dependem da esquerda continental e vice-versa, mas o Foro de São Paulo está acima das Forças Armadas Revolucionárias de Colombia. Portanto, outra conclusão inevitável é que tudo tenha partido do Foro, assim como todas as ações políticas que regem a maioria dos países da América Latina. Neste espectro especulativo, qual o interesse do Foro de acabar com o tráfico de drogas? Vejo dois possíveis e interligados. 1- Liberação das drogas e conseqüente engajamento político dos ex-traficantes. 2- Maior dependência da população no Estado superprotetor que carrega a população from craddle to grave.
Com o afastamento do tráfico de drogas das favelas, a mídia se encarrega de fomentar a necessidade da presença do Estado, com UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e UPPs, numa troca de vocabulário digna da novilíngua de Orwell, por que não chamá-los pelos nomes já existentes, hospitais e delegacias, sem dúvida necessários? Isso aumenta na população uma dependência já exacerbada no poder constituído do Estado, que cresce a olhos vistos no Brasil, onde a educação oficial reza que é assim que tem que ser. Juan Domingo Perón, ditador argentino dos anos 50, dizia: "Los trabajadores argentinos nacieron animales de rebaño y como tales morirán. Para gobernarlos basta darles comida, trabajo y leyes para rebaño que los mantengan en brete". Assim vêm se conduzindo os governantes brasileiros há décadas.
Uma matéria publicada no Globo G1 há três dias chamou minha atenção: "Com 1ª moeda social do estado do RJ, Silva Jardim agita sua economia". Silva Jardim é uma cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro próxima à Capital. A moeda chama-se Capivari e, segundo a Secretária Municipal de Turismo, Indústria e Comércio (Semtic), Vera Lúcia Brito,"Nosso objetivo, em primeiro lugar, é promover a economia solidária, valorizando o comércio local e ajudando o pequeno empreendedor com o microcrédito. Agora, o dinheiro fica aqui no município. Antes, a gente enchia uma lata furada". A moeda (ver figura abaixo) é garantida pelo Banco Comunitário Capivari (BCC) garante a circulação da moeda desde o dia 16 de novembro.
Moeda fajuta inventada pelos comunas
O suporte técnico e a consultoria para a implantação da moeda, que circula apenas no município, foram dados pelo Instituto Palmas, que já implantou moedas sociais em várias cidades brasileiras e administra uma moeda própria, o Palmas, no Conjunto Residencial Palmeira, em Fortaleza (no estado nordestino do Ceará). A ONG, que se define como"agente de transformação nas dinâmicas sociais" mantém o Banco Palmas, "voltado para a implantação de sistemas econômicos alternativos na perspectivada de inclusão social".Ambas definições geralmente não passam de eufemismos para esconder objetivos socialistas.
Mas a idéia não é nova, já foi implantada na Venezuela, outro país dominado pelo Foro de São Paulo, como se pode ver no filme abaixo:
Na época a jornalista independente brasileira Graça Salgueiro, de quem tomei conhecimento através das publicações do Coronel Villamarín Pulido, publicou em seu blog,NOTALATINA os seguintes comentários:
"Outro assunto grave que quero abordar hoje e que não se fala por estas terras brasilis, é sobre o novo projeto de Chávez para a economia popular, que é uma cópia do modelo comunista do ditador Robert Mugabe do Zimbabwe. No projeto de Mugabe, ídolo de Chávez e de Lula, se a pessoa não utilizar seus bônus no prazo de um ano, eles perdem a validade e o valor correspondente em dinheiro que fora depositado no banco na hora da compra, fica para o governo. Quer dizer, com isto o indivíduo não tem como fazer poupança, não pode crescer economicamente e melhorar de vida, além de pagar duas vezes pelo mesmo "bem" adquirido, fortalecendo compulsoriamente os cofres do Estado. Não lhe resta alternativa!" O Zimbabwe, como se sabe, é um excelente centro difusor de novas idéias democráticas.
(Leia o comentário completo aqui).
Com estas informações voltei a examinar o ocorrido no Complexo da Penha, que inclui um mínimo de 450 mil pessoas, e descobri que foi publicado no Diário Oficial do Município em 30/11/2010 que a "Prefeitura investirá R$ 17,6 milhões nas obras de complementação do Plano inclinado da Penha", em 2/12/2010 "GEO-RIO investe R$ 10 milhões em obras emergenciais no Complexo da Penha". O dinheiro investido em "comunidades" (nome politicamente correto no Brasil para as populares e velhas conhecidas favelas) é exorbitante. É o clássico pensamento esquerdista de distribuição de riqueza.
Já na edição do dia primeiro de dezembro leio: "Município lança projeto de economia solidária (RIO ECOSOL)", onde se lê: "(...) O projeto (...) fará um levantamento das práticas econômicas (...), promoverá oficinas de formação em economia solidária e comércio justo, e implantará o primeiro banco comunitário carioca, com sistema de crédito e moeda social em quatro comunidades, entre elas o Complexo do Alemão". E continua, "(...) Participa da solenidade, (...) o professor Paul Singer, titular da Secretaria Nacional de Economia Solidária, um dos grandes teóricos da economia solidária, no Brasil e no mundo, que fará palestra sobre o tema".
A "economia solidária sustenta-se em práticas coletivas, justas, solidáriasesustentáveis de geração de trabalho e renda. É um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar". "Um modelo de desenvolvimento que permite, com práticas deorganização coletiva do trabalho, distribuir riqueza e gerar mudança, transformação social. Um sistema que se apóia na auto-gestão, não tem a figura patrão, e assegura, na produção, o respeito à diversidade étnica e ao meio ambiente".

Será que Karl Marx gostaria disso?
"RIO ECOSOL atua em duas frentes: a Pesquisa-Ação, metodologia participativa a cargo do Núcleo de Solidariedade Técnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Soltec/UFRJ), e a Formação, desenvolvida pelo Centro de Ação Comunitária (Cedac), ONG com 30 anos de experiência no campo da educação popular para o trabalho".Governo federal e ONGs, tudo de que precisam os brasileiros!
"(O Projeto) prevê a realização de feiras de economia solidária em todos os territórios e também uma viagem de intercâmbio dos participantes do projeto à Feira Latinoamericana de Economia Solidária, que acontece em julho, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul".Este é o Foro de São Paulo atuando.
"A metodologia (da moeda social) vem do Ceará. Para implantar o primeiro banco comunitário carioca (...) (buscou-se) capacitação no Instituto Palmas (ver acima), gestor da Rede de Banco Popular do Brasil. Além de operar sistema alternativo de crédito, especialmente adequado ao perfil da economia local, o banco comunitário estará preparado para realizar operações de câmbio com moeda social, de circulação restrita aos limites do território, para apoiar o sistema de trocas local". Por acaso isso cheira a algo como um laboratório do Governo Mundial?. "O banco comunitário é um sistema financeiro alternativo. Veja como ele funciona: "A gestão, que inclui coordenação e operação dos recursos, é da própria comunidade".
Não se fala em indivíduo, ser humano, mas numa pasta deles, uma idéia nitidamentecoletivista.
"A emissão de meio circulante local, a moeda social, complementar à moeda brasileira oficial, o real, aceita por produtores, comerciantes e consumidores cria um mercado alternativo e solidário e promove a geração de trabalho, emprego e renda". Note-se a deliberada confusão com os termos clássicos da economia de mercado. "(...) economia solidária é estratégia eficiente de enfrentamento da exclusão social, do desemprego e do trabalho precário nas megacidades do mundo. Voltado para a promoção de uma sociedade capaz de criar oportunidades, acolher diálogos, promover parcerias, ampliar mercados, distribuir riquezas.Uma sociedade menos desigual, mais justa". Que maravilha: o propalado mundo melhor possível! É claro que o resultado disso nunca vai ser avaliado e, não obstante, vão ampliá-lo para outras comunidades, e mais outras.
O que é melhor: o tráfico de drogas numa sociedade livre ou o total e inapelável seqüestro das liberdades individuais da população?
Pode-se imaginar que o Foro de São Paulo tenha ordenado a baderna com o fito da ocupação do território pelas forças do estado, e assim, lá implantar a tal Economia Solidária, pois já existem UPPs em outros morros e bastaria utilizá-los para tal experimento. Não se trata de causa e conseqüência. O que fizeram foi, segundo parece, uma arruaça tão grande, levantando tal horror na mídia e na população para que se reforçasse a necessidade da presença do Estado em nossas vidas. A tendência e o conteúdo subliminar em todas as matérias e entrevistas, seja do povo atingido, seja de "especialistas", foi exatamente clamar por uma mão que ampare a população que não saberia viver por si mesma.
Comecei falando de violência visível e tráfico de drogas, e acabo por uma violência invisível e disfarçada (a mão invisível do Estado) e tráfico de almas. E tudo remete à dicotomia direita x esquerda na política. Um país democrático é essencialmente um país livre em que, à medida que os problemas vão surgindo, soluções vão sendo encontradas individualmente. Num país totalitário, o Estado cria as dificuldades e, do alto de sua ampla sabedoria, impõe facilidades coletivamente. De um lado temos um Estado livre com seus problemas intrínsecos e de outro temos um Estado soberano e totalitário, onde a violência e os problemas são partes indissociáveis do próprio Estado. E fica a pergunta: qual você escolhe? Uma dica: pessoas fogem do segundo em direção ao primeiro.

Jonathan Knight, jornalista independente escocês, foi correspondente de vários jornais no Brasil e hoje é freelancer.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".