Um conto de fadas anticomunista
por Felipe Atxa em 4 de janeiro de 2011 Opinião - CulturaCorra antes que acabe: há um antídoto passageiro para a febre petista-consumista que assola o Brasil na virada de ano: a co-produção europeia “O Concerto”, um conto de fadas moderno, ingênuo, rocambolesco e irresistível.
O filme vem da Romênia, o mais novo celeiro de talentos europeus, e consegue de uma vez só fazer rir, esculhambar comunistas de todas as épocas e nacionalidades, celebrar a vitória do indivíduo sobre Estado, partidos e instituições – ao mesmo tempo em que faz um poético retrato das vítimas da perseguição política na extinta URSS.
Não espere realismo do filme: quem quer “realismo” deve se contentar com os telejornais brasileiros em seu caso de amor com Dilma. “O Concerto” é cinema: fantasia, emoção, relações simples e diretas com o espectador. 80% de delírio e inverossimilhança e 20% (o desfecho da trama) de puro brilho cinematográfico e Tchaikovsky. Não perca.
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