Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ABERRAÇÕES: Felicidade como obrigação do Estado? Não. Um disfarce para a esquerdopatia continuar sua obra de demencialização das pessoas "dêsti paíz".

INSTITUTO MILLENIUM


A PEC da felicidade

janeiro 4, 2011
Autor: Renato Pacca
  
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou em votação simbólica, no final de 2010, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), que altera a redação ao artigo 6º da Constituição Federal, passando a constar que os direitos sociais são essenciais à busca da felicidade, positivada assim como um novo direito fundamental. A matéria segue agora para plenário, onde precisará ser votada em dois turnos, com aprovação de três quintos dos senadores.
A iniciativa lembra um trecho da admirável Declaração da Independência Americana, de 4 de julho de 1776, que considera todos os homens criados iguais, dotados de certos direitos inalienáveis, dentre os quais, a vida, a liberdade e a busca da felicidade.

Ocorre que a motivação de Thomas Jefferson, principal redator do documento, era bem diversa. A Declaração da Independência não era uma norma constitucional e foi elaborada em um contexto de crise, servindo como justificativa para o rompimento do povo da colônia, em busca de sua própria felicidade, contra a coroa britânica. Para Jefferson, influenciado por Locke, o direito à felicidade seria inerente à condição humana e a função do Estado seria respeitar essa busca e deixar o homem livre para desenvolver suas habilidades e potencialidades.
A iniciativa de positivar em nossa Constituição mais um direito como fundamental, a essa altura da história brasileira, é desnecessária e acaba por banalizar os direitos naturais. Justifica o Senador Cristóvão Buarque que “a busca individual pela felicidade pressupõe a observância da felicidade coletiva”, caracterizando-se esta “quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade, ou seja, justamente os direitos sociais – uma sociedade mais feliz é uma sociedade mais bem desenvolvida, em que todos tenham acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, dentre outros”.
A romântica visão, contudo, não resiste a uma análise superficial. Um único indivíduo vitorioso pode estar (e tem todo o direito de estar) genuinamente feliz com sua conquista, independentemente da eventual infelicidade coletiva de seus colegas ou da precariedade de suas próprias condições. A felicidade, citando o escritor Paulo Coelho, às vezes é uma bênção, mas geralmente é uma conquista. E é sempre individual.
As utopias coletivas, disfarçadas sob o manto da “justiça social” e outros termos genéricos, que deturpam os conceitos originais, não podem servir de pressupostos para a conquista da felicidade individual. É evidente que o Estado brasileiro deve cumprir com suas obrigações, entretanto não precisa prometer o céu na terra e podar a independência do individuo na busca de sua própria felicidade.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".