06.01.2011 - 19h14
Cavaleiro: será que um dia as pessoas entenderão que a "bandeira da liberdade" significa opressão, o seu contrário? Loucura? Não, tudo muito bem pensando pela esquerdopatia, pois
“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar”.
George Orwell, que magistralmente registrou a capacidade de algumas pessoas de viver em contradição sem nunca reconhecer um erro. Orwell a chamou de “duplipensar”
O clássico romance do escritor americano Mark Twain, “As aventuras de Huckleberry Finn”, publicado originalmente em 1884 e considerado uma das obras fundadoras da literatura americana, vai sair em nova edição nos EUA com todas ocorrências do termo “nigger” substituídas. A expressão é uma qualificação racial agressiva e será substituída na nova edição pelo mais objetivo “slave”, “escravo”.
A decisão tomada pela editora NewSouth é uma forma de fazer com que o livro volte a circular nas escolas, pois o texto tem sido excluído por conta das expressões consideradas racistas. Para Sarah Churchwell, professora da Universidade de East Anglia, a substituição do termo “nigger” compromete o sentido do livro: “O ponto do livro é que Huckeberry Finn começa racista numa sociedade racista, e deixa de ser racista e abandona aquela sociedade. Essas mudanças (na edição) significam que o livro deixará de mostrar o desenvolvimento moral do personagem.”
O caso lembra a discussão em torno de um parecer do Conselho Nacional de Educação, aprovado em setembro do ano passado, que considerou haver passagens de conotação racista em “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato. O órgão brasileiro recomendou que se livros adotados pela rede pública contivessem “preconceitos e estereótipos” eles deveriam vir acompanhados de notas explicativas discutindo criticamente a presença de estereótipos raciais em obras literárias.
Fonte: jornal ” O Globo”
No site do Instituto Millenium, leia a entrevista com o diretor do instituto de cultura e cidadania A Voz do cidadão, Jorge Maranhão, sobre o caso de censura ao livro de Monteiro Lobato no Brasil.
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