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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Admirável e só para selvagens

MÍDIA SEM MÁSCARA

AdmirávelA peça Admirável e só para selvagens, livremente inspirada no clássico Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley estréia no Rio nesta sexta-feira (7), às 20h, na sala Multiuso do Espaço Sesc, em Copacabana. A temporada vai até 30 de janeiro.
O futuro já dura muito tempo no século 27, quando Bernard e Lenina se vêem imersos na experiência de um reality show. Confinados, vão lidar pela primeira vez, quem diria, com o impacto das próprias emoções. Isso porque eles fazem parte de uma experiência para mostrar como a vida funciona sem o Soma, a substância legalizada pelo Estado e que subtrai qualquer sensação de desconforto e angústia, trazendo felicidade perene aos cidadãos da Nova Ordem Mundial.
Bernard e Lenina são vigiados 24 horas por Mustafá Mond, um dos poderosos administradores do Estado Mundial, que prega a abolição da Arte, da Religião e do Amor em favor do bem-estar da comunidade. Apesar do discurso cético, Mustafá passa boa parte do tempo filosofando a respeito de Shakespeare e da Bíblia. Seu interlocutor é John, sujeito criado na não civilizada Reserva de Selvagens e que por isso tem uma visão de mundo humana e sensível.
É neste mosaico incomum de personalidades que se passa a peça Admirável e só para selvagens, direção de Hugo Rodas e Miriam Virna, que também integra o elenco junto com Alessandro Brandão.
Consagrada em Brasília, a peça estréia no Rio dia 7 de janeiro de 2011, às 20h, na sala Multiuso do Espaço Sesc, em Copacabana, RJ. A temporada vai até 30 de janeiro. Ingressos a R$ 16, classificação etária 14 anos. Admirável e só para selvagens é livremente inspirada inspirado no clássico Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, publicado em 1932. Nestes 78 anos, a obra inspirou filmes, peças e inundou corações e mentes ao preconizar um mundo onde o consumo e a busca pelo prazer e pelos excessos ganhariam protagonismo. Do livro original, Miriam Virna e o dramaturgo Yuri Vieira retiraram
o arcabouço principal e centraram a peça em quatro personagens. Miriam interpreta Lenina e Mustafá Mond, enquanto Alessandro interpreta Bernard e John, o Selvagem.
"Li este livro na adolescência e fiquei muito impactada, como, aliás, todas as gerações até hoje. Desde 2006 venho desenvolvendo o projeto que ganha forma definitiva agora com a estréia no Rio. Trata-se de uma novela futurista sobre temas surpreendentemente contemporâneos", destaca Miriam Virna que este ano montou "Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua", no CCBB-RJ, com sucesso de crítica e público.
Apesar da aura futurista e tecnológica, o espetáculo tem como carro-chefe o trabalho dos atores. Ambos estão em cena sem o apoio de adereços, troca de figurinos ou saídas pela coxia. "É um trabalho que valoriza a interpretação e o texto." Dois elementos da encenação que dialogam e dão suporte à proposta são a iluminação - assinada pelo premiado Renato Machado - e a trilha, criada para o espetáculo e executada pelo DJ Quizzik. Acontece também um trabalho marcante de sonorização, através do uso de microfones que ampliam e modificam as vozes dos atores.
Admiravelesopselvagens
"Se na juventude ao ler este livro me surpreendi, hoje, aos 70 anos, percebo a atualidade brutal que a história propõe, a mensagem é mais forte agora do que antigamente", observa o consagrado diretor Hugo Rodas. Para o ator Alessandro Brandão, a peça faz um retrato do mundo atual. "As pessoas hoje não sabem como preencher as próprias vidas e mergulham no excesso de bebida, internet e droga, o que faz crescer a distância entre o que realmente é essencial", diz.
Sobre os diretores
Hugo Rodas, ganhador do Prêmio Shell de Direção pelo espetáculo "Dorotéia", é um dos diretores mais irreverentes do país. Trabalhou com Antônio Abujamra, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e com José Celso Martinez Corrêa, no Teatro Oficina. É Professor adjunto Notório Saber da Universidade de Brasília, onde leciona há mais de 15 anos e onde tem formado várias gerações de atores. Fixou residência em Brasília em 1975, onde tem realizado trabalhos importantes e inovadores. Seus mais recentes espetáculos fora da capital federal foram uma parceria com Antonio Abujamra (Os Demônios) e Denise Stoklos. Figura emblemática, Hugo Rodas é, sem dúvida, o grande nome de teatro em Brasília.
A brasiliense Miriam Virna é diretora de teatro de destaque na capital Federal. Radicada no Rio de Janeiro, Miriam foi premiada pelos espetáculos "As Ridículas de Molière" (2008) e "Contos de Alcova" (2006) pelo Prêmio SESC do Teatro Candango que levaram Melhor Espetáculo, Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino e Melhor Direção. Cinco de seus espetáculos foram indicados entre as melhores produções em seus respectivos anos pelo jornal Correio Braziliense. Em 2010 realizou temporada do "Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua" no CCBB, quando recebeu críticas favoráveis do JB, O Globo e Veja Rio. Miriam foi uma das diretoras convidadas a dirigir Hugo Rodas no espetáculo "7 x Rodas", que estreou em outubro de 2010 no CCBB Brasília.

Nota do editor: 
O filósofo Olavo de Carvalho indicou a peça no programa True Outspeak, elogiando os textos de Yuri Vieira. Para uma melhor compreensão da relevância da distopia Admirável Mundo Novo e de outras obras de seu autor, leia os Dois estudos sobre Aldous Huxley.

Ficha técnica:

Direção: Hugo Rodas e Miriam Virna
Direção de Produção: Miriam Virna
Produção Executiva: Claudia Charmillot
Assistente de produção: Gisela Munk
Adaptação e dramaturgia: Yuri Vieira e Miriam Virna
Elenco: Alessandro Brandão e Miriam Virna
Assistente de Direção: Patrícia Gois
Trilha sonora original (e operação): DJ Quizzik
Cenário: Hugo Rodas
Figurino e Visagismo: Marcus Barozzi
Iluminação: Renato Machado
Serviço: Admirável e só para selvagens - adaptação: Miriam Virna e Yuri Vieira. Direção: Miriam Virna e Hugo Rodas. Elenco: Miriam Virna e Alessandro Brandão.
Estréia dia 7 de janeiro às 20h.
Temporada até: 30 de janeiro de 2010
Espaço Sesc | Sala Multiuso
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160. Copacabana - RJ. Tel. 21 2547-0156.
Classificação etária: 14 anos| Duração: 70 minutos
Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 19h.
Lotação: 60 pessoas | Ingressos: R$ 16 (inteira); R$ 8 (meia-entrada); R$ 4 (comerciários)

Assessoria de Imprensa: Mônica Riani 21 9345.0351 | 2235.5575
monica.riani@uol.com.br monicariani@gmail.com 

Um comentário:

"Política sem medo" disse...

Nossa Cavaleiro, esse e o livro que eu mais gosto de todos os que ja li ate hoje. E fantastico e real. Leio-o ate hoje e sempre encontro novas descobertas. Aquela parte onde eles condicionam os bebes a odiar as flores e muito impressionante. E tambem por que e preciso ter os Alphas e os YY, ou seja, os que comandam e os comandados. Tudo condicionado. Muito bom. Tomara que a peca seja tao boa quanto ele.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".