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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Procurando emprego no socialismo

O GLOBO
Enviado por Elianah Jorge - 10.01.2011 | 14h12m






Dia desses reencontrei um conhecido que não via fazia alguns meses. Estava bem magro e perguntei o motivo. Disse que a ansiedade o deixava assim. Desde de que se formou em Engenharia Agrônoma, em julho do ano passado, procurava emprego, mas sem sucesso.
Enquanto o trabalho não vem, Carlos faz cursos em sua área, mas sempre de olho em possíveis oportunidades. Especializado em zootecnia, começou uma oficina de fertilização bovina com professores argentinos em uma universidade apoiada pelo governo. Aos alunos com melhores resultados seria concedida uma bolsa de estudos no país do Maradona.
Não só tirou excelentes notas, mas também conseguiu fazer amizade com boa parte dos instrutores. No último dia, quando foram divulgados os nomes dos que ganharam a bolsa, o dele não constava. Resolveu então perguntar a um dos professores o motivo de não ter sido chamado. Recebeu a seguinte resposta: Pelos resultados você teria o direito de ganhar a bolsa, mas disseram que você assinou um documento e por isto não foi selecionado.
Carlos, anos atrás, assinou a famosa Lista Tascón e quem tem o nome neste abaixo-assinado não pode receber os benefícios concedidos pelo governo. 
...
Sem a bolsa pra estudar fora, Carlos voltou a seguir os passos anteriores: enviar curiculum, fazer contatos, etc. Um dia, já sem paciência para esperar em casa, resolveu dar uma volta na universidade para desestressar, rever colegas, professores e, talvez, conseguir algo.
No campus da conceituada Universidade Central da Venezuela saudou e abraçou conhecidos, "echó broma" com outros tantos e pela boca de um colega soube que certo professor o indicara para um bom emprego.
Era tudo que ele queria. De imediato ligou para o tal mestre. Combinaram a entrevista e lá se foi Carlos, já um pouco aliviado da angustiante espera e animado com a possibilidade de trabalhar em sua área.
As condições apresentadas estavam de acordo com suas necessidades e, segundo o professor, em duas semanas Carlos já estaria trabalhando. Passaram duas, três, quatro semanas. Entrou em contato e foi informado que ele estava dentro e que esperasse mais um tempinho. Assim fez. Esperou um mês, dois meses, três meses e ... nada. Era tempo demais! Voltou a entrar em contato:
- E ai, professor! Alguma informação sobre a vaga? 
- Pois é, Carlos, a empresa na qual você iria trabalhar foi expropriada.
Graças a ansiedade, Carlos continua a emagrecer. Pergunto sobre suas perspectivas enquanto não consegue trabalhar como agrônomo. Diz que vai continuar a busca, mas não descarta a possibilidade de ir para outro país no qual possa conseguir emprego por seus próprios méritos.

2 comentários:

Carlos Câmra disse...

Ao invés de "expropriada", leia-se: devolvida. Ao invés de Engeneharia Agronoma, leia-se: Engeneharia Agronômica.

Cavaleiro do Templo disse...

Pois é, ela é articulista dO Globo...

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".