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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Assembleia das homenagens. Criação de datas comemorativas virou 'febre' entre deputados nesta legislatura.

A GAZETA
09/01/2011 - 22h24 - Atualizado em 09/01/2011 - 22h24

MARIANA MONTENEGRO
mmontenegro@redegazeta.com.br

Você pode até não saber, mas no próximo dia 4 de abril nós, capixabas, comemoramos o Dia Estadual do Jipe. No nosso calendário festivo outras datas, no mínimo, chamam atenção. Vão do Dia do Skatista ao Dia do Motoboy, passando pelos dias da Reflexão sobre as Mudanças Climáticas e do Ouvinte de Rádio. Nesta legislatura, os deputados usaram e abusaram das homenagens com a criação de 95 projetos de lei - contabilizando somente os sancionados pelo governo.

Nas justificativas desses projetos "excêntricos" os parlamentares alegam a importância do resgate de datas e do registro histórico. Em sua mensagem, o projeto do Dia do Ouvinte de Rádio, por exemplo, proposto por Da Vitória (PDT), traz que os avanços da indústria de radiofusão "jamais teria ocorrido se não fosse pelos ouvintes".

A proposta para a criação do Dia Estadual do Jeep, de Janete de Sá (PMN), coloca que o objetivo é atrair turistas e incentivar a prática de esportes ligados a essa modalidade. Na mesma linha, Luzia Toledo (PMDB) justifica que "a criação do Dia do Skatista no Estado se justifica não só como uma forma de incentivar a prática da modalidade, mas também para impulsionar as vendas das indústrias".

Direitos

Campeã de propostas criando dias de homenagens, com 19 projetos sancionados, Luzia garante que todas partiram de solicitações das classes e segmentos específicos.

Ela justifica que as datas de homenagem servem para que as diversas categorias possam reivindicar direitos e chamar a sociedade para debater assuntos. Ela assinou os projetos de criação dos dias do Skatista, Yoga, Tropeiro, Conselho Tutelar, Consumo Consciente - um dia sem sacolas plásticas, Turismo, dentre outros.

Autor também de uma série de projetos de datas comemorativas, Atayde Armani (DEM) prefere destacar apenas três de suas dez matérias do gênero. "Falo principalmente por três projetos: do Caboclo Bernardo e dos dias dos imigrantes Alemão e Pomerano. Todos importantes pelo resgate da história do Estado." O parlamentar é autor ainda dos projetos de criação dos dias do Início da Colheita do Café Conilon, da Avicultura e do Cacau.

Justificativas não faltam, mas as propostas desse gênero custam no bolso da população que espera por projetos mais fundamentais ao andamento do Estado e que os deputados cumpram o papel que lhes foi dado pelos eleitores: legislar com competência e fiscalizar a administração pública.


Luzia: projetos partem de categorias

Campeã de propostas de homenagens, com 19 projetos de lei sancionados desse gênero, a deputada Luzia Toledo (PMDB) garante que todos partiram de solicitações das classes e segmentos específicos. "Nenhuma dessas datas foi de minha iniciativa", alegou. "Os segmentos precisam de um dia especial para pensarem sobre suas políticas."

Autor também de uma série de projetos de datas comemorativas, Atayde Armani (DEM) prefere destacar apenas três das dez matérias do gênero. "Falo por três projetos: do Caboclo Bernardo e dos dias dos imigrantes Alemão e Pomerano. Todos importantes pelo resgate da história do Estado.". O parlamentar é autor ainda dos projetos de criação dos dias do Início da Colheita do Café Conilon, da Avicultura e do Cacau.


Lula impôs limites para novas datas

Em Brasília, os projetos excêntricos de deputados federais levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro, a sancionar matéria que fixa critérios e estabelece que somente eventos de "alta significação" podem receber um dia "para chamar de seu". O objetivo é evitar a proliferação de dias e criação de leis sem necessidade. Do calendário oficial hoje já fazem parte Dia do Inventor, Dia do Pescador Amador, Dia do Engenheiro Eletricista, Dia Nacional da Voz e Dia da Equoterapia.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".