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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Jornalismo internacional em três lições

BRUNO PONTES
13 DE JANEIRO DE 2011


Meu artigo no jornal O Estado

Proliferando como petistas em repartições públicas, as faculdades de jornalismo já são milhares em nosso país, despejando profissionais em quantidade superior à que o mercado pode empregar. As redações estão lotadas e os currículos se amontoam nos recursos humanos. Jornalista solidário que sou, ofereço agora um breve manual para ajudar meus colegas a arranjar emprego no promissor ramo do jornalismo internacional.

Usarei um exemplo atual para instruir os estudantes de jornalismo, e também os veteranos que se julguem necessitados de reciclagem, no ofício de bem informar o público sobre as coisas importantes que acontecem lá fora. Dominando essas três lições, qualquer um poderá trabalhar na Globo. Vamos ao caso.

No sábado passado, a deputada americana Gabrielle Giffords e outras seis pessoas, incluindo uma criança de nove anos e um juiz federal, foram baleadas por Jared Loughner, 22, em frente a um mercantil da cidade de Tucson, no Arizona. Gabrielle foi atingida na cabeça e seu estado é grave. Sendo ela do Partido Democrata, criou-se uma formidável oportunidade para difamar a direita e, assim, cumprir as diretrizes recomendadas na cobertura da política americana.

Primeira lição: Jornalismo é coisa de gente dinâmica. Não se preocupe em esperar o resultado das investigações ou buscar informações sobre o atirador. Mesmo que o mentalmente transtornado Loughner se diga anti-religião e tenha como livrosfavoritos, além do Minha Luta de Hitler, o Manifesto Comunista de Karl Marx, conforme ele escreveu em sua página no Youtube, dê logo a informação correta e diga que a culpa é da Sarah Palin e dos conservadores, aqueles safados. 

Foi o que fez o Jornal Nacional da segunda-feira seguinte ao atentado, ao informar à sua enorme audiência que “muita gente está acusando o grupo extremamente conservador Tea Party, da ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin, por incitar o confronto com os democratas”. Não se sabe quem é essa “muita gente” que está acusando. Algumas horas depois, no Jornal da Globo, o correspondente Rodrigo Bocardi reiterou que “o Tea Party, liderado por Sarah Palin, é formado por conservadores extremos”. O que nos leva à segunda lição.

Segunda lição: Quando a direita for citada, é obrigatório o uso de adjetivos como "extremista", "raivosa" e sobretudo "ultraconservador". Quanto mais vezes esses termos forem empregados, mais completo será o texto. O público precisa ser lembrado em todas as ocasiões que os conservadores são loucos furiosos. Os adjetivos são dispensáveis no trato com a esquerda. Basta dar a filiação democrata. Dessa forma o leitor será acostumado ao fato de que o esquerdismo é o estado natural e o direitismo é a anomalia digna de destaque.

Terceira lição: A terceira lição resume tudo e economiza o tempo do correspondente internacional. A dica é do professor Olavo de Carvalho. Pegue o New York Times, veja o que os jornalistas esquerdistas americanos estão falando, traduza para o português e pronto. Você já tem a matéria.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".