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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O "pensado" e a doce ilusão: A crise avança na Europa

ESTADÃO
12 de janeiro de 2011 | 0h 00


O drama é que desde Descartes e Kant a realidade é (virou) o “pensado”. Nisto reside toda a alucinação moderna.
Nivaldo Cordeiro


Um dos grandes dramas da modernidade é o que se chama de "wishful thinking”, ou em bom português, a doce ilusão. É o caminho mais rápido para uma concepção de mundo delirante. Para usar as categorias freudianas, é quando o "princípio de prazer" sobrepuja o "princípio de realidade", de modo que o sujeito passa a ver o mundo sob um ponto de vista narcísico. É daí que vem as utopias, os voluntarismos, a rebeldia como um estado de espírito permanente.
Luciano Garrido


Cavaleiro: um dos sinônimos dos escritos acima é esquerdopatia ou wellfare state* ou satanismo ou inteleQUItualidade ou miséria, desgraça e destruição, etc. Olhem a Europa indo para o único lugar onde este delírio desemboca, como é óbvio para todos os não delirantes.

- O Estado de S.Paulo

A próxima etapa da crise europeia poderá ser no coração da Europa rica e desenvolvida e não mais na periferia. Grécia e Irlanda já tiveram de pedir socorro para sair do buraco financeiro. Portugal está sob pressão para pedir ajuda ao FMI e aos países mais poderosos da União Europeia (UE). Grécia, Irlanda e Portugal estavam, desde o início do ano passado, na lista de países à beira de dar um calote, juntamente com a Espanha. A grande novidade, agora, é a inclusão da Bélgica nesse grupo, como se a sua dívida pública fosse motivo de preocupação no mercado. A economia belga tem sido por muito tempo uma das mais sólidas e mais estáveis do continente, mas desde o agravamento da crise mundial, em setembro de 2008, muitas imagens de respeitabilidade viraram pó.

A depreciação dos títulos belgas é atribuída, pelos analistas, à combinação de dois fatores - o alto endividamento público, cerca de 100% do PIB, e a instabilidade política. O país vive há sete meses sem um governo constituído em condições normais, porque falta acordo entre os partidos. Há um primeiro-ministro interino, mas tem faltado a política necessária para dar um rumo seguro ao país numa fase de insegurança econômica em toda a Europa. Coube ao rei Alberto II pedir ao governo provisório um plano para reduzir o déficit público.

A especulação nos mercados tem afetado principalmente os papéis portugueses, belgas e espanhóis, mas também títulos italianos têm sido negociados com cautela. O governo português programou para hoje o lançamento de novos títulos. Os Tesouros da Itália e da Espanha também devem realizar emissões nesta semana.

Autoridades portuguesas têm rejeitado as pressões para pedir ajuda ao FMI e aos demais países da UE. Os governos grego e irlandês também resistiram, mas acabaram cedendo. O Banco Central Europeu interveio no mercado, nos últimos dias, para dar sustentação aos títulos portugueses e, segundo informações não oficiais, também a papéis de outros países. Mas esse tipo de auxílio é considerado insuficiente, no setor financeiro, para eliminar o risco de um calote na dívida pública. Segundo o governo português, será preciso levantar cerca de 20 bilhões para liquidar compromissos até abril, mas a solução mais segura, segundo analistas, seria um programa de ajuda com prazo de uns três anos.

O governo do primeiro-ministro José Sócrates iniciou há meses um programa de ajuste para reduzir o déficit público. O resultado ficou abaixo de 7,3% do PIB em 2010, segundo as autoridades, mas o número ainda não foi fechado. A meta para 2011 é chegar a 4,6% do PIB. Uma previsão mais segura seria 6,4%, de acordo com o Deutsche Bank. De toda forma, a perspectiva de mais um ano de recessão no país é apontada por analistas como um bom motivo de preocupação: com o baixo nível de atividade, o Tesouro dificilmente arrecadará o necessário para cobrir os compromissos do ano.

O temor das dívidas soberanas continuou prejudicando o desempenho das bolsas europeias nos últimos dias. Houve alguma reação, na terça-feira, quando o ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, confirmou a disposição de seu governo de comprar títulos da Linha Europeia de Estabilidade Financeira, um fundo de 440 bilhões criado em 2010 para ajudar os países em crise. Está programada a emissão de papéis neste mês e o Japão poderá ficar com mais de 20%. Autoridades chinesas também prometeram ajuda.

O reforço desse mecanismo poderá facilitar o socorro aos países com dificuldade para refinanciar suas dívidas. O FMI, de toda forma, continuará pronto para ajudar a União Europeia a enfrentar esses problemas. Mas será preciso muito mais que isso para a prevenção de crises. Neste ano o bloco vai inaugurar um sistema de acompanhamento e controle das políticas fiscais dos países-membros. Deve ser algo bem mais rigoroso que os acordos anteriores sobre limites para o déficit público e para endividamento. Esses limites foram estourados com uma facilidade escandalosa até para os velhos padrões sul-americanos.

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WIKIPEDIA

Estado de bem-estar social (em inglêsWelfare State), também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.


Íntegra aqui.

6 comentários:

Giácomo Ferenandes disse...

Muito bom artigo, Sr. Nivaldo. Realmente há uma grande possibilidade de, em breve, esses países europeus estarem comprando títulos da dívida pública do Brasil e acumulando a nossa moeda em seus cofres.

Cavaleiro do Templo disse...

Só dependerá de quem chegar primeiro ao "inferno na terra", meta política e social da visão de mundo esquerdopata.

Giácomo Fernandes disse...

Os problemas dos europeus e dos americanos, pela primeira vez (graças a Lula) são somente deles. Nós, hoje, temos um presente, um futuro, uma identidade nacional, respeito internacional e muito o que ensinar.

Cavaleiro do Templo disse...

Diz aí, por exemplo, qual o nosso futuro, ô delirante dono de bola de cristal?

E graças ao Lula o inferno está mais próximo.

Giácomo Fernandes disse...

O nosso futuro é fácil de prever, na condição de maior produtor de excedentes de alimento e energia, além de um povo tolerante e pacífico, solidário e bem intencionado. Os nossos programas econômicos e sociais já começam a servir de modelo para o mundo próspero do futuro.

Cavaleiro do Templo disse...

Evidentemente uma piada o que você nos conta. Satânica.

Volto a perguntar e sei que de novo não vais responder: alguém já viu um único tomate "made in MST" na feira?

Próspero futuro... É mais uma demonstração de sua demência, digo, de sua turma. O futuro é certo, desde que tenhamos todos os poderes.

A hora de vocês está chegando.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".