12 de janeiro de 2011 | 0h 00
O drama é que desde Descartes e Kant a realidade é (virou) o “pensado”. Nisto reside toda a alucinação moderna.
Nivaldo Cordeiro
Um dos grandes dramas da modernidade é o que se chama de "wishful thinking”, ou em bom português, a doce ilusão. É o caminho mais rápido para uma concepção de mundo delirante. Para usar as categorias freudianas, é quando o "princípio de prazer" sobrepuja o "princípio de realidade", de modo que o sujeito passa a ver o mundo sob um ponto de vista narcísico. É daí que vem as utopias, os voluntarismos, a rebeldia como um estado de espírito permanente.
Luciano Garrido
Cavaleiro: um dos sinônimos dos escritos acima é esquerdopatia ou wellfare state* ou satanismo ou inteleQUItualidade ou miséria, desgraça e destruição, etc. Olhem a Europa indo para o único lugar onde este delírio desemboca, como é óbvio para todos os não delirantes.
- O Estado de S.Paulo
A próxima etapa da crise europeia poderá ser no coração da Europa rica e desenvolvida e não mais na periferia. Grécia e Irlanda já tiveram de pedir socorro para sair do buraco financeiro. Portugal está sob pressão para pedir ajuda ao FMI e aos países mais poderosos da União Europeia (UE). Grécia, Irlanda e Portugal estavam, desde o início do ano passado, na lista de países à beira de dar um calote, juntamente com a Espanha. A grande novidade, agora, é a inclusão da Bélgica nesse grupo, como se a sua dívida pública fosse motivo de preocupação no mercado. A economia belga tem sido por muito tempo uma das mais sólidas e mais estáveis do continente, mas desde o agravamento da crise mundial, em setembro de 2008, muitas imagens de respeitabilidade viraram pó.
A depreciação dos títulos belgas é atribuída, pelos analistas, à combinação de dois fatores - o alto endividamento público, cerca de 100% do PIB, e a instabilidade política. O país vive há sete meses sem um governo constituído em condições normais, porque falta acordo entre os partidos. Há um primeiro-ministro interino, mas tem faltado a política necessária para dar um rumo seguro ao país numa fase de insegurança econômica em toda a Europa. Coube ao rei Alberto II pedir ao governo provisório um plano para reduzir o déficit público.
A especulação nos mercados tem afetado principalmente os papéis portugueses, belgas e espanhóis, mas também títulos italianos têm sido negociados com cautela. O governo português programou para hoje o lançamento de novos títulos. Os Tesouros da Itália e da Espanha também devem realizar emissões nesta semana.
Autoridades portuguesas têm rejeitado as pressões para pedir ajuda ao FMI e aos demais países da UE. Os governos grego e irlandês também resistiram, mas acabaram cedendo. O Banco Central Europeu interveio no mercado, nos últimos dias, para dar sustentação aos títulos portugueses e, segundo informações não oficiais, também a papéis de outros países. Mas esse tipo de auxílio é considerado insuficiente, no setor financeiro, para eliminar o risco de um calote na dívida pública. Segundo o governo português, será preciso levantar cerca de 20 bilhões para liquidar compromissos até abril, mas a solução mais segura, segundo analistas, seria um programa de ajuda com prazo de uns três anos.
O governo do primeiro-ministro José Sócrates iniciou há meses um programa de ajuste para reduzir o déficit público. O resultado ficou abaixo de 7,3% do PIB em 2010, segundo as autoridades, mas o número ainda não foi fechado. A meta para 2011 é chegar a 4,6% do PIB. Uma previsão mais segura seria 6,4%, de acordo com o Deutsche Bank. De toda forma, a perspectiva de mais um ano de recessão no país é apontada por analistas como um bom motivo de preocupação: com o baixo nível de atividade, o Tesouro dificilmente arrecadará o necessário para cobrir os compromissos do ano.
O temor das dívidas soberanas continuou prejudicando o desempenho das bolsas europeias nos últimos dias. Houve alguma reação, na terça-feira, quando o ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, confirmou a disposição de seu governo de comprar títulos da Linha Europeia de Estabilidade Financeira, um fundo de 440 bilhões criado em 2010 para ajudar os países em crise. Está programada a emissão de papéis neste mês e o Japão poderá ficar com mais de 20%. Autoridades chinesas também prometeram ajuda.
O reforço desse mecanismo poderá facilitar o socorro aos países com dificuldade para refinanciar suas dívidas. O FMI, de toda forma, continuará pronto para ajudar a União Europeia a enfrentar esses problemas. Mas será preciso muito mais que isso para a prevenção de crises. Neste ano o bloco vai inaugurar um sistema de acompanhamento e controle das políticas fiscais dos países-membros. Deve ser algo bem mais rigoroso que os acordos anteriores sobre limites para o déficit público e para endividamento. Esses limites foram estourados com uma facilidade escandalosa até para os velhos padrões sul-americanos.
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WIKIPEDIA
Estado de bem-estar social (em inglês: Welfare State), também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.
Íntegra aqui.
6 comentários:
Muito bom artigo, Sr. Nivaldo. Realmente há uma grande possibilidade de, em breve, esses países europeus estarem comprando títulos da dívida pública do Brasil e acumulando a nossa moeda em seus cofres.
Só dependerá de quem chegar primeiro ao "inferno na terra", meta política e social da visão de mundo esquerdopata.
Os problemas dos europeus e dos americanos, pela primeira vez (graças a Lula) são somente deles. Nós, hoje, temos um presente, um futuro, uma identidade nacional, respeito internacional e muito o que ensinar.
Diz aí, por exemplo, qual o nosso futuro, ô delirante dono de bola de cristal?
E graças ao Lula o inferno está mais próximo.
O nosso futuro é fácil de prever, na condição de maior produtor de excedentes de alimento e energia, além de um povo tolerante e pacífico, solidário e bem intencionado. Os nossos programas econômicos e sociais já começam a servir de modelo para o mundo próspero do futuro.
Evidentemente uma piada o que você nos conta. Satânica.
Volto a perguntar e sei que de novo não vais responder: alguém já viu um único tomate "made in MST" na feira?
Próspero futuro... É mais uma demonstração de sua demência, digo, de sua turma. O futuro é certo, desde que tenhamos todos os poderes.
A hora de vocês está chegando.
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