Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Se o Watergate tivesse acontecido no Brasil…

WANFIL
September 16, 2010


Meu artigo publicado no jornal O Estado
Presidente dos EUA, Nixon alegou não saber de nada. Não adiantou.
Presidente dos EUA, Nixon alegou não saber de nada. Não adiantou.
Em 1968, Richard Nixon foi eleito presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Em 1972, desfrutando de enorme popularidade, foi reeleito. No mesmo ano, o jornal Washington Post noticiou um crime cometido por correligionários do então presidente durante a campanha.
Perseguição a adversáriosSeus companheiros invadiram e espionaram a sede do Comitê Nacional do Partido Democrata, de oposição. Algo tão grave como um governo quebrar o sigilo fiscal de adversários para produzir dossiês eleitoreiros. O caso foi batizado de Watergate, nome do edifício onde ficava o escritório democrata.
Em seguida, Bob Woodward e Carl Bernstein, repórteres do mesmo Washington Post, revelaram digitais da Casa Branca no escândalo, com base nas informações de uma fonte apelidada de Garganta Profunda, cuja identidade foi revelada apenas em 2005. Era Mark Felt, ex-vice-presidente do FBI.
Enredado numa trama de mentiras, desmentidos, provas e contraprovas; pressionado pela oposição, pela imprensa vigilante e pela opinião pública, Nixon renunciou em 1974, em troca de anistia para não ser preso.
Os aloprados do PT e a impunidade
Retomo o caso Watergate para fazer um paralelo com o Brasil. Em setembro de 2006, como lembrou o jornal O Estado de São Paulo, na quarta-feira (15), um grupo de petistas foi flagrado tentando comprar um dossiê fajuto contra políticos do PSDB. Com a patota foi apreendido R$ 1,75 milhão. Até hoje ninguém foi indiciado na Justiça e a Polícia Federal, de eficiência cantada em prosa e verso, nunca descobriu a origem dinheiro.
Os autores da ação ficaram conhecidos como “aloprados”, expressão utilizada pelo presidente Lula para se eximir de qualquer ligação com o episódio. Nixon alegou não saber de nada, mas a imprensa descobriu que dois invasores trabalhavam em seu comitê, igual a Freud Godoy, apontado como chefe dos aloprados, que trabalhava para Lula.
No Brasil…
Pela diferença no desfecho dos casos, não é difícil imaginar como seria se o escândalo Watergate tivesse acontecido no Brasil de hoje. Bob Woodward, Carl Bernstein e o Washington Post seriam classificados de “imprensa golpista”; Mark Felt ficaria marcado como traidor da pátria; a oposição seria acusada de oportunista e desesperada; e os eleitores pouco se importariam, maravilhados com o programa Bolsa Família e o pré-sal. E Nixon? Entraria pra história como um bom presidente e, confiante na impunidade e orgulhoso de sua astúcia, lançaria candidato para tentar sucedê-lo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".