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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O senador ensina em 90 segundos que o dever de um oposicionista é fazer oposição

AUGUSTO NUNES
17/09/2010 às 12:00 \ Direto ao Ponto




As bandalheiras da família de Erenice Guerra confirmaram que, se nenhum partido faz tanto para perder quanto o PT, nenhum se esforça mais que o PSDB para não ganhar. Desde o começo da campanha eleitoral, a oposição foi presenteada pelos governistas com pelo menos quatro cruzamentos para a pequena área que deixaram os adversários na boca do gol: o dossiê bandido contra José Serra, os estupros em série do sigilo fiscal de parentes e amigos do candidato, a prisão dos quadrilheiros do Amapá e, agora, as bandidagens na Casa Vil.
Nenhuma dessas bofetadas no rosto da lei, da moral e da ética animou os comandantes da campanha presidencial oposicionista a acordarem o país abúlico com veemência dos justificadamente indignados. Prisioneiro da opção pela ambiguidade e da falácia segundo a qual quem topa a briga perde pontos, Serra reagiu a cada escândalo com os mesmos protestos tímidos e o refrão soprado por marqueteiros: “O mais importante é discutir programas de governo”. Como se no país devastado pela gula dos ladrões e pela arrogância dos autoritários já não valessem por um programa inteiro de governo a defesa do estado democrático de direito a o combate feroz à corrupção.
Além do mais, ainda que confrontado com um quadro político-eleitoral adverso, o dever de um oposicionista é fazer oposição. A lição, velha como a primeira urna, é reiterada pelo senador Jarbas Vasconcelos no vídeo de 90 segundos (o tempo de que dispõe no horário eleitoral gratuito). Candidato ao governo de Pernambuco, o senador do PMDB tem lutado com a bravura de sempre contra o vale-tudo dos caciques regionais. Mas não renunciou ao combate na frente nacional. Afrontado pelo apodrecimento do coração do Planalto, defendeu José Serra e atacou o governo. Falou em nome dos brasileiros honestos.
Jarbas deve perder a eleição. É irrelevante. Não perdeu a valentia, a coerência e a capacidade de indignar-se que têm faltado à campanha presidencial da oposição.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".