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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Convite para um apedrejamento

BLOG DO MR. X
segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não sei se alguém assistiu o filme "O apedrejamento de Soraya M." Assisti ontem. Bom filme. Triste, baseado em fatos reais: uma moça acusada falsamente de adultério porque o marido quer livrar-se dela termina sendo executada islamic-style. A cena do apedrejamento é de fato impactante. 

Não é ficção: acontece toda hora no Irã. Outra mulher, Sakineh, mãe de duas filhas, está para sofrer o mesmo castigo. (É possível assinar uma petição contrária aqui, ainda que eu ache que petições só servem pra elevar o ego moral de quem assina sem muitos resultados práticos). Devido à repercussão internacional, talvez ela seja apenas enforcada em vez de apedrejada, o que é um poquinho menos bárbaro, mas não deixa de ser chocante. 

Porém, na realidade, o que me chamou mais a atenção no filme não é tanto o apedrejamento, como o fato de que a cultura muçulmana seja tão diferente da ocidental. O conceito básico da sociedade não é a justiça, mas a honra. Pais matam as próprias filhas, às vezes apenas por vestir-se de um certo modo. Os costumes são totalmente diversos.  

Alguns dirão que também os judeus ortodoxos têm costumes diferentes, e é verdade; porém a diferença é que os judeus não tentam converter ninguém, ao contrário. Já a missão máxima dos muçulmanos é expandir sua fé por todos os cantos do planeta.  

A submissão total da sociedade aos líderes religiosos também é curiosa. No filme, mesmo os defensores da apedrejada jamais questionam os mulás ou o Corão ou os desígnios de Alá, apenas divergem na interpretação. Alguém poderia afirmar que o mesmo ocorria na idade medieval com o Cristianismo (não sou historiador e não tenho condições de afirmar se é verdade ou não), mas enfim, para que cairmos sempre no relativismo moral? Talvez nós (ou ao menos eu) prefiramos o cristianismo simplesmente por ter crescido em meio a uma cultura cristã, mas não é suficiente? Mesmo que eu não seja muito religioso, tenho várias memórias associadas ao cristianismo, e não gostaria de perdê-las.

O Islã é uma religião do Oriente Médio e, no que me concerne, poderia ter ficado por lá mesmo. Não tem, ou não deveria ter, lugar na Europa e nos EUA e na América Latina, a não ser em números reduzidos. Afinal, já existem 57 países islâmicos: realmente precisamos mais?


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".