Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E quando mamãe cai na vida?

MÍDIA SEM MÁSCARA

Pela primeira vez em nossa História, o poder caiu nas mãos duma facção empenhada na dissolução e no desaparecimento da Nação.
Querer democracia no Brasil é como plantar café na Groenlândia. Não dá. E se der, é porque plantaram uma coisa e nasceu outra diferente, por mutação causada pelo clima. No caso do Brasil e países semelhantes, plantando democracia, o que nasce é oclocracia. É outro regime, mais aclimatado, que brota naturalmente no solo pátrio, tal como o caruru, a barba de bode e a tiririca. Oclocracia é a ditadura da ralé legitimada pelo voto da maioria, entendendo-se como ralé não apenas a pior parte do povão, mas também o rebotalho da classe média e da elite, mancomunados contra você, sua família e o seu País. Não se iluda, caro leitor. Se você acha que isso que aí está não é a "verdadeira democracia", nem a "democracia que queremos", então sua idéia de democracia estava errada. Democracia é isso mesmo. E ponha na cabeça: todos os ideais prometidos da democracia foram atingidos. Finalmente chegamos ao Paraíso: o povão está no poder por intermédio de seus legítimos representantes.
Nunca, nem mesmo na Primeira República, houve sistema eleitoral tão manipulado e controlado - sem que ninguém lhe possa pôr defeito. Nunca a oposição - digo a oposição de verdade - esteve tão marginalizada, tão esquecida, tão falando sozinha.
Pela primeira vez em nossa História, o poder caiu nas mãos duma facção empenhada na dissolução e no desaparecimento da Nação. Embora o Chefe de Estado seja (falso) operário, não se trata de governo de trabalhadores. Quem o cerca, e apóia, e ocupa o poder, é uma classe de intelectuais que nunca trabalharam na vida, associada ao crime, ao terrorismo e ao narcotráfico, cujo único objetivo é destruir tudo para que só sobrem eles próprios.
É natural que esses indivíduos identifiquem nas Forças Armadas seu principal obstáculo, e é inútil que estas tentem apaziguá-los. Por mais que se mantenham fiéis à ordem, curvem-se ao revanchismo e se mostrem solícitas ao poder civil, existe entre eles e as Forças Armadas uma insanável incompatibilidade de índole e de propósitos.
Por isso os políticos têm tratado de desmontá-las, entregando a segurança nacional e os poderes do Estado a organizações internacionais e inserindo o País num sistema de interdependência que conduzirá inexoravelmente à transferência da nossa soberania a um governo mundial cuja futura constituição ninguém conhece porque está sendo tramada em obscuros centros de influência que, só se sabe ao certo, não estão no Brasil.
Antes, a Política e as Forças Armadas eram expressões distintas, porém complementares, da Nação Brasileira. Hoje o Brasil mudou. As Armas continuam onde sempre estiveram, mas a Política, como o câncer, virou-se contra a Nação. A unanimidade que se anuncia nas próximas eleições não é de estranhar. Afinal, a metástase é uma forma de unanimidade às avessas.
Vamos às conseqüências.
1. O único setor da sociedade brasileira que permanece institucionalmente imune à desmoralização geral são as Forças Armadas.
2. Não há possibilidade de salvar o Brasil pela via das elei ções majoritárias. O jogo eleitoral só favorece anomenklatura no poder.
3. A solução só poderia surgir de mobilização da parte mais consciente da população, que conduzisse a virada política fora das regras do jogo. 
4. A mobilização exigiria que pelo menos parte da mídia e dos políticos se voltasse contra a nomenklatura, da qual, convém nunca esquecer, fazem parte.
5. Em condições normais isso não pode acontecer. Mas, nas atuais circunstâncias, a nomenklatura está emprocesso de ruptura interna. 
6. As regras do jogo, inventadas pela própria nomenklatura para perpetuar-se no poder, previam revezamento. Mas uma das facções, que chegou lá graças à conivência da outra, ignorou as regras e está, no momento, a expulsar a sócia para fora da política.
7. Os derrotados, mirando o exemplo da Venezuela, sentem-se inseguros. Sabem que seus antigos comparsas não têm moral, e temem até pela sobrevivência futura. Estão confusos, e hoje lamentam ter ajudado a eliminar a "direita" do cenário político.
8. A "direita", que seria sua natural aliada, continua viva e atuante nas catacumbas.
9. Tudo sugere o cenário em que a facção derrotada da nomenklatura talvez venha a perceber onde está a sua única esperança de sobreviver.
Os militares amam sua Pátria e por ela se guiam. Mas quando a Pátria se confunde, se divide e se corrompe, é dentro de si mesmas que as Forças Armadas têm de encontrar seu caminho.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".