Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O bom de estar preso

MÍDIA SEM MÁSCARA

O bom de estar preso é que, dentro de alguns anos, minhas filhas não poderão me reprovar por ter sido indiferente, cúmplice ou covarde.
O bom de estar preso é que já não perco longas horas nas filas, não podem me atacar, sou imune ao seqüestro relâmpago, a inflação não me afeta, os cortes de luz não me incomodam porque é impossível tropeçar em um calabouço de 7 metros quadrados.

O bom de estar preso é que não vejo com meus próprios olhos - embora me doa igualmente - como se destrói o país: os buracos nas ruas, a acumulação de lixo, o incremento da miséria, o crescimento da violência e a deterioração da infra-estrutura e das edificações.
O bom de estar preso é que já não posso me queixar da falta de tempo para meditar, ler, aprender e escrever, que é o que realmente me apaixona.

O bom de estar preso é que, dentro de alguns anos, minhas filhas não poderão me reprovar por ter sido indiferente, cúmplice ou covarde.

O bom de estar preso é que o governo já não pode me acusar de dirigir golpes de Estado, planejar magnicídios, desestabilizar "governos progressistas" na América Latina e perpetrar "sabotagens" elétricas ou petroleiras. Entretanto, os fanáticos da Agência Bolivariana de Notícias (ABN), parecem estar desinformados e - por incrível que pareça - continuam atribuindo a mim novos delitos todos os dias.

O bom de estar preso é que não me afetam as mesquinharias. Aprendo a valorizar o que realmente importa, como o verdadeiro significado da vida, do amor da família, da solidariedade dos amigos, da beleza do universo que Deus criou para nós e o ilimitado poder da mente humana.

O bom de estar preso é que o governo já não pode me assustar com a ameaça de me colocar preso, assim que sou realmente livre para pensar e opinar como melhor me pareça.

Pensando bem, é melhor estar preso aqui - porém livre em meu coração - do que lá fora, aprisionado pelo medo e pela tristeza.

Por isso, prometo-lhes que farei o possível para libertá-los.


*Prisioneiro político da ditadura venezuelana

Presidente de Fuerza Solidaria UnoAmérica


Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".