Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ILUSÕES

VIVERDENOVO
QUINTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2010


Por Roberto Romano da Silva

O mantra repetido por boa parte da mídia nacional, sob comando teleguiado dos marqueteiros a serviço do governo, é que tudo vai bem no país. As instituições democráticas seriam sólidas, a economia iria bem e o povo sentir-se-ia feliz, consumindo como nunca.

Alguns propagandistas, sob a pele da ciência política, falam em “racionalidade” econômica da “nova classe média”. Num salto mortal os mesmos profetas proclamam a racionalidade política da mesma “classe”. Tal setor, por harmonia pre estabelecida aprovaria, de modo voluntário, o atual presidente. E votaria na sua candidata apenas por simpatia ou gratidão.

Tudo ocorreria de maneira automática, como se uma premissa levasse a outra. A propaganda nada teria a ver com o assunto, ou pouco seria devido às mágicas de João Santana e demais técnicos da persuasão. Passa batido o fato de que há oito anos o governo faz apenas propaganda, pouco mais.

Vai bem a democracia na qual o presidente, em vez de investigar e punir auxiliares, ataca a imprensa que denuncia os crimes cometidos no próprio Palácio do Planalto? “A felicidade é uma gota, de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila, depois de leve oscila, e cai como uma lágrima de amor”.

Vai bem a economia que na pauta de exportações pode perder US$ 27 bilhões (aproximadamente R$ 48 bilhões) ? Segundo estudo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com a queda nas vendas ao exterior de produtos industrializados (eles tem maior valor agregado e independem do vaivém das cotações) como é o caso das matérias-primas, ocorre uma diferença entre o que poderia ser exportado até o fim do ano (não fossem o real valorizado, as deficiências estruturais e o custo Brasil) e o que o país embarcou em 2008.

Para o mesmo estudo, o valor bastaria para cobrir 56% do déficit em conta corrente previsto pelo mercado para 2010, de US$ 48 bilhões. A queda do saldo comercial é um dos principais motivos para o rombo nas contas externas, deixando o país mais dependente de capitais de curto prazo. A participação dos manufaturados sofre queda progressiva nas exportações brasileiras.

Em 2000, bens industrializados eram 58,91% de tudo o que se enviava ao exterior, contra 22,79% de produtos básicos. Em 2010, até junho, os produtos de maior valor agregado foram 40,52% do total, contra 43,38% dos básicos. A última vez que o Brasil exportou mais produtos básicos do que manufaturados foi em 1978. À época, a participação das commodities (matérias-primas, como minério de ferro, soja etc.) na pauta era de 47,2%, contra 40,2% dos manufaturados. (Para as informações iniciais, cf. O Globo, 07/08/2010).

Vai bem uma democracia na qual o projeto que regulamenta o lobby está engavetado no Congresso Nacional, no exato instante em que filhos da ministra chefe da Casa Civil, o posto mais próximo da Presidência, do Congresso e do Judiciário, negociam vantagens em favor de grupos privados? O povo está feliz?

Perguntem aos que são assaltados, aos que não têm hospitais nem saneamento básico, aos 65 % de analfabetos funcionais do Brasil, se eles estão mesmo felizes. São felizes ou estão sentindo que devem ser felizes, segundo as manipulações da propaganda governamental? Adrenalina em altas doses é veiculada pelos palácios, como na era Vargas, com o Dipe, e na ditadura com o “Pra frente Brasil”. “A felicidade é uma pluma, que o vento vai levando pelo ar, voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar”.

A democracia vai bem se o presidente, que deveria ser o Supremo Magistrado, berra em comícios ser preciso extirpar os que “são do contra”? Só faltaram os chaleiras entoarem o hino dos tempos em que mandava o General Médici: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo…”. E para terminar, “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

O governo Lula será lembrado pela felicidade opiácea que injetou na população. “A felicidade do pobre parece, a grande ilusão do carnaval. A gente trabalha um ano inteiro, por um momento de sonho, pra fazer a fantasia, de rei ou de pirata ou de marinheira, pra tudo se acabar na quarta-feira”. Boa ressaca, Brasil.
(Fonte: Ucho.info)

Nota deste blog: o auxílio para cada dependente de prisioneiros, passou para R$ 810 mensais, a partir de 1 de Janeiro. No governo Médici, havia pleno emprego e plena segurança, tanto que o próprio sr. Lula declarou que, se o Médici fosse candidato em eleições livres, todos os trabalhadores votariam no General. 

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".