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quinta-feira, 27 de maio de 2010

O futuro de Israel e o nosso

MÍDIA SEM MÁSCARA

Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: "Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa".
Tenho uma sensação, que não me abandona, que o que vier a ocorrer a Israel ocorrerá a nós. Se Israel desaparece, o Holocausto será nosso.ERIC HOPPER
Recebi de um amigo brasileiro que vive em Israel um pequeno artigo de Hopper incluído num email com o títuloQuem se lembra de Eric Hopper? Confesso que eu mesmo não o conhecia. Foi um filósofo social americano não judeu, Professor da Universidade de Los Angeles, nascido em 1902 e morto em 1983, escreveu nove livros e foi condecorado por sua luta pela liberdade.
As palavras da epígrafe fecham um pequeno artigo - The Unusual State of Israel - escrito para o Los Angeles Times em 26 de maio de 1968, há exatos 42 anos. Era o ano da futura eleição de Richard Nixon, da crise das universidades americanas pela campanha contra a guerra do Vietnam - a revolta na Universidade de Berkeley ocorrera há um mês - da luta pelos direitos civis e menos de dois meses após a morte de Martin Luther King. Um ano antes Israel ganhara a Guerra dos Seis Dias e anexara a Faixa de Gaza, o Sinai, a Judéia e Samária, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.
Da leitura deste texto ficou-me uma sensação ambivalente: por um lado, tornou claro que o que venho tentando dizer em sucessivos artigos sobre Israel, não é nada novo entre goym. Por outro, foi bom ver minhas preocupações confirmadas. Pois é exatamente assim que eu penso: Israel é a cabeça-de-ponte da Civilização no mundo bárbaro do Islã. Cabeça de ponte sui generis, já que são os próprios fundadores desta.
Hopper diz que 'os judeus são um povo fora de série: o que está permitido a outras nações, lhes está proibido. Outras nações expulsam milhões e inexiste o problema de refugiados. Assim o fizeram Rússia, Polônia, Checoslováquia, (...) Argélia, China, (...) etc. No caso de Israel os árabes, que saíram por vontade própria, se tornaram refugiados eternos'. 'Arnold Toynbee diz que a expulsão dos árabes foi um desastre maior do que o feito pelos nazistas. (...)Quando outros países derrotam o inimigo no campo de batalha, ditam os termos da paz. Quando Israel ganha, deve suplicar para conseguir a paz.' É isto que Israel vem tentando desde então, mas as exigências árabes e da ONU são sempre de devolução dos territórios conquistados naquela guerra (retorno ao status quo ante 4 de junho de 1967). A retirada da Faixa de Gaza, a meu ver, foi um erro terrível pelo qual os civis estão pagando um preço altíssimo.
Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: 'Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa. Se Nasser tivesse ganhado a "Guerra dos Seis Dias" Israel seria varrido do mapa e ninguém levantaria um dedo para salvar os Judeus'.
De 67 para cá quantas ameaças ocorreram, até a atual dos Aiatolás do Irã? A Tzahal atua sempre sobre o fio de uma navalha. Não só não pode perder uma guerra como todas as batalhas são importantes em si. Cercado por milhões de inimigos, 'ajudado' por outro tanto de falsos amigos que querem mais é vender suas armas e adquirir a superior tecnologia israelense ou investir seus fundos num país de baixos riscos econômicos, confiando que à superioridade numérica dos inimigos, Israel antepõe a melhor força militar do mundo.
Dentro de poucos dias, depois deste artigo sair publicado, no dia 16 de maio, completam-se 43 anos da ordem de evacuação das tropas da ONU da Península do Sinai e do bloqueio de Eilat por parte de Nasser, data que Charles Krauthammer considera o verdadeiro aniversário da guerra. Nasser moveu-se por conta de uma desinformação soviética de que Israel estava montando um ataque maciço ao Egito e à Síria, países que compravam seus tanques e Migs com dólares de que precisava desesperadamente para se manter de pé. A imediata concordância da ONU foi fundamental para o Egito começar a guerra. Agora o perigo é muito maior, pois vem pelas costas. Não, não estou me referindo ao Irã, inimigo aberto com o qual não tenho dúvidas de que Israel pode se virar. Refiro-me aos EUA desde a posse de Obama, perigo que cresce cada vez mais. Como nos conta Daniel Greenfield a Casa Branca, seguindo os passos de Jimmy Carter, busca um acordo com o Irã que poderá transformá-lo 'no melhor amigo e Israel no melhor inimigo'.
Como já antevia Hopper 'Podemos confiar muito mais nos judeus do que Israel pode confiar em nós. (...) Se Israel sobreviver, será somente pelo esforço e pelos recursos dos próprios judeus'. E de sua sobrevivência depende a da Civilização fundada por eles.

Publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, PR em 12/05/2010.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".