Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 25 de maio de 2010

ESGOTAMENTO DA CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO PESSOAL

HEITOR DE PAOLA




PERTO DO LIMITE

Gilberto Simões Pires

ÁGUA FRIA -Toda vez que me proponho a alertar sobre exageros praticados no Brasil, a turma dos otimistas incorrigíveis simplesmente não perdoa. Não aceitando que alguém jogue água fria na boa fase econômica do país, antes de usar o raciocínio imaginam que minha felicidade está em ver a festa acabar para os consumidores mais animados. Alguém que não suporta a alegria que está provocando o atual crescimento que estamos experimentando. 

OPINIÃO E PALPITE - Como me dedico, diariamente, em opinar da forma mais fundamentada possível, coisa bem diferente de quem prefere dar meros palpites, a minha preocupação não é esfriar o prato servido, mas mostrar o cálculo econômico e a relação custo benefício daquilo que a sociedade paga e consome. 

SATURAÇÃO  - Pois é por aí que entendo que o crescimento das compras a crédito no Brasil está cada vez mais próximo da saturação. Por si só o limite vai se apresentar pelo esgotamento da capacidade de endividamento. Afinal, todos nós sabemos que a renda do povo brasileiro não é tão alta assim a ponto de ficar concedendo, num aumento sem fim do crédito.

VELOCIDADE -Já sei, de antemão, que vou receber muitas mensagens cheias de contrariedade. Mas, o fato é que o limite está ficando cada vez mais próximo em função da velocidade do crescimento da renda em comparação com o volume do crédito . Não acredito que se trate, por enquanto, de uma bolha. Esta ainda vai ficar para mais adiante. Algo para dois a três anos à frente, aproximadamente, quando muita gente simplesmente deverá desistir dos automóveis e imóveis, principalmente, que adquiriu nestes dois últimos anos. Por quê? Ora, porque não terá como pagar as prestações.

SUBPRIME - Não me compreendam mal. Não é nada parecido com o subprime americano que foi engordado com anabolizantes. Aqui os bancos estão trabalhando com alavangem baixa e juros bem mais elevados, o que, por si só já significa um provisionamento enorme de devedores duvidosos. Entretanto, por outro lado, os mesmos juros altos é o que vai aumentar a inadimplência. E a única saída será pela porta do encurtamento do crédito.

DUAS FRENTES - País em que a renda do povo é baixa, o crédito não é calculado pelo juro, mas pelo valor da parcela. Como uma renda baixa é explicada pelo baixo nível de esclarecimento das pessoas, o engodo se dá pelo aumento do prazo. E, quanto menor a prestação, maior o comprometimento da renda em novas compras a prazo. Até o momento da saturação. É sobre esta saturação que estou me referindo. E ela será percebida por duas frentes: por quem dá o crédito e por quem o recebe.

JUROS - Por favor: não olhem para a taxa Selic, que está abaixo de 10%. Olhem, com muita clareza, para o juro bancário, que está, em média, acima de 35%. Quanto maior for a perspectiva de inadimplência, a taxa de juro será maior e o prazo, ao contrário, será cada vez menor. Esta é a ferramenta normalmente utilizada. Os americanos tentaram uma outra, que acabou por matar vários bancos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".