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terça-feira, 25 de maio de 2010

Arcebispo avisa de “descontentamento social” como consequência de decisão de tribunal britânico contra conselheiro cristão

NOTÍCIAS PRÓ-FAMÍLIA

Peter J. Smith
LONDRES, Inglaterra, 30 de abril de 2010 (Notícias Pró-Família) — O confronto entre cristãos e o Estado se intensificou, com um tribunal da Inglaterra agora tendo sustentado a demissão de um psicólogo cristão que se recusou a dar conselho sobre intimidade sexual para casais homossexuais — uma decisão que o ex-arcebispo de Canterbury, Lorde Carey, denunciou como prelúdio para o “descontentamento social” entre cristãos e o governo laico.
Gary McFarlane, de 48 anos, um advogado de Bristol, pai de dois filhos, e evangélico, tinha trabalhado num emprego de tempo parcial como conselheiro psicológico na organização Relate por cinco anos. Durante esse tempo, ele deu conselho para casais homossexuais que estavam resolvendo problemas básicos de relacionamento. Contudo, ele foi demitido de seu emprego em 2008 quando foi habilitado como conselheiro psicológico, pois ele disse que não poderia dar conselho sobre intimidade homossexual, já que isso violava sua consciência e convicções.
McFarlane tentou sem êxito desafiar a decisão de Relate de despedi-lo num tribunal de causas trabalhistas, argumentando que eles deveriam ter incorporado suas convicções religiosas. Ele então recorreu ao Tribunal de Apelação da Inglaterra pedindo permissão para desafiar a decisão do tribunal.
No entanto, Lorde Juiz John Laws rejeitou o pedido de McFarlane numa decisão estridente que argumentava que a lei não tinha responsabilidade nenhuma de proteger a expressão de consciência ou a convicção religiosa do indivíduo.
Laws deixou claro que o tribunal não via a legislação protegendo a consciência individual como justificável, chamando-a uma posição irracional que “é também polêmica, volúvel e arbitrária”.
“A concessão de qualquer proteção legal de preferência a uma posição moral firme particular na base só de que é sustentada pelos adeptos de uma religião particular, por mais longa que seja sua tradição, por maior que seja sua cultura, é profundamente imoral”, disse Laws em sua decisão.
“Numa constituição livre tal como a nossa deve-se fazer uma importante distinção entre a proteção legal do direito de ter e expressar uma convicção e a proteção legal da essência ou conteúdo dessa convicção”, decidiu o juiz. Laws disse que se a lei criasse isenções especiais para adeptos de uma convicção, então levaria a uma negação de direitos para o resto dos membros da sociedade, e levaria à “teocracia, que é inevitavelmente autocrática”.
“A lei de uma teocracia é ditada sem opção para o povo, não feita por seus juízes e governos”, escreveu Laws. “A consciência individual é livre para aceitar tal lei ditada, mas o Estado, se seu povo tiver de ser livre, tem o dever fatigante de pensar por si”.
Gary McFarlane lamentou a decisão dizendo: “Tenho a capacidade de dar serviços de aconselhamento para casais de mesmo sexo. Deveria haver concessões levadas em consideração pelas quais indivíduos como eu possam realmente evitar contradizer seus princípios cristãos defendidos com firmeza”.
Lorde Carey atacou a lei, dizendo que o fato de que líderes da Igreja da Inglaterra e outras religiões têm se sentido compelidos a intervir em casos de tribunais envolvendo discriminação contra cristãos e seus pontos de vista “mostra que um futuro de descontentamento social” está vindo para o Reino Unido.
“Evidentemente, a demissão de um cristão sincero de um emprego é apenas um passo curto para barrar a contratação de qualquer cristão”, disse Carey.
Carey denunciou o veredicto, dizendo que “continua uma tendência por parte dos tribunais de minimizar o direito de crentes religiosos de manifestarem sua fé no que se tornou uma colisão profundamente desagradável de direitos humanos”.
“A descrição de fé religiosa em relação à ética sexual como ‘discriminatória’ é bruta e revela uma falta de sensibilidade para com a convicção religiosa”, ele continuou.
“A comparação de um cristão, de fato, com um ‘fanático’ (por exemplo, uma pessoa com uma aversão irracional a homossexuais) exige mais questionamentos. É evidência adicional de uma atitude zombeteira para com o Cristianismo e seus valores”.
Contudo, o arcebispo também disse que a decisão de Laws suprimia o pluralismo britânico, em vez de incentivá-lo, pois o Estado está impondo valores seculares, em vez de adotar uma posição neutra que permitiria que todos os indivíduos de todas as religiões vivessem suas convicções livremente.
“Essa decisão está proclamando um Estado ‘secular’, em vez de um Estado ‘neutro’. E embora por um lado a decisão busque proteger o direito de crentes religiosos de ter e expressar sua fé, por outro tira esses mesmos direitos. Diz que a demissão de crentes religiosos em recentes casos não era uma negação de seus direitos, muito embora convicções religiosas não possam ser separadas de sua expressão em todas as áreas da vida do crente. Estranhamente, o juiz não lida com o argumento de que direitos têm de ser sustentados na balança e ele evidentemente está indiferente ao fato de que os crentes religiosos são negativamente afetados por essa decisão e outras”.
A negação dos direitos dos cristãos no Reino Unido continua rapidamente sob as leis anti-discriminação introduzidas pelo governo trabalhista. Nos vários anos passados numerosos relatos de cristãos perdendo seus empregos ou até mesmo sendo presos simplesmente por expressarem suas convicções morais cristãs têm se tornado públicos — casos que parecem chocantes à luz do aniversário de 70 anos este ano do famoso discurso“Finest Hour” de Winston Churchill da 2ª Guerra Mundial.
O famoso primeiro ministro britânico havia unificado o povo britânico às vésperas da Batalha da Bretanha em junho de 1940 dizendo: “A sobrevivência da civilização cristã depende desta batalha”. Ele avisou que se eles fracassem, “tudo o que temos conhecido e amado afundará no abismo de uma nova Era das Trevas, mais sinistra e talvez mais prolongada, pelas luzes da ciência pervertida”.
Veja a cobertura relacionada de LifeSiteNews.com:
British Supreme Court Rejects Case of Marriage Registrar Forced to Perform Gay Ceremonies http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/mar/10031001.html
U.K. Police Constable Fights Back against Pro-Homosexual Police Force over Discrimination http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jul/08072215.html
UK Christian Charity May not Retain All-Christian Hiring Policy http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/may/08052611.html
Christian Couple Forced to Sell Hotel after being Cleared of Religious Discrimination Charges http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/apr/10040102.html
UK: Religious Schools May Not Teach Christian Sexual Morals “As if They Were Objectively True” http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/mar/07030504.html
UK Evangelicals Ponder “Violent Revolution” in Light of Growing Anti-Christian Persecution http://www.lifesitenews.com/ldn/2006/nov/06110907.html
raduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10043007
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".