Cavaleiro do Templo: antes de ler, veja o vídeo. É para ajudar a entender o que serra e o Reinaldo falaram abaixo. Serra, deixa de ser cúmplice moral moluscular e fala tudo logo. Prestem atenção a quem está na mesa que aplaude, presta homenagem e pranteia as FARC: o canalha do artigo, o MAG. Muito bem explicado, não?
quinta-feira, 27 de maio de 2010 | 13:37
O pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, disse ontem uma obviedade: o governo da Bolívia é cúmplice do tráfico de cocaína para o Brasil. E é mesmo. Entre 80% e 90% da droga que entra aqui tem origem naquele país. A produção da pasta cresceu mais de 40% depois da chegada de Evo Moraes ao poder. Ele deu incentivo à criação de novos campos de folha de coca na fronteira com o Brasil. O governo Bush havia cortado uma linha de incentivo de exportação de produtos bolivianos aos EUA porque La Paz não combatia o narcotráfico. Obama manteve a punição pelo mesmo motivo. As evidências estão aos olhos de todo mundo.
Serra fez ontem a crítica. Nem tocou no nome do governo Lula, que trata Evo a pão-de-ló. Deu-lhe de presente a Petrobras — cadê o dinheiro da “compra”da empresa? — e lhe fornece generosa linha de financiamento do BNDES. Na prática, a cocaína entra no Brasil com financiamento do dinheiro dos brasileiros.
Mas o governo Lula se sentiu tocado, não é mesmo? E quem reagiu? Ele! O Rei do Tártaro, o Cérbero — não confundir com “O Cérebro —, Marco Aurélio Garcia. Leiam o que disse:
“O presidente Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento”.
“Presidente Serra”??? Deve ser expressão de um temor. Ainda não! Quem “extermina” o pouco que existe de Mercosul é a Argentina com a imposição de taxas de importação e cotas para produtos brasileiros. Este senhor não sabe o que fala, como sempre. Quanto à Bolívia, ele tem de dizer:
- a cocaína que entra e que é consumida no Brasil vem ou não quase toda da Bolívia?;
- as ações de Evo Morales contribuem ou não para facilitar o tráfico.
Prefere ficar na conversa mole, na gritaria. E não estranha que, num mesmo discurso, defenda o terrorista e homicida Mahmound Ahmadinejad. Quanto a fechar embaixadas, Serra certamente não faria isso, mas não seria exatamente uma má idéia.
Por que o Sargento Garcia está reagindo? O que ele, assessor de Lula, tem a ver com as opiniões de um candidato de oposição à Presidência da República, se Serra nem mesmo se referiu ao governo brasileiro? A resposta: ele é um dos teóricos da “unidade latino-americana”, em que, entre outras coisas, a Bolívia entra com o pó, e o Brasil com o nariz, os pulmões e a dignidade, já que a maior parte da coca boliviana se destina hoje à produção do crack. Este senhor é o mesmo que declarou a um jornal francês que o Brasil é “neutro” em relação aos narcoterroristas Farcs, da Colômbia.
Lula quer combater as drogas no Brasil passando a mão na cabeça de Evo e das Farcs.
Ah, sim: o chefe da Casa Civil da Bolívia, que lá se chama “ministro da Presidência”, reagiu á declaração de Serra, concordando com Marco Aurélio Garcia: “Ele não tem nada que falar. Se possui provas, que as mostre, senão o cúmplice é ele”. Huuummm. O nome do dito-cujo é Oscar Coca.
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