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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lobby da maconha e Caetano Veloso

MÍDIA A MAIS

por Ipojuca Pontes em 25 de maio de 2010


Maconha: um dos instrumentos da Nova Ordem Mundial
Vem aí, com o apoio de Lula, Zé Serra e Fernando Henrique Cardoso (o “papa” da Fundação Ford), a Agência Brasileira da Cânabis Medicinal, que tem por objetivo “regularizar o uso da maconha para fins medicinais”
Sim senhor! Reunido semana passada em São Paulo, num simpósio promovido pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid/Unifesp), o lobby da maconha pretende agora provar que a cannabis sativa, longe de representar um dano, significa um benefício para o seu usuário. 
Segundo os atuantes lobistas, ainda que com restrições, a maconha é planta milagrosa, especialmente aconselhável “no tratamento do câncer, AIDS, glaucoma, mal de Alzheimer, dor crônica e severa, perda de apetite, artrite, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica e caquexia (fraqueza extrema)”. Apontam outros proveitos, mas fico por aqui.
 
O diretor da Cebrid, Elisaldo Carlini, também presidente do simpósio pró-liberação da maconha, adianta que, de fato, a “planta não cura, mas proporciona a melhora em diversas situações como enfraquecimento por câncer e AIDS”. Favorável a pronta liberação da cannabis, ele informa, com certa dose de entusiasmo, que uma empresa dos Estados Unidos já disponibiliza o THC (princípio ativo da maconha) industrializado em cápsulas. E que no Canadá, país híbrido, há comprimidos e spray bucal à base do principio ativo da droga.  
 
Talvez o leitor não saiba, mas o THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância psicoactiva das mais daninhas. Afeta o pulmão e todo sistema respiratório, aumenta a freqüência cardíaca, diminui a pressão sanguínea, a coordenação psicomotora, além de inibir a produção da testosterona - hormônio fundamental para a função sexual – e destruir os neurônios. A própria ONU, sempre permissiva, condena o seu uso e a Organização Mundial da Saúde denuncia que os hidrocarbonetos de um baseado são 10 vezes mais cancerígenos que os do tabaco.
 
A maconha é um alucinógeno da pesada, contendo mais de 60 substâncias tóxicas. Quase ou tão nocivo quanto o crack, provoca ansiedade, psicose e depressão. À sensação de bem-estar que transmite, de início, seguem-se os estados de angústia, desespero e, depois, letargia. Quando filmei “A Volta do Filho Pródigo”, empreguei um assistente de direção, Sebastião França, que fumava maconha e perdia a noção do que estava fazendo. Era uma tortura. Internei-o num hospital, no Rio, mas foi inútil: morreu de AIDS sem largar o vício. Ademais, a distribuição da maconha, atualmente  explorada em larga escala pelas FARC, move o crime organizado e desorganizado, impulsionando diariamente milhares de roubos, furtos, assassinatos, sequestros e a prostituição infantil - conforme se pode verificar nos extensos registros policiais.   
 
Por que as ONGs, professores esquerdistas, PT e o PSDB promovem em simpósios e entrevistas a descriminalização da maconha mesmo sabendo que o povo brasileiro repudia tal pretensão? Simples. Pelo desejo mórbido de ampliar o controle social: numa sociedade de drogados fica mais fácil mentir, roubar e manter o País sob o completo domínio do Estado.
 
***
 
No tempo em que morava no “Solar da Fossa”, em Botafogo, Caetano Veloso vestia jeans e camisa de marinheiro. Depois melhorou de vida, comprou Mercedes-Benz e danou-se para São Paulo, onde ficou popular por aparecer em programas de TV do tipo “Qual é a Música?”.
      
Na fase do desbunde, virou cabeludo encaracolado, vestiu colant e, no palco, parodiando Mick Jagger, corria e dava pulinhos performáticos. Os milicos, intolerantes, tosaram-lhes os cabelos e o cantor-compositor (com Gil a tiracolo) se mandou para Londres. Lá, no epicentro sísmico do rock, assimilou o apelo do androginismo, então em moda. À época, responsável pelos filmes do espetáculo “Brasileiro, Profissão Esperança”, montei em table top imagens de Gil e Caetano vivendo em Londres, uma forma de distingui-los no exílio, não sei se voluntário ou não (o exílio).
 
Nos últimos tempos Caetano passou a usar terno e gravata, aderindo ao “banquinho e violão” - marca registrada de João Gilberto, um sujeito reconhecidamente chato. Agora, nas páginas de “O Globo” (antigo porta-voz da “ditadura militar”), o compositor virou “formador de opinião”.
 
Num domingos desses, no propósito de defender a recuperação do Pelourinho, Caetano opinou, no jornal,  que não era “saudável” fazer com o monumento histórico “o que Ipojuca Pontes fez com o cinema ao acabar com a Embrafilme”.      
 
Caetano Veloso é um palpiteiro. Em profundidade, não conhece rigorosamente nada de  economia, história, ciência política, religião, filosofia, etc. (E a julgar pela carta enviada à redação de “O Globo” pelo Secretário da Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles – muito elucidativa, por sinal - o cantor pop desconhece a própria realidade política que envolve a revitalização do espaço histórico tombado). Talvez por isso o erudito José Guilherme Merquior o tenha definido como “um intelectual de miolo mole”.
 
Quem sancionou a extinção da Embrafilme (e mais oito empresas estatais, entre elas, o IBC), em 12 de abril de 1990, foi o Congresso Nacional que aprovou, in totum, o Decreto 8.029 enviado pelo novo governo. Nelson Carneiro, presidente do Congresso, e demais parlamentares, inclusive os da ruidosa oposição, poderiam ter embargado a sua aprovação – mas não o fizeram. E por quê? Pelo odor pútrido que a estatal do cinema exalava.
 
De fato, a Embrafilme, empresa criada durante a vigência do AI-5, além de deficitária e inepta, tornou-se, sob a égide da patota do Cinema Novo, um instrumento de “corrupção, politicalha e privilégios” – conforme expressa a abrangente Pesquisa de Opinião publicada em 1980 pela Agência Razões & Motivos, de São Paulo, encomendada, ironicamente, pela estatal do cinema. Para a população brasileira consultada, a Embrafilme deveria ser fechada com urgência e os seus dirigentes devidamente responsabilizados. 
        
O próprio Glauber Rocha, um dos beneficiários do esquema embrafilmico, assim se manifestou, em carta destinada à “Celsinho” Amorim, então diretor-geral da empresa (tido como traidor e mais tarde expulso do cargo pelos militares): “Proponho para Embrafilme medidas regueanas (queria se referir as “reaganomics”, iniciativas de política econômica de Ronald Reagan, presidente dos EUA, que tratavam de privatizações, desregulamentação e corte de impostos) de desestatização. Sou favorável, aliás, à desestatização de todo aparato cultural: Funarte, INL, SNT, etc...”.
 
Caetano Veloso, por não procurar as fontes primárias, fundamental para quem pretende questionar os fatos, acha, tal como os seus pares, que o cinema brasileiro era só o da patota do CN e ignora que nos dois anos de Collor foram produzidos, sem a grana do governo, 105 filmes de longa-metragem (dado, por exemplo, que o criterioso pesquisador Antonio Leão da Silva Neto, depois de consultar produtoras, distribuidores, realizadores e arquivos oficiais, registra no seu bem documentado “Dicionário de Filmes Brasileiros”, edição de 2002).
     
O então fechamento da Embrafilme resultou de uma política desestatizante de governo, a melhor já traçada no País em todo século, infelizmente malograda pela incompetência de Collor e a ação incessante da aparelhagem comunista que não pode viver sem sugar as tetas do Estado – razão de ser da permanente esculhambação nacional.
 

De minha parte, digo e repito: foi uma honra ter participado da batalha pela extinção da Embrafilme. O que não impediu, infelizmente, do cinema brasileiro ser hoje uma atividade inteiramente dominada pelo “Estado Forte” de Lula (ou, no futuro, de Dilma ou Zé Serra, pouco importa) a serviço da nomenclatura comunista - um ônus a mais para o bolso do infeliz trabalhador contribuinte que se enverga como louco para sustentar o parasitismo de escol de gente como Cacá Diegues e aliados. (Aqui, convém lembrar que Cacá, cujo pai, Manuel Diegues Jr., dirigia o Departamento Cultural do MEC – órgão ao qual a Embrafilme estava subordinada no tempo da “sangrenta ditadura dos militares” –. não tinha o menor pudor em sacar rios de dinheiro da estatal do cinema para fazer seus “miuras” cerebrinos).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".