HEITOR DE PAOLA
Presença de terroristas nas universidades públicas da Colômbia
* Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
A recente publicação de um vídeo [1] no qual aparecem mais ou menos 25 terroristas do ELN em atitude desafiante dentro das instalações da Universidade Nacional em Bogotá, desatou uma forte polêmica nos meios de comunicação do país.
E não é para menos. Ao revisar antecedentes históricos, de longa data o Partido Comunista Colombiano (PCC) e seus braços armados incrustaram neste e noutros centros de educação superior, células terroristas integradas por estudantes que se jubilam em diferentes carreiras sem terminá-las, por dedicar-se a recrutar incautos para enviá-los às quadrilhas das FARC e do ELN que delinqüem em diversos pontos da geografia nacional.
É sintomático que há alguns anos a senadora Piedad Córdoba, desenvolvendo seu mais apetitoso trabalho que consiste em ser a moleca de recados das FARC, convidou os estudantes de diversas universidades públicas para se unirem à subversão comunista, para impor na Colômbia uma ditadura similar à cubana.
Ambos eventos são o complemento da linha de ação acumulada pelos chamados “guardas vermelhos”, grupos de terroristas que desde há quase três décadas tem promovido ações ilegais dentro da Universidade Nacional, traficando drogas, treinando terroristas, promovendo motins e integrando as redes urbanas das FARC, do ELN e do EPL.
A atividade armada destes grupos se incrementou a partir de 1982, após as conclusões da sétima conferência das FARC, evento delitivo no qual Jacobo Arenas e Tirofijo concretizaram os passos sistemáticos para situar milícias nas cidades em permanente correspondência com as frentes colocadas ao redor da capital da República, e ao mesmo tempo aproveitar a debilidade de caráter e falta de visão estratégica do presidente Belisario Betancour, cuja falta de têmpera foi igual ou pior do que a de Andrés Pastrana, quase 20 anos depois.
As estruturas urbanas Antonio Nariño e Manuel Cepeda Vargas se articulam com a frente Teofilo Forero, ações de comandos urbanos. Por exemplo, o ataque terrorista contra o Clube El Nogal, ações terroristas contra Centros de Atenção Imediata da Polícia, seqüestros de diversas pessoas, colocação de petardos em caixas automáticos e lojas de comerciantes que não pagaram as quotas extorsivas, e assassinatos ordenados pelos cabeças dentro do “plano pistola” ou sicariato comunista. E em todas estas atividades delitivas participaram estudantes das universidades públicas vinculadas às FARC e ao ELN.
De fato, os terroristas Alfonso Cano, Chucho, Carlos Antonio Lozada e Pablo Catatumbo, procedem de centros universitários financiados com os impostos dos colombianos, graças a sua militância, primeiro na Juventude Comunista, em seguida no Partido Comunista e depois nas FARC.
É lamentável que centros educacionais superiores como a Universidade Nacional, ao qual assistem estudantes de baixos recursos e cujas carreiras são financiadas pelos colombianos que pagam impostos, tenham sido infiltrados por células terroristas com fins desestabilizadores e nocivos para o futuro do país.
Nessa ordem de idéias, as instalações destas universidades não são territórios vedados para que as autoridades colombianas como a Procuradoria Geral da Nação e a Força Pública, comecem a impor a soberania, a lei, a ordem e o império da Constituição. Assim os endivida os comunistas e seus porta-vozes, como a loquaz parlamentar liberal que convida os estudantes a fazer subversão para “mudar a Colômbia”.
Nota da tradutora:
[1] Para se conhecer o que denuncia o Coronel Villamarín, vejam o vídeo abaixo feito pela equipe do jornal “El Tiempo” de Bogotá, no dia 21 de maio último.
Tradução: Graça Salgueiro
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