Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Neurônios Triturados

ALERTA TOTAL
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
terça-feira, 27 de julho de 2010
Por Arlindo Montenegro
Pra começo de conversa, o que se convencionou chamar de "direita" em política, durante a Revolução Francesa, representa os interesses da nobreza e do clero. À "esquerda" do rei, tinham assento os representantes dos camponeses e dos "burgueses", que provisionavam o de comer e pagavam os impostos para manter o luxo da corte.

Duzentos e vinte um anos depois, passando por duas guerras mundiais e notáveis avanços científicos como avião e bomba atômica, biotecnologia, internet e satélites, aquela revolução liderada pelos burgueses, berço das ideias marxistas, promoveu a cristalização de várias formas de Estado.

Todos as formas estatais conhecidas declaram respeitar a crença em um Deus, com nomes variados e com presença diversa na mente dos governantes e governados, sejam cristãos, judeus, budistas, hinduistas, fundamentalistas islâmicos ou outros. Com exceção do Estado comunista, que não tolera a liberdade em nenhuma de suas formas, muito menos a do espírito.

Os mesmos burgueses que lideraram a revolução francesa, lideraram a revolução comunista, tomaram o Estado, perseguiram as religiões, prenderam e mataram os crentes. As perseguições e matanças persistem até hoje e Deus continua firme, presente, consolando os aflitos, ressuscitando os espíritos das cinzas materiais e da guerra que, se espalhou, em pequenos e infindáveis conflitos por toda a terra e agora atinge as mentes.

Enquanto o Castro no poder desterra os dissidentes, entre os quais jornalistas e médicos cristãos, Chávez tenta impor a ideia do deus materialista da onu e da teologia da libertação, o deus modificado dos revolucionários, artifício para justificar e aprovar decisões de estado contra a evolução natural, sem oposição.

Aqui no Brasil, seguindo as diretrizes da onu e do foro de são paulo, já existem cartilhas escolares ridicularizando a crença cultural, a percepção da presença de Deus no equilíbrio das escolhas e do livre arbítrio. O PNHD, elaborado pelos comunistas e assinado pelo presidente "sem saber", reforça esta coisa da materialidade que mata o espírito.

Arrematando a conversa, nem a "direita" e muito menos a "esquerda" em todas as suas gradações e disfarces, avançou na forma de Estado cujas decisões estivessem firmemente ligadas ao mérito individual e justiça distributiva dos recursos provenientes do trabalho.

A gente comum, em todo o planeta, anseia pelo dia em que os líderes locais mais sábios e exemplares cheguem ao poder, aclamados para arrumar os negócios do Estado para o bem comum, o que é diferente das práticas vigentes, quando as mesmas formas de Estado estão dependentes de um mesmo sistema financeiro, atuando como substituto de Deus.

Um modelo diferenciado vinha se formando na Polônia que com ajuda da Igreja e do movimento "Solidariedade" dos trabalhadores, que desequilibrou a fortaleza do império ateu soviético e disparou as reformas que mudaram a face do mundo, renovando esperanças com a queda do muro de Berlim.

Referindo a situação atual do Brasil, um leitor comentava que: "Se as cabeças dos responsáveis caíssem, tudo terminava sem problemas, pois a manada sem chefes que a orientem, nada faz. Debanda..." Na sequência abri uma nova mensagem da blogueira cubana Zoé Valdez, que publicava o texto de Pablo Pacheco Ávila, um dos desterrados de Cuba, espaço onde nasceu, cresceu e foi para a prisão, antes de ter a percepção exata da diferença entre viver num estado comunista ou viver na relativa liberdade de estado democrático.

Chegando à Espanha, disse o desterrado: "...percebemos que liberdade é mais que uma palavra, um significado; é o sentido prático e necessário à nossa condição de humanos." Ver o debate público entre governo socialista e oposição, foi chocante para o cubano:

"Ver pela televisão o debate entre o Chefe do governo (Zapatero) e o líder da oposição (Mariano Rajoy) sobre o Estado da Nação, me impressionou. Os cubanos da minha geração fomos saturados de mensagens diabólicas contra o capitalismo selvagem de ultramar; nos enganavam e nos faziam pensar que vivíamos no paraiso terrestre."

"Agora a visão é diferente. (...) Não é preciso ver o estado da nação cubana. É a nação cubana que deve ver esta realidade que tenho diante de mim."

"Em Cuba vivem-se dias tensos e os sistemas totalitários em fase terminal cometem erros irreversíveis, enquanto a debilidade dos argumentos é substituída com facilidade por violência e ódio. Estar livre não é um gesto de benevolência...daqui me preocupo com o destino dos que continuam na prisão. Chegou a hora de colocarmos nossos interesses em função de Cuba e não colocar Cuba em função dos nossos interesses."

A Espanha, de Moratinos e Zapatero, está ajudando a ditadura dos Castro a parecer como em vias de abertura democrática. Nada disso ocorre, porque, como dizem os desterrados, enquanto não haja liberdade de expressão, oposição ativa, eleiçoes livres, pluralidade partidária, a ditadura prosseguirá em Cuba ou em qualquer parte, aprofundando a miséria material e moral.

As "cabeças dos responsáveis", pelo que acontece em Cuba, Brasil, Venezuela, estão espalhadas pelo mundo. São cabeças coroadas que, nos encontros de cúpula, nas instituições multilaterais, deixam de exigir práticas democráticas dos seus pares. Continuam negociando e fazendo vista grossa para os atos de violência, perseguição política, genocídios.

São tantas cabeças neste negócio, que lembram a frase do General francês Massu, comadante dos paraquedistas franceses na guerra da Argélia: "Os comunistas são como tênias. Não basta cortar a cabeça, que a tênia se reproduz..."

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".