Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Novo Acordo Ortogáfico

O SATIRISTA


"O Estado português ‘adoptará’ as medidas adequadas ‘a’ garantir o necessário processo de transição, no prazo de 6 anos, nomeadamente ao nível da validade da ortografia constante dos‘actos’, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação." 


Essa declaração “muito de acordo com a nova ortografia”, feita pelo Estado português pode claramente mostrar que a confusão já começará em nível estatal e as acusações de que o acordo é brasileiro e pretende o domínio do mercado editorial africano, como se esse mercado fosse da magnitude de Hollywood ou da Bolsa Americana, já estão a pleno vapor.
Mas que mudanças ocorrerão realmente nesse mercado editorial?

Não é difícil imaginar o volume de dinheiro que devera ser empregado na confecção de dicionários, gramáticas, livros didáticos, despesas essas que correrão por conta dos mesmos de sempre, ou seja, os que sustentam essa monstruosa máquina de corrupção. É, mais uma vez, o dinheiro público se esvaindo pelos esgotos costumeiros ao sabor dos caprichos dos desocupados insaciáveis.


A ABL, prontamente, já endossou a barbárie em seus costumeiros delírios de onipotência.


Vivendo tranquilamente de verbas públicas, essa entidade abriga esses grandes mestres da literatura universal como Ivo Pitanguy e José Sarney, este último, ideólogo do acordo, dignos de fazer frente a um Thomas Mann ou um Dante Alighieri, além de ter como membros os “skruptukus”, neologismo criado por mim precisamente agora.


Os “skruptukus”, como Austregésilo de Athayde, são, ao contrário da cabeça de bacalhau e do enterro de anão, que todos sabem que existe mas que ninguém nunca viu, seres que ninguém sabe que existem e ninguém jamais viu ou ouviu falar, que se ocupam da tarefa de tomar chá, fumar charutos cubanos e dar palpites errados.


Atrás da ABL seguem a grande maioria dos acomodados, aqueles que dizem, passivos como carneiros levados ao abate, que nada se pode fazer senão aceitar as regras, não reclamar jamais. E mais ainda: colaborar com elas, não importa o quão absurdas sejam, tentando provar que mudanças decorrentes da insatisfação pública se fazem sem esforço, sem nenhum sacrifício, e mesmo choro e ranger de dentes, por obra de alguma divindade etérea.


E os professores são coniventes, cúmplices do estupro da língua e das conseqüências dele decorrentes, pelo simples fato de também serem vítimas desse processo doutrinário que vem desde os anos 1960, que destruiu a escola e os imbecilizou, fazendo deles adestradores ao invés de educadores, ideólogos ao invés de guias.


Acomodados em sua estabilidade de funcionários públicos, com aposentadoria garantida, proclamam que nada se pode fazer e que seus alunos precisam ser aprovados nos concursos sem sequer se darem conta de que estão prestando um desserviço e onerando cada vez mais o contribuinte até um limite que, quando atingido, terá inequivocamente conseqüências catastróficas.


Como consta da cartilha revolucionária a destruição das bases, dos pilares da sociedade, é evidente que a língua faz parte da lista dos assassinatos programados.

Alguns escritores portugueses se manifestaram, exigindo que seus livros sejam publicados no português lusitano tal qual foram criados, e eu me junto a esses insatisfeitos e declaro que continuarei escrevendo do modo como aprendi e não abrirei mão desse direito de protestar contra a prostituição generalizada, honrando a memória de meus velhos mestres.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".