SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2010
Por Arlindo Montenegro
Hoje, Raul Castro vai fazer o discurso comemorativo da data nacional dos revolucionários, em Santa Clara. Antes era o irmão mais velho, o coma'andante Fidel quem falava e falava durante 4, 5, 6 horas, diante de 500 mil trabalhadores e estudantes arrumados na Praça da Revolução, em Havana, tendo ao lado, na tribuna de honra os "convidados estrangeiros".
Hoje, há quem espere que o velho coma'andante apareça na festa. E o discurso oficial vai ser vibrante e promitente, a mesma lenga lenga que os cubanos ouvem há 52 anos, enquanto a vida se afunda, a fome aumenta, os protestos ganham corpo e a repressão aplica o terrorismo de estado cientificamente.
Alem das dificuldades de sobreviver, é proibido pensar e mais ainda manifestar o descontentamento. Por exemplo, o terrorismo de baixa intensidade é tão presente que acorrenta as mentes. Na ilha poucos, pouquíssimos sabem o que ocorre, como se vive politicamente no mundo exterior.
Um jornalista, com 54 anos de idade, estudou na Universidade de Havana, onde o currículo incluia a leitura obrigatória da obra marxista. Por ser de família cristã, conservou um pé atrás. Mas envolvido pelo ambiente, trabalhou na única agência governamental de notícias. Um dia publicou um artigo em que manifestava a propria opinião crítica num jornal europeu.
Pois foi julgado como "espião", "traidor" e condenado a 20 anos. Estava em cana há mais de sete anos. Foi desterrado para a Epanha, com toda a família e nos passaportes fornecidos consta: "saída definitiva!" Pelas leis dos revolucionários não pode mais voltar a sua Patria.
É isto que o governo socialista espanhol chama de "mudanças democratizantes" e hoje mesmo defende esta posição no parlamento da União Européia, tentando mudar a posição dos governantes sobre o governo dos irmãos Castro. Hoje, 26 de Julho, os revolucionários mentem em Cuba eos socialistas mentem na Europa e pelo mundo afora.
Em diversas ocasiões a Igreja e alguns governantes, mesmo os EUA, negociaram com os irmãos chantagistas, que, - para aliviar as pressões internacionais contra a violência interna, tráfico de drogas e armas, agressões a outras nacões promovendo e financiando guerrilhas – concordaram em expatriar dissidentes que somados chegam a centenas de milhares.
Deixaram sair em verdadeiro êxodo cubanos insatisfeitos e prisioneiros comuns, que então somados aos que abandonaram a ilha quando os revolucionários chegaram ao poder, contam milhões de cubanos, impedidos de voltar à Patria. Outras centenas de opositores continuam na prisões. Outras de centenas continuam nas ruas. A verdadeira face dos bandidos castro começa a aparecer para o mundo.
Uma história de Cuba, pouco conhecida começa a ser revelada.Pablo Pacheco Ávila, um dos jornalistas desterrados, revelou o que sentia num debate público, mostrando como funciona o choque, a percepção exata da diferença entre viver num estado comunista ou viver num estado democrático: Chegando à Espanha, "...percebemos que liberdade é mais que uma palavra, um significado; é o sentido prático e necessário à nossa condição de humanos.
"Ver pela televisão o debate entre o Chefe do governo (Zapatero) e o líder da oposição (Mariano Rajoy) sobre o Estado da Nação, me impressionou. Os cubanos da minha geração fomos saturados de mensagens diabólicas contra o capitalismo selvagem de ultramar; nos enganavam e nos faziam pensar que vivíamos no paraiso terrestre."
Outras mentiras de Fidel Castro começam a ser reveladas:
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