Em almoço com empresários, ontem, em São Paulo, José Serra atacou o PT no ponto certo: sua relação com Hugo Chávez e as FARC. E mais disse, ao afirmar que Chávez coloca em perigo a paz na América do Sul. Esse discurso poderá colocar José Serra na Presidência da República.
JUSBRASIL
Serra ataca e diz que MST invadirá mais
SAO PAULO - Disposto a associar a petista Dilma Rousseff a uma imagem de radicalismo e desrespeito aos valores democráticos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, subiu o tom de seus ataques à adversária ontem, durante almoço com empresários.
Citando uma entrevista em que o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra João Pedro Stédile declarou apoio a Dilma, Serra disse que o MST aumentará o número de invasões caso Dilma seja eleita: "Porque com ela vão poder fazer mais invasões, mais agitação".
A disseminação da ideia de que o PT e sua candidata representam uma ameaça aos "valores democráticos" é uma estratégia da campanha. Um dos articuladores políticos de Serra, o deputado Jutahy Magalhães (BA) afirmou que essa é "uma linha mestra da campanha".
"Se o governo instrumentaliza um movimento que adota práticas ilegais, temos que denunciar", afirmou.
Até agora, Serra mirava o PT. Ontem, porém, avançou um degrau, falando especificamente no nome da adversária. O MST não será o único alvo. Ontem, Serra sugeriu que o governo deveria se valer de sua influência para salvar presos políticos em Cuba.
Dias depois de seu vice, o deputado Indio da Costa (DEM), associar o PT às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Serra sugeriu que o Brasil deveria ter usado sua influência para evitar o recente rompimento entre Venezuela e Colômbia.
"É inegável, indiscutível, que o Brasil sempre teve mais simpatia pelo [presidente venezuelano, Hugo] Chávez", disse Serra. "É inegável que o Chávez abriga essas Farc."
Em seguida, ao criticar o loteamento de estatais e agências reguladoras pelos partidos governistas, o tucano acusou os petistas de promoverem o que classificou como "patrimonialismo sindicalista" e "bolchevique".
No encontro de ontem, em que 497 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) se reuniram para ouvi-lo, Serra também se esforçou para desfazer a imagem de competência administrativa que muitos empresários costumam associar a Dilma.
Ao criticar um comentário da petista sobre o tamanho da carga tributária no Brasil, que em termos relativos é inferior à de alguns países ricos, Serra disse que a "assessoria dela deixou de informá-la que a gente deve comparar o Brasil com países de desenvolvimento equivalente".
JUSBRASIL
Serra ataca e diz que MST invadirá mais
com Dilma
"É inegável, indiscutível, que o Brasil sempre teve mais simpatia pelo [presidente venezuelano, Hugo] Chávez", disse Serra. "É inegável que o Chávez abriga essas Farc."
Estratégia é associar petista a imagem de desrespeito a valores democráticos
Catia Seabra e Ricardo Balthazar
SAO PAULO - Disposto a associar a petista Dilma Rousseff a uma imagem de radicalismo e desrespeito aos valores democráticos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, subiu o tom de seus ataques à adversária ontem, durante almoço com empresários.
Citando uma entrevista em que o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra João Pedro Stédile declarou apoio a Dilma, Serra disse que o MST aumentará o número de invasões caso Dilma seja eleita: "Porque com ela vão poder fazer mais invasões, mais agitação".
A disseminação da ideia de que o PT e sua candidata representam uma ameaça aos "valores democráticos" é uma estratégia da campanha. Um dos articuladores políticos de Serra, o deputado Jutahy Magalhães (BA) afirmou que essa é "uma linha mestra da campanha".
"Se o governo instrumentaliza um movimento que adota práticas ilegais, temos que denunciar", afirmou.
Até agora, Serra mirava o PT. Ontem, porém, avançou um degrau, falando especificamente no nome da adversária. O MST não será o único alvo. Ontem, Serra sugeriu que o governo deveria se valer de sua influência para salvar presos políticos em Cuba.
Dias depois de seu vice, o deputado Indio da Costa (DEM), associar o PT às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Serra sugeriu que o Brasil deveria ter usado sua influência para evitar o recente rompimento entre Venezuela e Colômbia.
"É inegável, indiscutível, que o Brasil sempre teve mais simpatia pelo [presidente venezuelano, Hugo] Chávez", disse Serra. "É inegável que o Chávez abriga essas Farc."
Em seguida, ao criticar o loteamento de estatais e agências reguladoras pelos partidos governistas, o tucano acusou os petistas de promoverem o que classificou como "patrimonialismo sindicalista" e "bolchevique".
No encontro de ontem, em que 497 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) se reuniram para ouvi-lo, Serra também se esforçou para desfazer a imagem de competência administrativa que muitos empresários costumam associar a Dilma.
Ao criticar um comentário da petista sobre o tamanho da carga tributária no Brasil, que em termos relativos é inferior à de alguns países ricos, Serra disse que a "assessoria dela deixou de informá-la que a gente deve comparar o Brasil com países de desenvolvimento equivalente".
4 comentários:
Beleza! Dá-lhe Serra. Manda ver nesses petralhas comunistas.
Muito boa a postura de Serra. Agora sim estou sentindo firmeza. Estamos cansados de exigencias do PT e de so eles ditarem o rumo das coisas. Quem da as cartas agora e Serra. Se Dilma nao responder ou nao dar as explicacoes necessarias certamente Serra vencera no primeiro turno. Parabens a esses cidadaos brasileiros, Serra e Indio, aos quais confiamos o futuro de nossa Nacao. Obrigada aos dois pela coragem de enfrentar isso que esta ai.
Estamos todos tratando Serra como anti-comunista ou, ao menos, mais conservador que Lula. As forças que o apóiam, sim, de oposição ao PT, possuem um traço fortemente conservador liberal (o PSDB, nem tanto). Mas, entrar na euforia e considerar o Serra um homem de direita, é abrir as portas do galinheiro à raposa que está fora, na esperança de que ela expulse a que está dentro. Vamos ter "galinhada" pro jantar...Serra tem pavor da direita. É estatizante por vocação e vai fortalecer ainda mais o Estado.
Concordo em gênero, número e grau. Não é para soltarmos foguetes pelo Serra. Pelo contrário, agora é a hora de pegar carona nas notícias da mídia e ir muito além do que o Serra e o Índio falaram, material não nos falta. E os dois foram muito bondosos com o PT (e eu não esperava outra coisa).
Abraços
CT
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