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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Freixo, o PSOL e fogo na bandeira de Israel. Ou: Nem tudo o que não é PT serve!

 

REINALDO AZEVEDO

28/08/2012 às 21:47

Já escrevi sobre o deslumbramento de alguns setores do Rio com a candidatura de Marcelo Freixo, do PSOL, à Prefeitura. O texto está aqui. O título já é bastante eloquente: “O Rio assiste ao renascimento da esquerda festiva e do miolo mole. O queridinho da vez é Marcelo Freixo, do mesmo partido que liderou o caos em São Paulo”.

Lembro, naquele texto, que o PSOL, junto com o PSTU, decidiu promover o caos no transporte público de São Paulo, liderando a greve do metrô. Também dividiu o comando da bagunça promovida pela extrema minoria na USP. Eu sei que Eduardo Paes é candidato à reeleição tendo o PT como vice. Sei também que é o nome apoiado por Lula. Muito bem.

Somos amigos — ninguém rompeu; acho que continuamos. Não dependo dele pra nada nem ele de mim. Isso seria o suficiente para eu votasse nele? Com as alianças que tem, não, embora eu reconheça que tem feito um trabalho competente na cidade. Não se vota em alguém só por uma coisa ou por outra, mas por um conjunto. O pragmatismo não é meu último deus. Agora que fique claro: NEM TUDO O QUE NÃO É PT ME SERVE. Freixo, por exemplo, não me serve. Se, em último caso, eu fosse colocado diante da opção: ou Freixo ou Paes, eu faria o contrário de Chico Buarque e escolheria Paes. Eu faria o contrário de Caetano Veloso e escolheria Paes. Mesmo com o Babalorixá de Banânia apoiando o prefeito.

E faria porque Freixo tem um partido, ora essa! E esse partido pensa um conjunto de coisas. Mais do que isso: esse partido faz um conjunto de coisas que repudio de forma clara, inequívoca, definitiva. A luta do candidato contra as milícias não é, por óbvio, o suficiente para me mobilizar. Só isso? Não! Há mais. Leiam o informa o Globo. E isso, para mim, arremata a questão. Volto para fechar.

Freixo comenta atitude de aliado que queimou bandeira de Israel

Por Bruno Góes e Luiz Gustavo Schmitt:
O candidato do PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, comentou nesta terça-feira a atitude de seu aliado em vídeo do Youtube, o candidato a vereador Babá. Em imagens que circulam nas redes sociais, Babá aparece queimando uma bandeira de Israel. No Twitter, Freixo discordou da postura do colega de partido, mas ressaltou que ele é “um militante combativo”.

“Baba é um militante combativo, nesse episódio ele errou. Ser contra um governo não é ser contra um país”, postou ele, que completou: “Sou contra a atitude dele, já me posicionei publicamente. Isso não anula toda luta dele”. O vídeo questiona o apoio dado por Freixo ao aliado. Babá, por outro lado, defendeu a sua atitude e respondeu ao vídeo em um artigo publicado nesta terça, em seu blog. No texto, intitulado ‘Resposta à campanha da direita sionista contra o PSOL”, Babá afirma que o crescimento de Freixo nas pesquisas resultou numa campanha difamatória desencadeada pela direita sionista contra o PSOL.

O candidato a vereador afirma que o vídeo é de 2009. Além da bandeira de Israel, a dos EUA também foi queimada. O candidato diz que a manifestação fez parte de uma jornada mundial de manifestações de solidariedade ao povo palestino, que sofria um ataque militar naquele momento. Babá chama o estado de Israel de “racista e nazista, que ataca e mantêm seu domínio sobre os palestinos graças ao terror e a repressão feroz, da mesma forma que o fizeram os sucessivos governos da minoria branca na África do Sul”.

“A esquerda socialista tem a responsabilidade e a obrigação de dizer a verdade ao povo brasileiro e educar as novas gerações sobre o real significado do Estado racista de Israel, assim como de manifestar a irrestrita solidariedade com o povo palestino”, diz ele. Por fim, Babá afirma que logo os adversários vão buscar outros temas considerados tabus para impedir a tendência de crescimento da candidatura de Freixo.

Encerro
Está tudo claro aí. Freixo não apoia a atitude do colega de partido, mas também não a repudia de modo inequívoco. Prefere exaltar as suas virtudes militantes, embora Babá faça aqui o que faz o governo do Irã. Compreendo. Então tenho de lembrar: um terrorista italiano está na origem da formação do PSOL. Seu nome: Achille Lollo. Já contei essa história aqui. Esse Freixo para consumo dos bem-pensantes não nega a natureza do seu partido. O Caetano e o Chico que toquem violão pra ele.  

Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".