SÉCULO DIÁRIO
Discussões sobre os desdobramentos do escândalo do Iases e declarações de Pedro Valls marcaram a semana
Lívia Francez
24/08/2012 18:48 - Atualizado em 25/08/2012 14:17
A interação dos leitores no novo formato de Século Diário se intensificou na última semana. Com quase um mês de implantação, o leitor parece ter se habituado com o novo sistema de comentários, que permite respostas diretas e suscita o debate. A semana que passou foi de ressaca da Operação Pixote, que levou para a cadeia a cúpula do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) e da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis) no dia 17 deste mês.
Durante a semana, Seculo Diário destrinchou o teor das denúncias que motivaram a operação, além de apontar suas ramificações. Na terça-feira (21), em discurso inflamado na Assembleia Legislativa, o deputado Gilsinho Lopes (PR) contestou o secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli, quem afirmou não saber das irregularidades antes da denúncia.
O deputado fez críticas que foram além da situação do Iases e disse em seu pronunciamento que já levou ao conhecimento do secretário, inclusive munido de documentos, os problemas relacionados ao fornecimento de alimentação para os presídios e sobre a escola penitenciária. Nos comentários os leitores parabenizaram o parlamentar pela atitude.
O advogado André Moreira lembrou que o caso pode ensejar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa.
Na quarta-feira (22), Século Diário publicou uma matéria que mostra como o escândalo envolvendo o Iases e a Acadis pode chegar ao sistema prisional. A matéria mostra como as unidades prisionais foram construídas, sem licitação, com gasto de meio bilhão de reais com praticamente duas empresas: Verdi Construções e DM Construtora, ambas do Paraná. Além disso, o jornal também denunciou os contratos com as empresas terceirizadas que hoje administram sete das 35 unidades prisionais.
Os leitores lamentaram a postura do governo em manter a cúpula da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
Mas as manifestações da semana não giraram apenas em torno do escândalo de corrupção envolvendo Iases e Acadis. Na quarta-feira (22), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, em decisão histórica, devolveu a denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPES) sobre os episódios de corrupção flagrados na “Operação Lee Oswald”. Citando a existência de um “crime organizado”, Pedro Valls questionou a exclusão de outras pessoas citadas durante as investigações na ação – restrita apenas a envolvidos com a quadrilha que atuava no município de Presidente Kennedy, no litoral sul do Estado.
A notícia, publicada na quarta-feira, ainda mobiliza os leitores, que fizeram da matéria a mais comentada desde a implantação do novo formato do jornal. O desembargador foi parabenizado por todos os leitores que se manifestaram.
O editorial de quarta-feira questionou a cobertura da imprensa a respeito da decisão histórica, que não foi tratada com a importância que o caso exigia. Os leitores aproveitaram o espaço de comentários para debaterem o tratamento atual dos casos de repercussão na mídia corporativa.
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