SEMINÁRIO DE FILOSOFIA
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Olavo de Carvalho
Realizado em Colonial Heights, VA, entre 11 e 16 de outubro de 2010
Embora uma infinidade de experimentos científicos jamais contestados tenha mostrado a consciência humana como uma substância agente independente do corpo, as conclusões desses estudos ainda não se integraram na cultura dominante, mas isso não se deve somente à natural resistência da militância ateística: deve-se à completa ausência, no vocabulário dos debates contemporâneos, de conceitos que tornem inteligível o fenômeno da imortalidade. As expressões mesmas "vida após a morte", "experiências fora do corpo", etc., as mais correntes no debate público a respeito, são fontes de inumeráveis confusões.
A gravidade desse estado de coisas repousa no fato de que, sem uma adequada consciência de imortalidade, todo o quadro espaço-temporal das nossas idéias se deforma ao ponto de tornar a concepção do homem no cosmos nada mais que uma ficção culturalmente aprovada.
Mais erros ainda acumulam-se quando as discussões tendem a tomar a convicção de imortalidade como matéria de fé religiosa exclusivamente -- uma deformidade conceptual comum a praticamente toda a mídia contemporânea e a frações enormes da comunidade acadêmica.
Mesmo pessoas crentes tendem a formar uma imagem do mundo inteiramente baseada nos dados banais da vida terrestre, apenas acrescentando-lhe depois da morte um apêndice "eterno" que substancialmente não modifica essa imagem em nada. Não podemos "tornar-nos imortais" depois da morte se não somos imortais desde já. E, se o somos, a imortalidade não é somente “outra vida”: é a escala verdadeira dentro da qual transcorre a nossa vida presente. As implicações disto para a filosofia, que praticamente todos os filósofos conheciam antes do advento da “modernidade”, são imensuráveis, não no sentido que esta palavra tem na linguagem comum, mas no sentido de que a imortalidade é a medida verdadeira de tudo quanto sabemos, somos e podemos.
Corrigir as perspectivas, ensinar a vivenciar a consciência de imortalidade como uma experiência vivida e reformar, em conseqüência, os conceitos com que se tem vulgarmente discutido o assunto, tal é o propósito deste curso. O simples contato com esse tema, encarado da maneira apropriada, deixará no aluno uma marca indelével e modificará de maneira proveitosa o conjunto não só da sua vida intelectual, mas da sua experiência existencial.
Aula 1 - A estrutura da percepção humana
Aula 2 - O conhecimento por presença e o acesso ao mundo real
Aula 3 - A estrutura do Eu e a exigência básica do autoconhecimento
Aula 4 – Experimentos e exercícios para a tomada de consciência do Eu imortal
Aula 5 - O confronto com o Observador Onisciente e o sentido metafísico da humildade
Aula 6 - Perguntas e respostas
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