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terça-feira, 10 de abril de 2012

Quando avisar é inútil: cristãos comemoraram antes da hora, sobre “conversão” de um ateu, e agora pagam o preço do ridículo

 

LUCIANO AYAN

 

Fonte: Paulopes

A história do ateu americano Patrick Greene (foto), 63, que anunciou sua conversão ao cristianismo, teve uma sequência inesperada: ele disse que voltou a ser ateu.

A notícia da “conversão” foi destaque em sites religiosos de todo o mundo, embora Greene fosse até então um obscuro e desconhecido cidadão. No Brasil, por exemplo, o Verdade Gospel, do pastor Silas Malafaia, estampou: “Ateu se converte; veja do que a compaixão é capaz”.

A “compaixão”, no caso, teria sido uma boa ajuda financeira que Greene tinha recebido de uma igreja batista para levar adiante o tratamento de uma doença que o ameaça deixar cego de um olho.

Em um e-mail onde afirma ter anunciado “cedo demais” a sua conversão ao cristianismo, Greene diz que, em que pese o “amor, bondade e compaixão” que recebeu dos batistas, não pode renunciar a 50 anos de ateísmo.

Ele disse que, após ter feito um exame de consciência no último fim de semana, concluiu que se dizer religioso vai contra tudo que lutou em toda a sua vida, como a igualdade de direitos aos homossexuais e legalização do aborto. “Eu não posso continuar pensando e sentindo que mudei o meu coração e mente.”

A história foi mal contada desde o começo porque verdadeiramente ninguém deixa de ser ateu de um dia para outro, após um depósito em sua conta bancária. Ou Greene não bate bem da cabeça ou ele aplicou um golpe nos crentes.

Meus comentários

Se eu achava que havia limites para a ingenuidade, agora vi que eu estava errado. Novos limites são descobertos a cada dia que passa.

No meio de uma guerra política, é óbvio que qualquer pessoa adulta deveria encarar a tal “conversão” do Patrick Greene com ceticismo. E jamais, sob hipótese alguma, sair “comemorando” essa conversão. Como alguns sites cristãos, incluindo o de Silas Malafaia, fizeram a “comemoração”, agora terão que aguentar a extrema humilhação de terem sido tratados como idiotas.

Eu sinto muito falar a verdade (mas é a orientação deste site: falar a verdade nua e crua), mas esses são os fatos.

Ademais, se esqueceram da regra máxima da guerra política. O importante é ficar no ataque, não na defesa. Para que “defender” o cristianismo (usando a propaganda de um suposto ateu convertido), se o importante é atacar o neo ateísmo e o humanismo?

Entretanto, a necessidade de “defender” o cristianismo foi tanta, mas tanta, que eles criaram um ponto de vulnerabilidade, que foi exposto quando o ateu disse que a conversão dele era só “brincadeirinha”.

Quem foi ingênuo, que aguente a humilhação.

Esta, infelizmente, eu tenho que reputar como uma merecida humilhação.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".