O COYOTE
Esta entrada foi publicada em 10/04/2012,
POR JOSELITO MÜLLER
Após anunciar regularização da situação de quatro mil haitianos que vivem em solo brasileiro e estabelecer um limite máximo de emissão de cem visto mensais para aqueles que pretendam emigrar para o Brasil, a presidente Dilma Rousseff anunciou na última quarta-feira que irá doar o Estado do Acre, no norte do País, para os oriundos do país centro americano.
A emigração em massa de haitianos para o Brasil se deu após o terremoto de 2010, tendo muitos cidadãos daquela república ingressado por rotas ilegais, com intermediação de coiotes, sobretudo na região amazônica.
Segundo o secretário-executivo e ex-ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o que havia sido criado anteriormente era “um canal adicional aos haitianos, além do canal tradicional de vistos.” Segundo Barreto, “como a demanda continua crescendo, a presidenta decidiu levar à discussão a possibilidade de doação do Estado do Acre para os haitianos por dois motivos; os imigrantes ilegais estão entrando por aquela região do país e tal doação não constituiria nenhum prejuízo ao Brasil.”
No documento assinado pela presidente Dilma, enviado ao Congresso Nacional para discutir a proposta de doação, é argüido que “o Acre arrecada uma média de 177 milhões por ano de impostos federais, ao passo que recebe da União a média de 605 milhões de reais no mesmo período. São mais de 400 milhões de reais anuais de prejuízo. O que a União Federal gasta para manter o Acre poderia ser aplicado em educação, saúde e moradia, melhorando as condições de vida dos brasileiros.”
Em outro trecho do documento é feita a seguinte afirmação: “Um deputado federal custa, em média, 6,6 milhões de reais; já um senador custa 33 milhões. Como no Acre há 8 deputados e 3 senadores, estima-se que por ano os parlamentares acreanos custam 150 milhões de reais à nação. Se calcularmos o que tal estado custou ao erário nos últimos cem anos, chegamos à espantosa cifra de 28 bilhões de reais.”
Alguns parlamentares da oposição concordam com a proposta, como é o caso do deputado Jair Bolsonaro do PP do Rio de Janeiro: “O Brasil adquiriu esse território da Bolívia em troca de um cavalo. Para não termos mais prejuízos, poderíamos exigir dos haitianos ao menos um jumento.” Brincou o deputado.
Os parlamentares do Estado do Acre publicaram um manifesto no qual dizem que a proposta é absurda.
A Câmara Federal realizará audiência pública para discutir o assunto no próximo dia 29, caso seja aprovado, o projeto segue para o Senado.
Um comentário:
Alex, só uma sugestão: quando colocar uma matéria fictícia, escreva um adendo no fim, explicando que a mesma não é real. Senão os mais ingênuos podem acreditar...rs
Abraço
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