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terça-feira, 10 de abril de 2012

'Politicamente correto é censura fascista'; ouça Luiz Felipe Pondé

 

LIVRARIA DA FOLHA

29/03/2012 - 20h00


FABIO ANDRIGHETTO

da Livraria da Folha

A corrente do politicamente correto já encontrou, digamos assim, a sua "contracultura". Aos poucos, algumas pessoas começam a questionar o que julgam ser exageros desse tipo de diretriz para o bem-estar comum. Para Luiz Felipe Pondé, o politicamente correto nada mais é do que uma censura fascista do pensamento.

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

SAO PAULO, 23, AGOSTO, 2008 - ILUSTRADA - Luiz Felipe Ponde, em sua biblioteca, na Lapa. (Foto: Moacyr Lopes Junior / Folha Imagem - Sao Paulo - SP - 23.08.2008) ***EXCLUSIVO FOLHA***

Luiz Felipe Pondé lançará o "Guia Politicamente Incorreto da Filosofia"

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Prestes a lançar o "Guia Politicamente Incorreto da Filosofia", Pondé falou sobre o tema em entrevista à Livraria da Folha.

"A intenção do livro é levantar um debate apontando como o politicamente correto, nascendo de uma preocupação que não deixa de ser consistente, se transformou numa verdadeira censura fascista do pensamento público", explicou.

No volume, o autor examina os defeitos da democracia, mostra a fragilidade dos discursos feministas, questiona a busca por religiões orientais e afirma que alguns conceitos defendidos por ambientalistas são, na verdade, uma espécie de romantismo para idiotas.

A editora LeYa também é responsável pela publicação de "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil" e "Guia Politicamente Incorreto da América Latina", de Leandro Narloch e Duda Teixeira. Em "Contra um Mundo Melhor", da mesma editora, Pondé já demonstrava aversão ao politicamente correto. Segundo o autor, "qualquer tentativa de estabelecimento de paraíso no mundo, eu acho que é, na realidade, uma atitude absolutamente desumana."

Com lançamento previsto para 15 de abril, "Guia Politicamente Incorreto da Filosofia" já está em pré-venda na Livraria da Folha.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".