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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lula larga a "Sra. Suplício" de lado

ESTADÃO
Leonencio Nossa - de O Estado de S.Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reprovou o comportamento agressivo da candidata petista à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, que fez insinuações de ordem pessoal na propaganda eleitoral gratuita ao adversário e atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

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Um dia após o locutor do programa dela questionar o estado civil de Kassab, o Palácio do Planalto desvinculou qualquer participação na nova fase de campanha da candidata. O ataque de Marta a Kassab ocorreu depois do ingresso oficial de Lula na campanha da petista, na última sexta-feira.

Em viagem ao exterior, Lula avaliou em conversas por telefone com assessores que a candidata errou no tom dos ataques. No Planalto, a preocupação é dissociar a entrada na campanha de Marta do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, à nova fase de ataques a Kassab. Eles observaram que Gilberto entrou oficialmente ontem na campanha e os ataques foram definidos por marqueteiros dias antes. Tanto Gilberto, um ex-seminarista reconhecido no Planalto pela gentileza e simpatia, quanto o presidente mantêm relações de respeito com Kassab.

Antes de embarcar para a Espanha, Lula já havia se queixado do temperamento "difícil" de Marta. Numa conversa no final de semana com o vice-presidente José Alencar e duas pessoas próximas, Lula considerou que a disputa em São Paulo está perdida e ressaltou que Kassab soube fazer política, segundo um dos participantes do encontro.

Lula citou uma polêmica recente de Marta com o pastor Samuel Ferreira, da Assembléia de Deus do Brás. Ela entrou com um processo contra ele, porque não teria tido direito de resposta numa enquete promovida por uma rádio ligada à igreja.

"Perguntaram se eleita ela iria continuar processando as pessoas. Ela respondeu que se errassem, iria. Eu disse: 'Marta, não faça isso'", relatou o presidente.
Em junho, numa conferência de homossexuais em Brasília, Lula fez discurso contra o preconceito, pediu que as pessoas "arejassem a cabeça" e propôs o "Dia Nacional da Hipocrisia", numa crítica a políticos "conservadores".

No último dia 19 de setembro, em entrevista à TV Brasil, ele defendeu o casamento de pessoas do mesmo sexo.

"Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária. Constróem uma vida juntos, trabalham juntos e por isso eu sou favorável", disse na entrevista.

Pessoas próximas do presidente observaram ontem as "contradições" da política. Enquanto Lula se esforçou para mudar o discurso, deixando de lado as piadas com conotação homossexual, mesmo nas conversas reservadas, a socióloga Marta Suplicy e seu marqueteiro João Santana se desesperaram e recorreram a afirmações preconceituosas de adversários de projetos dela na área das minorias.

O presidente aproveitou para se queixar do compromisso político com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que pediu a ele gravar para o programa do candidato à prefeitura carioca Eduardo Paes, um dos mais ferrenhos críticos do Planalto durante a crise política de 2005. "Eu gravei o programa, mas disse para o Sérgio que o (Fernando) Gabeira vai desmontar facilmente o meu depoimento", avaliou. "Gravei porque me pediu."

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".