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sábado, 18 de outubro de 2008

Índios, terra, pobreza e aspirações

PAZ NO CAMPO
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 77 - 17/10/2008 
 
Por que condenar os pobres índios à barbárie perpétua? Não têm também eles o direito de progredir na vida e de prosperar em liberdade? Por acaso foram eles criados por Deus para que vegetem sempre num regime coletivista, miserável e primitivo? Vejam o artigo abaixo, de Onofre Ribeiro, Diretor e articulista do Portal e Revista RDM de Cuiabá - MT.

Na semana que passou estive em Brasnorte, na região noroeste de Mato Grosso, a 370 km de Cuiabá, onde assisti ao movimento dos produtores rurais “Marcha a Brasnorte: acorda Brasil, a Amazônia é nossa!”, conduzido pela Federação da Agricultura e Pecuária e com a participação de produtores de todas as regiões do estado. O movimento combate a demarcação e a ampliação indiscriminada de áreas indígenas sobre terras legalmente tituladas. A essência das discussões acaba na insegurança jurídica que o governo federal vem provocando quando expropria áreas legalmente tituladas, contrariando a Constituição Federal, sem consulta, sem indenização e sem respeito aos princípios mínimos da legalidade. Organizações não-governamentais específicas, antropólogos autoritários e as ideologias de esquerda radical de ocupantes de cargos comissionados no governo, da velha guarda radical do Partido dos Trabalhadores, promovem a baderna legal.

Mas gostaria de tratar neste artigo de uma variante paralela do encontro. Estiveram presentes dois caciques da etnia xavante da área indígena de Sangradouro, a 40 quilômetros de Primavera do Leste e 280 de Cuiabá: o cacique Paixão, de 78 anos, e Domingos, de 42. O cacique Domingos fez uma explanação absolutamente didática e perfeitamente articulada. Na verdade, conheço-o há mais de cinco anos quando uma comissão de deputados federais, estaduais de Mato Grosso, membros do Ministério Público Federal e da Funai, estiveram na reserva para discutir uma parceria de produção com os produtores rurais da região.

Na contramão da realidade local, os deputados federais, os membros do Ministério Público Federal e da Funai, apanharam feio dos índios. Os caciques são muito politizados e têm a perfeita consciência de sua realidade. Querem máquinas para produzir, não querem enxadas porque elas não bastam para alimentar as mais de 600 crianças da aldeia. Os índios lidam com cartões magnéticos de bancos, dirigem pick-ups, possuem celular, televisão na aldeia, energia elétrica, muitos têm computadores, a maioria sabe ler e falar em português e aspiram tudo que os não-índios também aspiram. Os deputados federais escutaram , mas na calada da burocracia em Brasília, votaram contra qualquer aproximação com os não-índios. Tempo perdido. A realidade é mais real do que as ideologias de velhos antropólogos esquerdistas que sonham com uma impossível segregação étnica.

Em Brasnorte o cacique Domingos repetiu a performance, quando disse que “a Funai não ajuda os índios, mas insufla contra os fazendeiros. Existem 36 municípios do estado em risco de serem transformado em áreas indígenas por iniciativa da Funai”. Para ele, existe o risco de confronto dos fazendeiros e os técnicos da Funai. Não por parte dos índios, que raramente são os provocadores das ampliações e das demarcações de áreas sobre terras tituladas.

“Não são necessárias mais áreas, disse. Os índios precisam de assistência às suas causas para saírem da pobreza, da miséria e acabar com a fome nas aldeias. Os índios querem trabalhar, não querem ampliação de áreas”. A sua defesa foi pela auto-sustentação e contrário à guerra”.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".