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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Idoso de 88 anos apanha de filho na véspera do Dia dos Pais



A GAZETA


Agressor de 61 anos teria chegado bêbado em casa e batido no pai com bengalas

12/08/2012 - 22h49 - Atualizado em 12/08/2012 - 22h49

foto: Ricardo Medeiros - NA

 Atalino Santana,88 anos, espancado pelo filho, no bairro Vale Encantado, Vila Velha

“Ele só me chama de desgraça”
Atalino Santana, 88 anos, aposentado

Patricia Maciel
pmaciel@redegazeta.com.br

Da Redação Multimídia

Foi com feridas no rosto e dores no corpo que o aposentado Atalino Santana, 88 anos, passou o Dia dos Pais. Ele foi espancado com as próprias bengalas pelo filho na véspera da comemoração, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. O acusado é o mecânico Ubirajara Santana, 61 anos.

"Eu me levantei para procurar alguma coisa para comer, pois havia dois dias que eu não me alimentava. Quando está na bebedeira, meu filho não compra e nem faz comida. Quando

foto: Ricardo Medeiros

 Atalino Santana,88 anos, espancado pelo filho, no bairro Vale Encantado, Vila Velha

Seu Atalino ficou com o rosto e o corpo feridos após ser espancado por Ubirajara, que ficou preso

ele chegou, eu estava comendo um pedaço de pão que achei no armário. Ele disse que eu estava roubando a comida, pegou as bengalas e começou a me bater", contou o idoso, que sofre de epilepsia, anda e fala com dificuldade.

Mesmo com os gritos do pai, o mecânico não interrompeu a agressão. Vizinhos ouviram os gritos do idoso e chamaram uma mulher que mora no primeiro andar da residência. "Tentei subir, mas o portão estava trancado. Então, peguei uma escada emprestada e pulei o muro. Quando consegui entrar na casa, ele parou de bater", contou a agente penitenciária Ana Angélica Magalhães, filha da proprietária da casa onde pai e filho moram.

Antes que a vizinha conseguisse entrar na casa, o acusado tirou e escondeu as roupas do pai, para não deixar provas do crime. "Encontrei ele nu", completou a vizinha.

Para surpresa dos vizinhos, o idoso revelou que sempre apanha do filho. "Ele chega em casa bêbado e me bate. Isso acontece há uns três anos", disse Atalino, mostrando as marcas de agressões anteriores.

"Nunca desconfiamos que ele batia no pai. Eu sempre ouvi seu Atalino gritando, mas o filho dizia que ele era louco e sofria de epilepsia", justificou Ana Angélica. Após a agressão de sábado, policiais militares foram ao local e levaram o mecânico preso.

No Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha, ele foi autuado por lesão corporal e negou as agressões. O idoso foi atendido em um hospital da região, mas foi liberado.

Decepcionado com a atitude do filho, o aposentado Atalino Santana, 88 anos, disse que o mecânico planejava a morte dele.

Família não sabia das agressões

A dona de casa Tânia Queiroz Braga, 44 anos, filha do aposentado Atalino Santana, 88, disse não saber que o pai apanhava do irmão dela. “Ubirajara é alcoólatra. Que ele vivia na cachaça, todo mundo sabia. Mas nunca desconfiamos que ele batia no meu pai. Ele escondia isso da gente”, explicou Tânia. Atalino tem oito filhos.

A dona de casa também contou que o idoso morou com ela por dois anos, mas o próprio aposentado teria pedido para ir morar com o filho. “Ninguém quer tomar conta dele, porque todo mundo trabalha. Então, tentamos revezar. Fiquei com meu pai por dois anos aqui em casa, mas ele mesmo pediu para ir morar com meu irmão, porque disse que gostava dele. Quando chegávamos lá, parecia que estava tudo bem”, afirmou.

Na manhã de ontem, Tânia esteve na casa do irmão e levou o pai para a casa dela. “Estávamos preparando um monte de comida para o almoço do Dia dos Pais. Iríamos comemorar a data lá, junto deles”, disse a mulher.

Inconformada, a família quer que o mecânico pague pelo que fez. “Quero que ele  fique na cadeia para aprender o que é um pai. Nunca bati nos meus filhos, nem nos meus pais”, desabafou o idoso.

Tristeza

“Ele só me chama de desgraça”
Atalino Santana, 88 anos, aposentado

Decepcionado com a atitude do filho, o aposentado Atalino Santana, 88 anos, disse que o mecânico planejava a morte dele.

O que aconteceu com o senhor?
Foi meu filho que me machucou.

Ele sempre faz isso?
Sempre me agride. Ontem (sábado), ele me machucou tanto que o chão da casa ficou lavado de sangue.

Há quanto tempo ele bate no senhor?
Há três anos, desde que viemos do Rio de Janeiro. Uma vez, ele chutou minha bacia e afundou minha platina, que tive que colocar por causa de uma queda. Outra vez, arrancou a pele do meu braço com as unhas. Uma noite, me deu um soco tão forte no ouvido que chegou a sair sangue dos meus olhos.

Como o senhor se sente depois desta agressão?
Não ensinei isso a ele. Só dei carinho. Também nunca gostei que falassem palavrão em casa. Mesmo assim, ele só me chama de miséria e desgraça.

Seu filho trabalha?
Ele é mecânico, mas quase nunca trabalha. Ele pega meu dinheiro no banco e vai beber. Acho que ele até cheira alguma coisa. Ele disse que estava tratando com dois traficantes de me jogar de cima da ponte.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".