Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O revolucionário: para mim, todos os direitos. Aos meus opositores ou não-simpatizantes, todos os deveres (e também porrada). O que fazer com "gente" deste tipo?

SOU CONSERVADOR, E DAÍ?
Salvador, sábado, 30 de outubro de 2010 11:26


(Foto: Leonardo Boff discursa em ato-pró-Dilma, 18/10/2010)

Em entrevista para o Los Angeles Times, Leonardo Boff conta à jornalista Paula Gobbi que em 1984 sentou-se "na mesma cadeira onde sentou Galileo Galilei e Giordano Bruno" e narra de maneira dramática como ocorreu, a seu ver, o "processo judicial junto a ex-Inquisição presidida pelo Cardeal J. Ratzinger".

"Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o 'silêncio obsequioso' pelas autoridades do Vaticano", disse em artigo de sua autoria para a Adital.

Recentemente, em vídeo gravado por um grupo de conservadores (vide abaixo), Leonardo Boff volta a falar em condenação na Instância Eclesiástica, mas agora não de modo crítico.

Para ele o "pequeno grupo de bispos conservadores e reacionários desobedeceram a determinação básica da CNBB, tomada universalmente, em maio, de que aIgreja como sempre não deve se meter em política, mas Ela tem uma função pedagógica de despertar a consciência e discutir os projetos e deixar em liberdade o voto. Porque o voto é uma questão de cidadania e liberdade. Esses [os bipos reacionários], não, eles colocaram o documento deles duma forma que quem o lê-se era a CNBB, quando era a CNBB na Seção sul 1 e era uma subseção da Sul 1. Fundamentalmente o bispo de Guarulhos em outros dois. Eu achei uma manipulação. Um crime eleitoral. E que deviam ser denunciados em duas instâncias, na Instância Eclesiástica e na Instância Civil."

Perguntado sobre o conteúdo do texto divulgado pelos bispos da Regional Sul 1, Boff respondeu que seu juízo não era pelo que o documento dizia, mas por "usarem a religião para efeito político partidário. Isso eu acho que é ilegítimo."

Recentemente outro bispo - será? - deve ter entrado na lista de condenações do Boff. Trata-se do Bispo de Caçador, SC, que divulgou uma carta em apoio a Dilma.

No final do vídeo, Boff começa a mudar de tom quando percebe que seus entrevistadores não pertenciam ao seu "mundo plural", mas pertenciam ao "submundo político" dos conservadores. Encerrou com uma boffetada na câmera que estava gravando.

Assim é o teólogo que na entrevista ao Los Angeles Times criticou o então Cardeal Ratzinger por não possuir "a cordialidade do pensamento que vai ao encontro do outro para também aprender."


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".