por Lew Rockwell, domingo, 7 de novembro de 2010
O jornal USA Today gosta de publicar reportagens sobre hábitos de vida com a intenção de identificar modismos e mostrar como os americanos estão vivendo, o que eles estão fazendo, do que eles gostam e do que eles não gostam — sempre assumindo a hipótese coletivista de que todas as preferências dos indivíduos podem ser registradas e condensadas em afirmações agregadas.
Na maioria das vezes, essas reportagens são idiotas. Não é verdade que todos os americanos estão ouvindo Lady Gaga e Justin Bieber, ou escrevendo no Twitter o que comeram no café da manhã.
Entretanto, outro dia, o jornal publicou um apanhado geral sobre como a atual grande recessão afetou a vida dos americanos. Os ciclos econômicos são uma daquelas forças que realmente afetam a vida de todos; portanto, talvez faça sentido examinarmos o que o jornal disse na matéria.
As tendências foram coletadas dos dados do censo americano, os quais fornecem um olhar sobre como os declínios econômicos podem devastar uma sociedade, e permitem vislumbrar um tema que a tradição da Escola Austríaca vem enfatizando há muito tempo. A economia não se resume apenas a estatísticas de balança comercial, de vendas no varejo e de números do PIB. A economia é a própria essência da vida.
O que os dados do censo indicam é que a mobilidade dos americanos sofreu uma drástica redução em relação a alguns anos atrás. O número de pessoas que não se mudou de uma casa para outra, ou de uma comunidade para outra, aumentou substancialmente.
Do ponto de vista econômico, isso faz sentido. Talvez as pessoas estejam com medo de colocar suas casas à venda, temerosas de descobrir o real preço delas no mercado. Muitas pessoas gastaram enormes somas de dinheiro hipotecando suas casas, acreditando na hipótese — fomentada durante décadas — de que os preços iriam subir eternamente. Esse acabou sendo o grande mito que devastou as finanças das famílias americanas por todo o país.
Outro fator afetando a mobilidade tem sido o mercado de trabalho estagnado. Empregos simplesmente não estão fáceis de serem encontrados, e é especialmente difícil conseguir transportar um salário obtido na época da expansão econômica artificial para outra localidade durante a recessão. As pressões de mercado durante as recessões são sempre baixistas. O caminho mais seguro é permanecer onde se está.
Outra tendência é o adiamento de casamentos. Pela primeira vez desde que os dados começaram a ser coletados, a fatia de mulheres com mais de 18 anos que estão casadas caiu para menos de 50%. A fatia da população com idade entre 25 e 34 anos que ainda não se casou pulou de 34,5% em 2000 para 46,3% em 2009. Trata-se de uma maciça tendência social, ditada pela realidade econômica.
Há uma tendência geral a se casar em épocas de segurança econômica e de adiar essa decisão durante períodos de incerteza econômica. Ademais, rendas em queda e mercados de trabalho estagnados fazem com que as mulheres em particular tenham menos a ganhar com um casamento, pois há uma probabilidade muito menor de uma família conseguir sobreviver com apenas uma renda.
Também estamos vivenciando um grande aumento no número de pessoas que trabalham em casa, algo que também faz sentido quando consideramos a estagnação do mercado de trabalho e a crescente resistência a contratações. Além de trabalhar em casa, outra opção é uma que os europeus conhecem muito bem: voltar para a universidade. Essa tendência vem se consolidando nos EUA nos últimos dois anos.
Essa tendência de voltar para as universidades também é ditada pela realidade econômica. O país está agora no terceiro ano seguido de turmas diplomadas cujo potencial de ganho é muito menor do que aquele que eles esperavam durante seus anos de faculdade. Pior ainda: durante esse período, para bancar suas mensalidades, os estudantes acumularam dívidas de seis dígitos (os empréstimos são concedidos pelo governo), as quais eles imaginavam poder pagar em um curto período de tempo com a alta renda que imaginavam conseguir. Mas essas rendas nunca se concretizaram. Assim, ao invés de aceitarem pagar os juros dessa dívida às taxas atuais, eles preferiram se rematricular na universidade para assim poder adiar o pagamento do serviço dessa dívida.
Podemos também mencionar a impressionante tendência entre os jovens de voltarem a morar na casa dos pais após um período morando sozinhos. Esse fenômeno deu origem à Geração Boomerang. Em 2000, por volta de 17% dos americanos entre 20 e 29 anos vivam com os pais. Hoje, algumas estimativas colocam esse número em 34%. E compare isso a 1960, quando apenas 9% das pessoas desse grupo de idade moravam com os pais.
Essa Geração Boomerang também acabou se transformando na Geração Preguiça, já que muitas dessas pessoas nunca tiveram um emprego em suas vidas. Não é culpa delas, na maioria das vezes. A crise econômica, as leis contra o trabalho infantil, os custos socializados da educação, as leis do salário mínimo e a cultura da adolescência prolongada imposta pelo governo se combinaram para negar oportunidades para toda uma geração.
Tragicamente, a participação na força de trabalho de americanos com idade entre 16 e 24 anos continua caindo. Mais recentemente, caiu para 60,5% em julho de 2010, valor esse que é o menor já registrado para um mês de julho em toda a história. Mais de 20 anos atrás, a taxa de participação típica dessa faixa etária na força de trabalho variava entre 81 e 86%. Em outras palavras, quatro de cada cinco jovens dessa faixa etária tiveram a oportunidade de ganhar uma experiência imensamente valiosa para uma futura vida de trabalho. Hoje, apenas três em cada cinco têm essa oportunidade. As quedas mais dramáticas nesses números ocorreram nos últimos três anos.
Portanto, já podemos começar a ver um resumo de como o padrão de vida dos americanos foi afetado. Estamos testemunhando o colapso do sonho americano, cujo lema era o de sempre ter esperança no futuro. As pessoas hoje não mais têm aquela esperança que já tiveram uma vez. Trata-se de um fato impressionante para nossa época, um que se torna ainda mais devastador quando olhamos para os dilapidados fundamentos econômicos do país, como a dívida pública impagável e a gastança descontrolada dos governos federal e estaduais, a qual continua consumindo vastas quantias de capital privado.
Entretanto, se fizermos uma análise de longo prazo, podemos ver que todas essas tendências começaram décadas atrás, com o ponto de virada sendo o rompimento do último elo que havia entre o dólar e o ouro, em 1971. Esse foi o evento que gerou a explosão do crescimento do governo americano, a explosão do vício ao crédito fácil que se espalhou por toda a população, a explosão dos maciços investimentos (errôneos) em imóveis e em vários outros setores, a devastação da poupança e, o mais sério de todos, a perda da liberdade em decorrência do agigantamento do aparato coercivo de segurança nacional.
Analisando-se no longo prazo, o padrão de vida dos americanos foi erodido de uma maneira tão fundamental, que gerou um profundo efeito cultural. Houve uma época em que a família americana vivia bem com apenas uma fonte de renda. Hoje, duas fontes de renda é a realidade esperada. Essa mudança ocorreu após a grande inflação do final da década de 1970. Muitas pessoas viram esse fenômeno como uma ótima notícia: o mercado de trabalho estava se abrindo para as mulheres. Mas a verdade é que isso não foi um sinal de emancipação, mas sim de um dramático ajuste demográfico necessário para se manter o mesmo padrão de vida. E o estado não se importou com isso: ele seguiu acrescentando milhões de pessoas ao cadastro de contribuintes. É de se imaginar se "emancipação" de fato é a palavra certa para descrever essa mudança.
E tais mudanças seguem impávidas. A inflação, que é um imposto oculto, em conjunto com a crescente regulação dos mercados de trabalho, faz com que seja cada vez mais difícil seguir mantendo a ilusão de um alto padrão de vida. Isso explica a Geração Boomerang, a demora para se entrar no mercado de trabalho, a demora para se casar, o desemprego entre os jovens, os sonhos frustrados após a graduação, e o advento do fenômeno dos universitários vitalícios. Esses indicadores fundamentais não são refletidos pelos dados do PIB, que contabilizam os gastos do governo e o consumo estimulado pelo crédito fácil como evidências do aumento do padrão de vida.
Se deixarmos de lado os períodos de crescimento econômico artificial, podemos ver que esses declínios no padrão de vida estão transformando fragorosamente a sociedade americana, que está deixando de ser um lugar de mudanças dinâmicas, de empreendimentos de risco, de autonomia, independência e oportunidades, e se transformando em um local de vida estática, de luta pela sobrevivência, de vida adulta cada vez mais tardia, de maior dependência do estado e de oportunidades cada vez menores para a produção, para a poupança e para o planejamento de longo prazo. Essas mudanças estão fazendo com que os EUA fiquem cada vez menos parecidos com o que eram e cada vez mais parecidos com o que a Europa é hoje.
Não é necessário dizer que nenhuma dessas tendências é promissora. O que antes era o sonho americano está hoje se transformando no imobilismo americano. Os cidadãos dos EUA estão começando a despertar para um mundo que não é uma terra de oportunidades, mas sim um país de barreiras, de emaranhados, de dificuldades e de batalhas infindáveis contra buracos artificialmente cavados ao longo da estrada para o sucesso. E esse sucesso almejado está cada vez mais borrado e cada vez mais remoto, sempre ameaçado de ser solapado em definitivo pela mais recente reviravolta política.
É particularmente preocupante que essas tendências estejam afetando os jovens — os quais, afinal, são os melhores indicadores do futuro do país. A desistência do mercado de trabalho e o retorno às universidades é algo a se lamentar. As salas de aula não são substitutas para a força de trabalho. Sob o comunismo, a Rússia tinha a mais alta porcentagem de PhDs per capita do mundo, e isso em nada contribuiu para a produtividade da nação.
Os culpados
Tendo estabelecido as tendências, falemos agora sobre causa e efeito. Para todos os casos citados, podemos facilmente reconhecer que a causa dessas tendências está na realidade econômica, a qual, por sua vez, é profundamente afetada pelas políticas governamentais — e pela política monetária em particular. A política monetária do banco central americano é a verdadeira mão oculta responsável pelo estrangulamento do sonho americano. É a força secreta em ação que corrói o padrão de vida dos indivíduos, financia o crescimento do leviatã estatal, e faz com que cada setor da vida econômica seja dependente de um endividamento crescente.
Mas há outros fatores em ação também. Leis antitruste restringem e amarram os negócios em uma magnitude nunca antes vista. Os impostos sugam produtividade das corporações, das pequenas empresas e das famílias. O protecionismo faz com que os melhores produtos vendidos aos melhores preços sejam mantidos longe das mãos dos consumidores. Decretos promulgados por mil burocracias obrigam as empresas a estarem constantemente tendo de adivinhar qual é o real ambiente jurídico. A febre das patentes criou um campo minado para as inovações em todos os setores, da medicina à informática. E as guerras imperialistas sugaram capital e recursos do setor privado.
O leviatã estatal é o grande inimigo da prosperidade americana, o monstro que devora toda a riqueza. Cada fatia de crescimento econômico que os EUA hoje porventura consigam vivenciar se deve não à presença desse leviatã, mas à criatividade e ao engenho das empresas em contornar as barreiras.
Para entender como isso funciona, imagine que a economia americana seja um carro em uma pista de corrida. A iniciativa privada, além de construir o carro, fornece o combustível, a manutenção e as inovações técnicas que otimizam sua performance. O governo, por outro lado, é o responsável pela pista. E ele intencionalmente coloca pregos no asfalto, aumenta a acentuação das curvas e constrói vários quebra-molas, sempre levado pela inveja; sempre levado pela intenção de tolher ao máximo qualquer melhora no desempenho do veículo.
Com o intuito de manter o carro em alta velocidade, a iniciativa privada tem de inovar constantemente, aumentando a potência do motor, colocando pneus à prova de furos e contratando pilotos cada vez mais habilidosos. Ela jamais pode se dar ao luxo de descansar em meio aos seus esforços para superar as exigências cada vez mais intensificadas por que passam o carro e o piloto. Além disso, durante todo esse tempo, o banco central está ali, tentando seduzir a equipe de mecânicos com a oferta de gasolina batizada a preço zero. É assim funciona.
A triste realidade é que não há um caminho fácil para a liberdade triunfar atualmente nos EUA. A política é o caminho escolhido por muitos, mas ela não oferece nenhuma solução de longo prazo. Quem escolhe a via política ainda não entendeu que, para acabar com o despotismo, será necessário devastar não apenas a atual safra de gestores estatais, mas também todo o aparato de gerenciamento estatal propriamente dito. Isso significa acabar com todas as formas de intervenção governamental, doméstica e internacional.
Não basta apenas reduzir ou até mesmo acabar com o estado assistencialista; o estado imperialista também deve ser desmantelado. Não basta se dizer contra o socialismo; é preciso abolir todas as formas de socialismo que existem hoje, seja o socialismo corporativo — que coloca os grandes bancos e as grandes corporações no comando das políticas públicas, levando ao socorro financeiro das empresas mais ricas que existem —, seja o socialismo imobiliário — que também utiliza o dinheiro dos pagadores de impostos para impedir que os preços dos imóveis caiam —, seja o socialismo automotivo, que coloca montadoras sob a administração direta do governo.
Sendo assim, a questão seguinte passa a ser: "O que exatamente estamos esperando, e como podemos fazê-lo?" A resposta é que estamos esperando e trabalhando por uma dramática transformação nas ideias que as pessoas têm em relação à liberdade em si. É no campo das ideias, e não no setor da ação política, que a verdadeira batalha está sendo travada.
Nessa batalha, creio que estamos trabalhando com a mais poderosa de todas as ferramentas, uma que é mais forte e mais eficaz que todos os exércitos, armas e esquadrilhas unificados. No final, nenhum governo pode ser soberano sem ao menos a anuência passiva dos indivíduos. É por isso que o governo se esforça tanto na criação de ideologias que o ajudem a estar sempre justificando o que está fazendo. Nosso trabalho é contra-atacar tudo isso com cultura, aprendizado e conhecimento. Com educação, enfim. Mas uma educação de um tipo diferente, uma que desmitifique os argumentos por trás do despotismo e que explique o real significado da liberdade.
A esperança
Ao contrário do que ocorre no mundo da política, há extraordinárias notícias a serem dadas em relação ao mundo das ideias. Na última Grande Depressão americana, a Escola Austríaca sofreu uma enormidade tentando difundir a notícia sobre uma maneira alternativa de se olhar para as causas e consequências de um sistema em que a moeda é centralmente gerenciada por um banco central e os efeitos disso sobre o sistema bancário e a vida econômica. Dessa vez, temos acesso a um fantástico maquinário de comunicação global.
O The New York Times recentemente demonstrou sua atônita insatisfação ao relatar que livros antigos escritos por pessoas já falecidas, como Bastiat, Mises e Hayek, voltaram a circular como jamais em toda sua história. O ensaio intitulado A Lei, de Frédéric Bastiat, adquiriu em específico uma enorme repercussão atualmente. Com efeito, essa é uma realidade formidável. Esse ensaio era um dos favoritos de Leonard Read há 50 anos. Ainda tenho a cópia que ele me deu em 1968. Porém, cinco anos atrás, quando todas as edições já haviam se esgotado, o Mises Institute o republicou, transformando-o em um bestseller.
Isso é típico nosso. De todas as maneiras que podemos, junto com as centenas de grandes velhos livros, estamos o tempo todo dedicados a difundir a verdade. As estatísticas de acesso mostram que mises.org e lewrockwell.comdominam o setor pró-liberdade da internet. Nossas palestras e seminários desfrutam de uma corrente sempre crescente de inscrições. Nossos programas acadêmicos estão estrondosos. Nossos jornais acadêmicos e conferências profissionais apresentam uma crescente influência. Nossos cursos online podem um dia finalmente substituir as escolas e universidades estatais. Atualmente, em qualquer campus universitário americano a que você porventura vá, irá ver jovens não apenas portando livros do Mises Institute, mas que também já passaram por nossa universidade e que ostentam orgulhosamente as várias camisetas do Instituto.
Há hoje mais estudantes seriamente interessados em liberdade do que jamais houve durante toda a minha vida.
Quando o mundo estava em colapso na década de 1930, o que Mises e Hayek teriam feito se tivessem tido as mesmas oportunidades que temos hoje? Quando o dólar estava em vias de ser destruído na década de 1960 de 70, o que Rothbard teria sido capaz de fazer com as oportunidades que temos hoje? Essas são perguntas que nos fazemos a nós mesmos todos os dias. Somos inspirados por seus exemplos e por seu comprometimento a uma postura de princípios a fazermos cada dia mais pela liberdade.
Como resultado do trabalho que estamos fazendo, os planos do governo americano de estimular a economia até o total colapso da mesma não passaram incontestes. O consenso keynesiano na política e na academia está realmente se esfacelando como nunca antes. Toda a argumentação que defende o gerenciamento governamental da vida econômica está sob um nível de tensão jamais visto durante todo o século XX.
Os defensores do estatismo moderno estão cada vez mais desesperados em busca de novos argumentos para tentar controlar nossas vidas, alguns deles tão francamente ridículos, que é difícil imaginar que eles convençam alguém. Se quiser um exemplo, basta apenas ver a jocosa ideia de que o governo pode e deve controlar a temperatura global de daqui a 100 anos.
A revolução, como Ron Paul sempre faz questão de enfatizar, é e será fundamentalmente uma revolução filosófica. Ideias continuam sendo nossa mais potente arma nessa batalha entre liberdade e poder. Ideias são os meios com os quais os fracos lutam contra os entrincheirados, os independentes contra o establishment, os livres contra o estado.
Como Rothbard percebeu, a principal batalha pela liberdade ocorre no âmbito das ideias. O campo das ideias é uma área da vida na qual um indivíduo pode fazer uma enorme diferença. E o movimento contínuo do tempo significa que sempre haverá alguma esperança a ser encontrada no futuro, pois o futuro é algo que construímos dia a dia por meio de nossas ações e escolhas no presente.
Não tenho dúvida alguma de que podermos vencer essa batalha pela liberdade. Há muitos exemplos na história, mesmo em nosso tempo, de como boas ideias triunfaram sobre o despotismo. Um povo que despreza e resiste a todas as formas de controle governamental nunca poderá ser subjugado. E o controle governamental é muito mais vulnerável do que parece ser à primeira vista. Ele pode ser derrubado num piscar de olhos quando o povo que a que se está tentando controlar finalmente decide mostrar que já está farto. Então, até mesmo os funcionários do governo ficarão contra o estado.
Mas as pré-condições que permitem isso acontecer são a difusão do amor à liberdade, e um entendimento do que faz com que ele, o amor à liberdade, seja ao mesmo tempo algo belo e que jamais poderá ser permanentemente suprimido.
Com efeito, nos EUA, os americanos já começaram a retirar seu consentimento em relação ao estado. Como Boétie, Hume, Mises e Rothbard argumentavam, o regime sempre dependerá, no mínimo, do consentimento tácito do governado. E ele realmente precisa desse consentimento, pois há muito mais de nós do que deles.
De acordo com uma pesquisa recente, 64% dos americanos estão com raiva do governo, e 43% estão com muita raiva. É dever dos libertários e genuínos conservadores explicar a eles, e a todos, o que aconteceu com o país, e o que terá de acontecer daqui pra frente.
Mises acreditava que a chave para o futuro estava em dizer a verdade para as pessoas de todas as condições sociais. A nós foi dada uma gloriosa dádiva na forma de uma oportunidade para fazermos justamente isso, agora mesmo, por meio do trabalho do Mises Institute.
A meu ver, essa é uma prioridade muito mais importante do que qualquer outra coisa apresentada na esfera política. Mudar mentes pode trazer uma vitória duradoura para a liberdade, para nós mesmo e para nossos descendentes. Mesmo em meio ao maior desastre econômico dos últimos 70 anos, jamais tivemos tantas oportunidades de iluminar não apenas esse país, mas todo o mundo. Tudo vai depender das ações e escolhas que fizermos hoje. Que elas sejam as certas.
Lew Rockwell
é o presidente do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque
é o presidente do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque
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