Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Educação – Escolas técnicas

INSTITUTO MILLENIUM
Novembro 12, 2010

Autor: José Celso De Macedo Soares

No eco das trapalhadas do “Enem”, algumas considerações sobre a educação no Brasil. Pequena digressão histórica. A ação do colonizador português, no tocante à educação e cultura, foi predatória. As atividades culturais foram impedidas e as escolas reduzidas à expressão mais simples. Em 1822, quando da independência, não havia nenhuma universidade em funcionamento no Brasil, enquanto na América espanhola já existiam 23 (vinte e três) , sendo que a de São Domingos, a mais antiga, foi criada em 1568. Foram 322 anos de total obscurantismo, com reflexos até hoje.

Não tenho a intenção de discutir e mostrar as sucessivas reformas do ensino, que foram implantadas no país desde a independência. O estigma do analfabetismo continuou sempre a nos perseguir, malgrados os esforços dos governos. Por outro lado, a influência jesuítica na nossa cultura, gerou a inusitada procura do título de “doutor”, a ânsia de entrar na Universidade, revelada por todas as classes sociais. Nossas leis com preponderância do “bacharelismo”, concedem toda classe de vantagens aos que possuem o chamado curso superior, as quais vão desde gratificações especiais até prisão especial. Para não falar do falso “status”.

Desejo, nestas breves linhas, comentar o atual 2º (segundo ) grau. Aqui reside nossa maior fraqueza: a inexistência de número adequado de escolas técnicas para preparar o profissional de grau médio. A Alemanha, que tem maravilhoso sistema educativo, presta especial atenção a esta parte do ensino. Na minha especialidade , a engenharia, estes técnicos são a base de toda indústria alemã. São o elo entre o engenheiro diplomado, cuja finalidade é principalmente projetar e, o mestre que dirige as oficinas. São verdadeiros engenheiros que, em curso de três anos, 01(um) pelo menos trabalhando em fábricas, adquirem todo conhecimento prático e teórico para conduzir o trabalho no campo. Tive experiência própria a respeito. Quando o Presidente Juscelino lançou seu grande programa de construção naval, fui convidado para dirigir os trabalhos de construção naval no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro, pois tinha me formado em Engenharia Naval na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O Brasil, à época, não tinha nenhum curso de Engenharia Naval nas suas universidades. Para auxiliar-me fui à Alemanha e contratei dois jovens técnicos em engenharia naval, que vindo trabalhar comigo no estaleiro tornaram-se meu braço direito. Desta experiência tornei-me rigoroso adepto da disseminação de escolas técnicas pelos municípios brasileiros. Seu número deveria ser grandemente aumentado. Facilitar-se-ia o ingresso aos alunos que terminassem o primeiro grau, os quais teriam assim duas opções: ou iriam para uma escola técnica ou caminhariam para o curso superior. Mas, para os que quisessem seguir os cursos superiores, o caminho deveria ser o mais rigoroso possível, afim de que a tentação de ser “doutor” não o seduzisse tão facilmente, como hoje se verifica no Brasil, dada as “vantagens “ indevidas que o titulo propicia, como escrevi anteriormente. A disseminação de escolas técnicas, principalmente pelo interior, seria também elemento importantíssimo para evitar as migrações internas. O preparo de mão de obra técnica nas várias regiões, estimularia a instalação de indústrias, pois estas procurariam sempre as localidades onde pudessem encontrar mão de obra adequada.

Tudo que acabo de escrever sobre educação, de nada vale se não tivermos mestres qualificados, com remuneração à altura de sua profissão, para que possam dedicar-se integralmente à sua tarefa, moldando as gerações futuras, indicando-lhes os rumos e caminhos a percorrer. Termino com Pitágoras: “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".