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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Franklin Martins: Regulação da comunicação é prioridade para o próximo governo

PT
09/11/2010

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, defendeu nesta terça-feira (9) que a regulamentação das telecomunicações e da radiodifusão precisa ser uma prioridade do próximo governo. Na abertura do Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, ele comparou o "atraso" na legislação para a área à situação relacionada à energia (???) no país no início do governo Lula. Martins vê a falta de normas atuais a respeito como um entrave ao crescimento econômico.

O evento ocorre desta terça-feira (9) até esta quarta (10). O cerne das preocupações é o cenário de convergência de mídia entre a telefonia e a radiodifusão e a necessidade de atualizar a regulamentação do setor. As empresas de radiodifusão temem que seja aberto espaço para empresas de telecomunicações. Em franca expansão, as companhias de telefonia representariam um concorrente forte e com recursos para tirar mercado da mídia convencional.

As empresas de telecomunicações e de radiodifusão têm interesses divergentes. Movimentos sociais e ONGs que trabalham com a questão possuem pontos de vista ainda divergentes, críticos da concentração estabelecida nas concessões de rádio e televisão.

Segundo Martins, a questão energética no início de 2003 apresentava um cenário de abandono, com uma demanda represada que comprometia o avanço econômico nacional. Ele defende que o governo de Dilma Rousseff, a partir de janeiro de 2011, deve entender a carência de regulação das comunicações como um atraso que demanda prioridade para ajudar no desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento.

Em sua fala, o ministro criticou o atraso na legislação, citando que a Constituição de 1988 determina a regulação das telecomunicações e da radiodifusão, o que nunca aconteceu. Ele avalia que a sociedade brasileira tem vocação para o diálogo e para o entendimento e que chegou o momento para se construir um ambiente favorável à definição de um marco regulatório com base na busca de consensos.

Seria importante, diz Martins, que houvesse esse entendimento porque a regulação vai ter de ser feita de qualquer maneira. "Se não houver pactuação, quem vai regular será o mercado. No mercado, quem vai ganhar é o mais forte", salientou Franklin Martins.

Para ele, sem mudar a lei, as empresas de radiodifusão seriam "atropeladas pelas teles". A declaração tenta aproximar os interesses de rádios e TVs em relação à proposta do governo. A maior parte da mídia tem se manifestado criticamente ao projeto de mudar as normas do setor.

"O governo federal tem consciência de que é preciso dar proteção especial à radiodifusão”, disse Franklin Martins. Na opinião do ministro, a mudança no setor pode não ser benéfica para as classes mais pobres que ainda não têm acesso total às mídias eletrônicas, providas pelas empresas de telefonia.

Franklin Martins, que é jornalista, reconheceu o mérito do atual sistema de rádio e TV que conseguiu levar o sinal aberto (gratuito) a quase toda população. “Ter um sinal que chega a todos é de grande relevância.”

Ele lembrou que, na organização da Conferência Nacional de Comunicação (I Confecom), as empresas de radiodifusão deixaram o processo. Agora, o ministro espera que elas estejam dispostas a discutir e que não se assustem com o que chamou de "fantasmas", relacionadas ao suposto interesse em controlar a mídia e cercear a liberdade de imprensa.

"Os fantasmas passam por aí arrastando suas correntes e impedindo de ouvir", disse Franklin Martins ao pedir aos empresários para deixarem “os fantasmas no sótão” e ficarem tranquilos. "Não há nenhum problema com a liberdade de imprensa", garantiu Martins, sugerindo que os expositores sejam perguntados se a regulamentação em seus países, reconhecidos como democráticos, afetou a liberdade de imprensa.

O seminário internacional conta com convidados palestrantes da Argentina, dos Estados Unidos e da União Europeia (Reino Unido, França, Espanha e Portugal).

Rede Brasil Atual

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".